“Uns dizem de Pádua, outros de Lisboa; no entanto, Santo Antônio é do mundo inteiro, um Franciscano que, seguindo Cristo, a exemplo de Francisco de Assis, se fez seguimento de humildade e de amor aos irmãos.” Com esta saudação, o pároco da Paróquia Santa Clara de Assis, em Imbariê, Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira, iniciou a celebração dos festejos de Santo Antônio no Centro Paroquial Paz e Bem, na sexta-feira, 13 de junho.

Num determinado momento da celebração, membros da Pastoral Social de nossa paróquia, COPAS, que assumiram a preparação da liturgia do dia, fizeram o relato da história, memória, feitos e o milagre de Santo Antônio ligado à Eucaristia: o famoso milagre da mula que se prostrou diante do Santíssimo Sacramento.

A fé popular faz deste homem um dos mais milagreiro**,** pois sempre buscou exalar o odor do Cristo pobre e crucificado. Migrando da ordem dos Agostinianos para a Ordem dos Frades Menores, devido ao testemunho dos mártires do Marrocos, passou a viver ardentemente desejando o mesmo caminho: doar sua vida até o fim pelo amor do Reino.

Na reflexão desta festa litúrgica, Frei Jean ressaltou que: “Crer em Jesus e a fé que leva à salvação é aquela que nos leva ao amor a Deus e aos irmãos. Santo Antônio passou a sua vida dedicando-se de forma especial àqueles que mais precisavam, aos últimos, aos pobres. Tal amor que Antônio viveu através da palavra e da fé se transbordou em amor aos irmãos, reflexo do seu amor pela Eucaristia. Em nossa paróquia não temos desculpas: temos Santa Clara apaixonada pela Eucaristia, temos São Francisco apaixonado pela Eucaristia e Santo Antônio apaixonado pela Eucaristia. Por fim, queridos irmãos e irmãs, que nosso apaixonamento possa transbordar aos irmãos da mesma forma que transborda no Altar, superando as divisões, diferenças, rixas e dificuldades”, destacou o frade.

Durante a preparação das oferendas, a assembleia pôde ofertar os alimentos arrecadados, que futuramente se tornarão cestas básicas para os irmãos acompanhados pela Pastoral Social, COPAS, da paróquia.

Ao término da celebração, foi dada a bênção tradicional de Santo Antônio, juntamente com a bênção dos pães. A tradição da distribuição dos pães de Santo Antônio após a missa surgiu a partir da prática do próprio santo padroeiro, que alimentava os pobres e os doentes com os pães do convento onde morava, e estes, por sua vez, alegavam ficar curados ao comê-los.

Que, a exemplo de Santo Antônio, possamos ser instrumentos do Cristo humilde, pobre e crucificado. Que o pão nunca falte em nossa mesa e na mesa dos irmãos, pela intercessão do grande, poderoso e milagreiro Santo Antônio.

Frei Franklin Matheus