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“Conferência Eclesial da Amazônia: Unidade e Diversidade de nossa Igreja” é tema de Seminário neste dia 8

06/08/2020

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O projeto “Revolução Laudato Si'”, do Serviço de Justiça, Paz e Integridade da Criação da Ordem Franciscana, e a Conferência Eclesial da Amazônia, promovem neste dia 8 de agosto, o Seminário “Unidade e Diversidade de nossa Igreja”, que contará com três participantes da recém-constituída Conferência Eclesial da Amazônia: Monsenhor Miguel Cabrejos, OFM, Arcebispo de Trujillo e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam); Ir. Laura Vicuña Pereira, religiosa Catequista Franciscana; Mauricio López, secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e moderador Frei Valmir Ramos, OFM, Definidor Geral e animador geral para a evangelização da Ordem dos Frades Menores.

O evento acontecerá às 14 horas,horário para o Brasil, Argentina e Uruguai. Para participar você deve se inscrever:  https://us02web.zoom.us/webinar/register/WN_w7Gtq0cNSIqZPlXKlBi_ew

No dia 29 de junho, após o processo sinodal, foi criada a nova Conferência Eclesial da Amazônia e, neste Seminário Online, serão respondidas perguntas como: Quem faz parte desta Conferência? Quais são as expectativas para a região Pan-Amazônica? Como foi o processo que levou à sua criação? Participe do seminário on-line que estará disponível com tradução simultânea em inglês, espanhol e português.

Além de Frei Valmir, que atuará como moderador, o Brasil estará representado pela Ir. Laura. Ela vê a nova conferência como algo “que une, que articula as Igrejas na Amazônia”, um avanço no caminho da sinodalidade, “que a gente possa realmente caminhar juntos, e formar esse rosto da Igreja na Amazônia”, disse em entrevista a Luis Miguel Modino, do site www.ihu.unisinos.br.

“A celebração do Sínodo especial para a Amazônia, que ocorreu em Roma durante o mês de outubro de 2019, foi parte importante de um longo processo de escuta que está ocorrendo nas comunidades de base da região Pan-Amazônica. Como resultado do diálogo ocorrido durante as sessões do Sínodo de outubro em Roma, foi proposto ‘criar um organismo episcopal que promova a sinodalidade entre as igrejas da região, que ajude a delinear a face amazônica desta Igreja e que continue a tarefa de encontrar novos caminhos para a missão evangelizadora, incorporando especialmente a proposta de ecologia integral, fortalecendo a fisionomia da Igreja Amazônica. Seria um organismo episcopal permanente e representativo que promove a sinodalidade na região amazônica, articulado ao CELAM, com estrutura própria, em uma organização simples e articulado ao Repam’ (Documento Final do Sínodo Especial para a Amazônia n. 115)”, explica Ir. Laura, que é indígena.

Preocupada com a situação dos povos indígenas na pandemia, ela denuncia: “A situação na Amazônia como um todo, com a pandemia, ela se agravou mais e evidenciou para o Brasil e para o mundo a situação de descaso das políticas públicas que já existia neste território, e também é algo que está trazendo a tona toda a devastação que está acontecendo na Amazônia. Mas ainda não é suficiente para a gente coibir a ação do crime organizado nesta região. Crime organizado este que está sendo legitimado cada vez mais pela postura, pelo discurso e própria ação do governo brasileiro”.

Para Mauricio, o mais importante do Sínodo é o “depois do Sínodo”, e o serviço da rede à Igreja – porque a rede é parte da Igreja, como instância de articulação – possa se fazer em condições adequadas para levar com valentia, força e profunda fraternidade, todos os chamados proféticos e samaritanos deste Sínodo para a Amazônia.

O comunicado criando a Conferência Eclesial da Amazônia, que tem data de 29 de junho de 2020, Solenidade de São Pedro e São Paulo, foi assinado por D. Miguel Cabrejos Vidarte, presidente do Celam e pelo cardeal Cláudio Hummes, OFM, presidente da Repam. Dom Cláudio foi eleito presidente da Conferência Eclesial da Amazônia; Mons. David Martínez de Aguirre, OP (Peru), como seu vice-presidente. O Comitê Executivo é formado por Mons. Eugenio Coter (Bolívia), bispo representante das Conferências Episcopais do território amazônico, junto com as presidências dos órgãos eclesiais regionais que acompanharão este processo de forma orgânica: Celam, Repam, CLAR e Cáritas ALyC; junto com os 3 representantes dos povos originais designados: Sra. Patricia Gualinga, do povo Kichwa-Sarayaku (Equador); Ir. Laura Vicuña Pereira, do povo Kariri (Brasil); e Sr. Delio Siticonatzi, do povo Asháninka (Peru).
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