Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Franciscanas de Ingolstadt elegem novo governo

16/10/2015

Notícias

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Moacir Beggo

A Congregação das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt no Brasil têm um novo governo. Reunidas em Capítulo Regional, de 10 a 14 de outubro, no Centro de Formação Nossa Senhora da Paz, em Ponta Grossa (PR), elegeram Irmã Romana Rossetto como Superiora Regional e Irmã Benilde Müller como Assistente Regional. Como Conselheiras Regionais foram eleitas: Ir. Glorinha Lucia Leandro, Ir. Inês dos Santos Nascimento e Ir. Priscilla Rossetto. O Capítulo Regional traçou as prioridades da Congregação, no Brasil e na África/Angola, para o triênio 2015-2018.

Catarinense, natural de Concórdia, Irmã Romana foi reeleita para o segundo triênio à frente da Congregação, que no Brasil tem 71 irmãs e 16 comunidades, sendo a sede em São Paulo. Uma comunidade, dependente do Regional brasileiro, está em Luanda, Angola, com três irmãs. Segundo Ir. Romana, a Congregação comunga os anseios que foram apontados na XIX Assembleia Geral da Conferência Latino Americana e do Caribe (CLAR), em junho último: por uma vida religiosa consagrada mais humana e humanizadora; especialistas numa sociedade extremamente violenta e desintegradora; cuidadoras da criação como parte integrante da vocação; inserção e solidariedade entre os mais pobres; diálogo e a circularidade como único caminho viável para a paz e evangelização; compartilhar a missão com os leigos e leigas; acolher a vitalidade e a contribuição das novas gerações; assumir uma espiritualidade “trinitária profunda e autêntica”.

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Da dir para esq.: as Irmãs Glorinha L. Leandro, Priscilla Rossetto, Romana Rossetto, Benilde Müller e Inês S. Nascimento

Segundo Ir. Romana, um desafio para o novo triênio é o trabalho vocacional. No momento, a Congregação tem quatro postulantes.

No Brasil, a Congregação está presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pará. Cada país é um regional e o governo geral tem sede na cidade de Ingolstadt, na Baviera, Alemanha, onde nasceu a Congregação cerca de cinquenta anos após a morte de São Francisco de Assis. “Nascemos e éramos conhecidas como ‘Irmãs Beguinas’ (Irmãs das Almas), tendo um trabalho evangelizador voltado para os mais necessitados, os idosos e moribundos. Mas em obediênci ao Papa, nos tornamos monjas a partir dos anos 1627”, explica Ir. Romana.

O trabalho com a educação, hoje tão associado ao carisma das Irmãs, só entrou na vida religiosa da congregação a partir de 1829 sob imposição do governo. Mas tudo mudou durante um dos momentos mais difíceis da história mundial, quando na Segunda Guerra mundial o governo nazista de Hitler proibiu as irmãs de lecionar. “Nesse tempo prestávamos serviço em hospitais militares, consertávamos roupas de soldados e abrigávamos pessoas sem família e sem teto”, acrescenta a Superiora do Brasil, informando que terminada a Guerra elas retomaram o trabalho na educação.

Esse trabalho social, voltado para os mais necessitados, e a educação são os pilares da Congregação, que tem como Superiora Geral a Ir. Paula Krindges. Coincidentemente no dia 12 de outubro de 1938, exatamente no dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, as irmãs chegaram ao Brasil para iniciarem uma nova missão.