Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Francisco: “Cristãos chamados a ser presença viva na sociedade”

18/10/2020

Papa Francisco

              Imagem: Vatican Media

Cidade do Vaticano – A passagem do Evangelho de São Mateus, na qual Jesus luta contra a hipocrisia de seus adversários que o elogiam, inspirou a reflexão do Papa no Angelus deste XXIX Domingo do Tempo Comum, quando recordou que Jesus sabia que queriam “colocá-lo em apuros ao fazer-lhe a pergunta insidiosa: ‘É lícito, ou não, pagar imposto a César?’”. “Porém Jesus, conhece a malícia e sai da armadilha. Pede a eles que lhe mostrem a moeda do imposto, ele a toma em suas mãos e pergunta: de quem é esta imagem impressa. Eles respondem que é de César, ou seja, do Imperador. Então Jesus responde: “Devolvei o que é de César a César e a Deus o que é de Deus”.

Então o Papa explica: “Com esta resposta, Jesus coloca-se acima da polêmica. Por um lado, ele reconhece que o imposto a César deve ser pago, porque a imagem na moeda é sua; mas, acima de tudo, ele lembra que cada pessoa traz dentro de si uma outra imagem, a de Deus, e por isso é a Ele, e somente a Ele, que todos estão endividados com sua própria existência”

Francisco pondera que nesta sentença “encontramos não apenas o critério da distinção entre as esferas política e religiosa, mas também diretrizes claras para a missão dos crentes de todos os tempos, até mesmo para nós hoje”. Assim como o pagamento de impostos é um dever do cidadão, continua o Pontífice, o mesmo acontece com a afirmação da “primazia de Deus na vida e na história humana, respeitando o direito de Deus ao que lhe pertence”.

Presença viva na sociedade
Francisco pondera: “Disso deriva a missão da Igreja e dos cristãos: falar de Deus e dar testemunho dele aos homens e mulheres de seu tempo”.

Afirmando em seguida: “Cada um, em virtude do Batismo, é chamado a ser uma presença viva na sociedade, animando-a com o Evangelho e com a força vital do Espírito Santo”

Fazendo um caloroso apelo aos cristãos: “Trata-se de comprometer-se com humildade e, ao mesmo tempo, com coragem, dar sua própria contribuição para a construção da civilização do amor, onde reina a justiça e a fraternidade”.

Que Maria Santíssima ajude a todos a fugir de toda hipocrisia e a serem cidadãos honestos e construtivos. E sustente a nós, discípulos de Cristo na missão de testemunhar que Deus é o centro e o sentido da vida”.


Fonte: Vatican News (texto Jane Nogara)


Francisco participa de encontro inter-religioso de Oração pela Paz

A Comunidade de Santo Egídio desde o encontro de Assis em 1986 realiza este encontro inter-religioso anual, neste ano na sua 34ª edição. Neste ano o tema será: “Ninguém se salva sozinho – paz e fraternidade”. Estarão presentes os líderes de várias religiões que rezarão pelas vítimas da guerra e da pandemia.

 Na próxima terça-feira, 20 de outubro, o Papa Francisco participará do encontro de Oração pela Paz no Espírito de Assis, intitulado “Ninguém se salva sozinho – Paz e Fraternidade”, promovido pela Comunidade de Santo Egídio. Em comunicado, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, informa que Francisco, conforme anunciado pela Prefeitura da Casa Pontifícia, participará de um momento de oração ecumênica com outras denominações cristãs na Basílica de Santa Maria em Aracoeli, Roma, e da cerimônia subsequente com representantes das grandes religiões do mundo na Praça da Prefeitura de Roma, Campidoglio.

Um minuto de silêncio para as vítimas da guerra e da pandemia

Os líderes religiosos farão suas orações em lugares separados pouco depois das 16 horas (horário europeu). Na Basílica de Aracoeli o Papa Francisco e outros cristãos rezarão com o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I e representantes das várias igrejas ortodoxas e protestantes; os judeus farão suas orações na Sinagoga, muçulmanos nos Museus Capitolinos, assim como budistas e representantes das religiões orientais. Depois de cerca uma hora todos se encontrarão na Praça da Prefeitura, Campidoglio, com a presença do Presidente da República Italiana Sergio Mattarella para o início da cerimônia e de vários discursos. No final, da cerimônia será realizado um minuto de silêncio em memória das vítimas da pandemia e de todas as guerras e, por fim, juntos, os líderes religiosos acenderão o candelabro da paz.