Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei César fala sobre a evangelização franciscana

26/07/2017

Notícias

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Começou nesta terça-feira (25/07) a 14ª Assembleia Anual do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), que este ano traz como tema: “Realidade Social e Evangelização: desafios e esperanças”. O evento é destinado aos trabalhadores da instituição, como coordenadores, assistentes sociais, psicólogos, técnicos, educadores sociais e frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição. O encontro, que está acontecendo no Seminário Santo Antônio, em Agudos (SP), vai até quinta-feira (27).

Na reflexão que abriu o evento, foram apresentados diversos aspectos da violência e como ela está inserida ao longo da história da humanidade, começando pelo episódio bíblico de Caim e Abel até os dias atuais. O diretor-presidente do Sefras e da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, acolheu os participantes e o Vigário Provincial, Frei César Külkamp, falou do trabalho social no contexto da evangelização, explicou o que é o Plano de Evangelização da Província e a atuação nas cinco Frentes de Evangelização. Convocou os participantes a se sentirem parte de uma ação maior. “A Ordem Franciscana nos provoca a uma evangelização compartilhada e a dar ao leigo o papel de protagonista”, disse Frei César.

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Frei César Külkamp, Vigário Provincial

Segundo Frei José, o Sefras tem um desafio constante ao trabalhar com oito públicos distintos, em realidades e políticas diferentes. “Precisamos olhar para nossa realidade de trabalho, nossos desafios e a cultura de violência que está cada dia mais próxima e fazer disso uma análise de conjuntura mais ampla”, propôs.

Para discutir o tema “Aspectos da Conjuntura Atual: questões econômicas, dimensões políticas e o que isso reflete na construção das relações”, a mesa foi formada pela coordenadora do Sefras Dejupe, Camila Gabin; pelo professor de Filosofia do Instituto Federal de São Paulo, Cristian Gilioti; pelo professor de direito, Cesar Barreiras; e pelo assistente social, Rodrigo Diniz.

Gilioti fez uma análise da conjuntura política do país a partir das medidas que vêm sendo aprovadas pelo Congresso, especialmente a Reforma Trabalhista, a pior derrota da classe trabalhadora, enquanto Barreiras falou da conjuntura econômica e quais os impactos no mercado do trabalho. “A desigualdade está cada vez maior, assim como as violações dos direitos humanos”, disse, alertando: “Não podemos correr o risco de perdermos a capacidade analítica e econômica da realidade brasileira. Precisamos propor eventuais saídas para essa crise”. Já Rodrigo Diniz trouxe uma reflexão sobre sociabilidade em tempo de capital fetiche e de ultraneoliberalização.

Na segunda etapa do debate, a mesa foi conduzida pelo professor do Departamento de Ciência da Religião da PUC São Paulo, Fernando Altemeyer Junior, que falou sobre o desafio da Igreja  na atual realidade. Segundo Fernando, os desafios são muitos para os profissionais do serviço social na atual conjuntura política e social. “O momento é difícil mas é preciso dar a volta por cima. Para isso, precisamos estar bem organizados. O que queremos ver amanhã precisamos semear hoje.  Temos de ser aquilo que sonhamos, viver aquilo que acreditamos e fazer agora o que queremos ver amanhã”, finalizou.