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Corais voltam a se apresentar no Teatro Municipal do Rio

17/10/2014

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O Coral dos Canarinhos de Petrópolis irá realizar, no dia 24 de outubro, às 20h, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,  mais uma apresentação com a Orquestra Petrobras Sinfônica. Depois do grande sucesso do concerto da obra “O Messias”, de Handel, desta vez os Corais dos Meninos e das Meninas dos Canarinhos irão se unir aos organistas para um concerto que irá retratar a Sinfonia nº. 2, do compositor Gustav Mahler.

A expectativa para a apresentação é grande, segundo o maestro do Coral dos Canarinhos, Marco Aurélio Lischt. “Esta é a primeira vez que o grupo vai cantar a Sinfonia nº 2 de Mahler, que tem uma obra bastante complexa. Estamos felizes porque será um grande desafio. Esperamos um bom público e outra grande apresentação ao lado da Orquestra Petrobras Sinfônica”, ressaltou.

A apresentação será especial também por outro fator: a comemoração dos 80 anos do diretor artístico e regente titular da Petrobras Sinfônica, maestro Isaac Karabtchevsky. Considerado um dos ícones da música clássica brasileira pelo jornal inglês “The Guardian”, Karabtchevsky atuou, por 26 anos, como regente da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), e comandou o Projeto Aquarius, que contou com a participação dos Corais do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis em 2005 e reuniu milhares de pessoas na praia de Copacabana para ouvir a Sinfonia nº 8 “dos mil”, também de Mahler.

“É uma nova experiência, um novo maestro, que vai trazer para os atuais meninos e meninas dos nossos Corais uma experiência diferenciada, ampliando a visão musical deles”, declarou o maestro do Coral das Meninas dos Canarinhos, Marcelo Vizani, que destacou a alegria em participar das comemorações pelo aniversário do maestro Karabtchevsky. “Ele tem uma importância muito grande no cenário da música clássica no Brasil. Tive o prazer de estudar com ele e a experiência foi muito positiva”, afirmou.

A Sinfonia nº. 2 de Gustav Mahler é também conhecida como a Sinfonia da Ressurreição, por fazer referências à crença cristã. Composta entre os anos de 1888 e 1894, a obra foi publicada em 1897 e revista em 1910. Seu tema central é dar respostas aos questionamentos sobre a razão do viver, narrando a derrota da morte e a redenção final, após um período de dificuldades e obstáculos.

O legado de Mahler é considerado uma “ponte” entre a música clássica entre o fim do século XIX e o início do século XX. O compositor ainda é autor de outras nove sinfonias, além de diversos ciclos de Lieder. De origem judaica, ele tinha uma atração estética incansável pela liturgia cristã, em especial a católica. Gustav Mahler dirigiu a Ópera Imperial de Budapeste, a Ópera de Viena e a Orquestra Filarmônica de Nova York, entre outras.