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Frente dá início ao Programa de Formação

08/02/2018

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São Paulo (SP) – Nesta quarta-feira, 7, aconteceu o primeiro encontro do Programa de Formação Permanente, promovido pela Frente de Evangelização da Comunicação da Província Franciscana da Imaculada Conceição.

O encontro contou com a assessoria de Ricardo Bedendo, professor do departamento de Técnicas Profissionais e Conteúdos Estratégicos da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autor do livro “Segurança Pública e Jornalismo: desafios conceituais e práticos no século XXI”.

Participaram do encontro os colaboradores da Fundação Frei Rogério, de Curitibanos (SC), TV Sudoeste, de Pato Branco (PR), FAE/ Bom Jesus, de Curitiba (PR), Sefras (SP), Universidade São Francisco (SP) e da Sede Provincial. A formação foi feita através de videoconferência, pela plataforma do Google, facilitando a participação de todos.

O tema proposto foi “A interferência da cobertura jornalística na sensação de segurança pública”. O assessor falou sobre a responsabilidade do jornalista na cobertura de notícias, sobretudo no campo da segurança pública. “A gente não trabalha só com a tragédia alheia, muito pelo contrário. Há uma série de boas iniciativas que podem, da mesma forma, provocar este debate, não só na sociedade, mas principalmente na parcela política”, afirmou o professor.

O problema não é “o noticiar”, mas “como noticiar”

Bedendo abordou diversos desafios apontados para a comunicação, como a velocidade das informações e as novas ferramentas. “Em nenhum outro momento da humanidade aquele velho ditado foi tão importante: a pressa é inimiga da perfeição. A velocidade da informação e a pressão que o jornalista sofre, o streaming da banda larga, a informação a cada segundo. Nunca a pausa foi tão importante para pensarmos no que estamos fazendo”, afirmou.

Para o assessor, as novas tecnologias ajudam, mas não substituem o “face a face” com as fontes. “A tecnologia oferece caminhos, mas a resposta está no mundo real”, completou. Ele falou ainda sobre o dilema que a tecnologia traz, como por exemplo as imagens de tragédias e acidentes, muitas vezes registradas em celulares e câmeras de segurança. “Qual a necessidade de ver a imagem de um frentista ser assassinado por um assaltante num posto de gasolina? O que isto acrescenta para a informação? Esta é uma informação inerente à polícia, aos órgãos competentes de investigação. Não acrescenta à informação jornalística repassar para a sociedade este tipo de imagem. A gente precisa pensar sobre isso”, exemplificou.

Comunicação face a face é insubstituível

O jornalista afirmou que não há tecnologia que substitua o encontro pessoal com a fonte. “Ir ao local é muito melhor que assistir um vídeo que alguém mandou”, disse. “A bota sete léguas é insubstituível, a comunicação “face to face” é insubstituível”, sinalizou. “Como você vai compreender uma cultura, por exemplo, de uma instituição tão complexa como a Polícia Militar, sem conhecê-la de perto? Se eu só tenho contato pelo Facebook ou pelo Whatsapp com o assessor de comunicação de uma instituição, como é que eu vou conhecer esta instituição? E o mais grave: como é que eu vou noticiar fatos referentes a esta instituição? Eu preciso ir lá, eu preciso conhecer as pessoas que estão trabalhando lá, eu preciso minimamente ter o interesse de conhecer a cultura daquelas pessoas que estão atuando neste dia a dia”, destacou.

Após a formação, os participantes partilharam um pouco de seus trabalhos e como o tema afeta a rotina de trabalho nas organizações. O Programa de Formação Permanente acontecerá toda primeira quarta-feira do mês, das 14h30 às 16h e abordará temas relevantes para a comunicação.