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CFJ Sorocaba: “Todo peregrino anseia por algo maior”

22/07/2024

Notícias

 

“Todo peregrino anseia por algo maior”, afirmou Frei João Francisco da Silva, Definidor Provincial, na Missa de Encerramento da 12ª edição da Caminhada Franciscana da Juventude. Tal certeza resume a experiência realizada pelos 400 participantes do evento, que pela primeira vez foi realizada em Sorocaba (SP), durante os dias 20 e 21 de julho de 2024.

O principal objetivo  foi convidar os jovens a viverem uma experiência de encontro com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com os próprios limites. A frase de inspiração para a caminhada foi “Com São Francisco, marcados pelo amor do Bom Jesus”, recordando o jubileu dos 800 anos dos Estigmas de São Francisco e também o início do triênio dos festejos dos 100 anos da Paróquia Senhor Bom Jesus de Sorocaba, administrada pelos franciscanos, que junto com a Paróquia Santo Antônio, acolheu o evento.

Antes do primeiro passo, a organização

Uma vez anunciada a caminhada, uma equipe de organização foi estruturada, pensando detalhadamente todas as questões que envolvem um evento tão significativo na vida dos jovens. Grupos responsáveis por diversas áreas tiveram aproximadamente seis meses para cuidar de muitas frentes de trabalho, tais como a alimentação, infraestrutura, logística de hospedagens, credenciamento, liturgia, cobertura do evento para as diversas mídias sociais.

Também os grupos de jovens que vieram dos cinco estados da Província se prepararam com muita intensidade, realizando campanhas para arrecadar fundos para fazer a viagem. Os esforços para tal permitiram um maior entrosamento dos grupos, que fortaleceram os laços de amizade e buscaram a Caminhada como ocasião para o fortalecimento de vínculos.

A expectativa virou realidade

Ainda era escuro na fria madrugada do dia 20 de julho quando as luzes do Santuário Aparecidinha, em Sorocaba, foram acesas e a estrutura de credenciamento e alimentação foram montadas para bem acolher os jovens. Às 6h da manhã, pontualmente, o evento abriu as portas. Aos poucos o famoso colete amarelo foi sendo distribuído para os participantes, identificando os peregrinos.

Frei Gabriel Dellandrea acolheu os participantes apresentando a Equipe de Evangelização com as Juventudes sendo formada por ele mesmo, Frei Augusto Luiz Gabriel, Frei Roger Strapazzon e Frei Gustavo Wayand Medella. Além disso, convidou para dar uma palavra de boas-vindas o definidor Frei João. O frade acolheu os presentes em nome da Província ressaltando que “esta Caminhada Franciscana da Juventude marca profundamente a vida da nossa Província. Todos os frades e fraternidades estão unidos em prece por este momento para que ele seja oportuno para todos nós”. Frei Benedito Gonçalves também contextualizou que a cidade acolhedora conta com duas paróquias franciscanas, e afirmou: “é uma alegria tê-los conosco. Havia entre nós uma grande ansiedade e expectativa para recebê-los, que agora se transforma em felicidade. Todos nós franciscanos e franciscanas somos, a exemplo de São Francisco, peregrinos e viandantes”.

Motivados por tais acolhidas, os jovens também foram acolhidos sendo apresentados em dois grupos: os veteranos que já participaram de outras edições da caminhada e os caminhantes que pela primeira vez viveriam a experiência. E a constatação foi muito oportuna: praticamente os dois grupos eram iguais, sinalizando que metade dos jovens participantes poderiam ajudar a outra metade que daria seus primeiros passos.

Os recados essenciais para um bom andamento também foram explicados. E para garantir a boa saúde física de todos, o alongamento antecedeu o primeiro dos 48880 passos e 30 quilômetros do trajeto da caminhada. Bandeira da Caminhada à frente, vamos caminhar!

Primeira parada: um breve descanso!

É claro que um tempo de descanso é essencial para caminhar melhor. Depois dos oito primeiros quilômetros e duas horas de intensa caminhada por uma estrada rural, os jovens foram acolhidos na comunidade São Rafael, no bairro Vila Astúrias, da Paróquia Nossa Senhora do Povo. Os jovens da comunidade receberam os participantes com animados cantos e as mesas de frutas deliciaram a todos. Água não faltou para encher as garrafinhas e banheiros à disposição, pois ninguém é de ferro. Entretanto, retomar o caminho foi essencial para chegar na próxima parada, pois nela os participantes poderiam se deliciar com o tão necessário almoço, fortalecendo as energias para a caminhada.

Deixando a identidade para a posteridade!

A parada para o almoço aconteceu na Comunidade Santa Cruz do bairro Caputera, que já pertence ao território da Paróquia Senhor Bom Jesus. Depois da refeição a doçura de Deus se manifestou num delicioso picolé que refrescou a juventude. Alimentados e descansados, chegou a hora de buscar as forças da espiritualidade cristã: enfatizando o título da comunidade os participantes marcaram com as suas digitais um tau gigante, que depois ficará como lembrança do evento para a Paróquia.

A mãe acolhe os peregrinos

O caminho da tarde foi traçado por uma estrada quase toda rural. Os quase oito quilômetros entre a parada do almoço e da tarde contaram com belas paisagens, mas com a poeira da estrada, pois a caminhada não teria sentido se não apresentasse também os desafios do caminho. O calor intenso, a poeira, os morros, o cansaço da tarde seriam motivo para todos desistirem. Mas este verbo não é conjugado pelos corajosos participantes que chegaram até antes do horário previsto na Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, também da Paróquia Senhor Bom Jesus, no Bairro dos Morros.

A comunidade acolheu os participantes com cantos e uma pregação valorizando a devoção mariana na vida de São Francisco. Para finalizar, cada jovem recebeu dois terços. Um para si e outro para entregar para a família acolhedora. Presenteados e saciados, logo os participantes se entusiasmaram para os quilômetros finais que tinham como destino certo a Paróquia Senhor Bom Jesus.

A emoção da visita ao Senhor na Porciúncula!

Os passos finais do primeiro dia da caminhada, completando os 25 quilômetros propostos, foram iluminados por um belo pôr-do-sol. O dia findava e a caminhada também. Mas o cansaço não permitiu que o pandeiro e a meia-lua ficassem guardados. A festa foi certa: os cantos encheram as ruas e a sensação de superação foi unânime.

Recebidos no estacionamento da Paróquia, os participantes iniciaram a oração da noite. Os coroinhas da Paróquia marcaram cada pessoa com uma tinta vermelha na palma das mãos, aludindo às chagas de Cristo e Francisco. Frei Gabriel recordou que elas representam as chagas das nossas vidas. As marcas do amor e da dor. Somos marcados assim também para recordarmos pois ao longo do caminho nos deparamos com nossas chagas. Mas agora é hora de apresentá-las ao Senhor, o chagado, que entende das nossas chagas também”. E assim, todos foram convidados a irem ao claustro do convento dos frades que guarda uma preciosidade: uma construção idêntica nas medidas e em muitos detalhes da igrejinha da Porciúncula na Itália, reconstruída por São Francisco e berço da Ordem dos Frades Menores.

No interior da capela estava exposto o Santíssimo Sacramento. Ao som de mantras e cânticos os jovens apresentaram ao Senhor as suas chagas, e com lágrimas, preces e gratidão, se deixaram encontrar por Aquele que está sempre próximo, companheiro da caminhada. Uma procissão luminosa acompanhou o Santíssimo da Porciúncula até na Igreja Matriz e assim cada participante se deparou com um novo presente: uma almofada que simbolizava que se aproximava o horário do descanso. Além disso, a bela igreja estava repleta de olhares cheios de expectativa das famílias acolhedoras que, finalmente viam os rostos daqueles a quem já amavam sem nem conhecer. Para indicar que agora participantes e voluntários acolhedores formam uma só família a paróquia preparou uma entrada da imagem do Bom Jesus espalhando sobre todos os presentes um manto vermelho.

“Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou”

 Famílias acolhedoras e jovens puderam finalmente trocar os abraços e palavras de amizade. Nas casas aguardavam os participantes jantares deliciosos, muita conversa e o conforto necessário para o descanso. É claro que a partilha de vida também se tornou o ponto forte da conversa. Mas o dia tinha sido cheio, e a maioria dos participantes foram enfáticos: “nem deu tempo de fechar os olhos e já estava dormindo profundamente”.

Segundo dia, refletindo sobre a amizade!

Chegou a vez dos participantes conhecerem outra paróquia franciscana de Sorocaba, dedicada a Santo Antônio. Às 6h30 os jovens foram reunidos na igreja para um momento de animação e oração. O tema escolhido foi a reflexão sobre a amizade entre Francisco e Clara como um dom, um modelo, fazendo referência ao tema da Campanha da Fraternidade deste ano. Em seguida, os participantes saíram em direção ao centro da cidade acolhedora. O trecho entre a paróquia e a parada seguinte foi bem próximo, e por isso, muito animado!

Acolhidos no Mosteiro São Bento

Perpetuando o tema da amizade a parada no Mosteiro São Bento refletiu sobre o carinho entre franciscanos e beneditinos. O monge Dom Inácio Moisés Caciagli, OSB, acolheu os presentes diante da histórica construção, sendo ela um marco turístico da cidade. Ele lembrou a história deste espaço e comentando sobre a boa relação entre franciscanos e beneditinos, ressaltou os principais lemas das duas Ordens. “A Ordem de São Bento adota como lema a frase ‘reza e trabalha’. São Bento procura o equilíbrio entre o corpo e o espírito. Ele diz que ‘a ociosidade é inimiga da alma’. E o lema dos franciscanos é ‘paz e bem’. Vocês nesta caminhada estão exercendo as duas coisas: trabalhando pela missão, pela evangelização, rezando durante este trabalho, durante esta evangelização, com a paz que só o Senhor pode nos e o bem que é a expressão de Deus. Deus é o bem. Deus é bom. E isso São Francisco quis passar para os seus seguidores. Pelo bem que fazemos apresentamos Deus a uma sociedade que muitas vezes está buscando o ódio”. Depois de uma acolhida afetuosa, todos os jovens foram convidados a conhecer a igreja do Mosteiro e lá fazerem uma prece pelos homens e mulheres que se dedicam à vida contemplativa na Igreja.

Eu amo Sorocaba

Depois da parada no Mosteiro São Bento, a praça da Catedral da Arquidiocese de Sorocaba foi o ponto de concentração dos participantes para uma foto oficial, banheiro e lanche. Foi também um tempo descontraído para fotos de alguns grupos e para turistar na catedral e na famosa “Rua Braguinha” que é enfeitada com guarda-chuvas coloridos. Em seguida, algo em especial aguardava todos os peregrinos: os quilômetros finais da jornada.

“Como é bom caminhar com o mestre. Como é bom descansar com o mestre”

O último passo da caminhada guardava um momento importante e simbólico. Diante da Igreja Matriz da Paróquia Senhor Bom Jesus estava a comunidade aguardando os participantes para o levantamento do mastro, que indica que a festa em honra ao Bom Jesus se aproxima. Os jovens puderam participar desta ocasião e em duplas, enquanto a comunidade era inserida no mistério celebrativo com o canto de entrada, entraram na procissão de entrada preenchendo a igreja com o alaranjado da camiseta oficial do evento.

Durante a celebração, presidida por Frei João Francisco, instaurou-se um clima alegre e agradecido. Os cantos recordavam também elementos da espiritualidade franciscana. O frade que presidiu, na homilia, iniciou a sua reflexão a partir de algumas perguntas: “O que viemos fazer em Sorocaba? Viemos passear? Viemos conhecer um novo lugar? Angariar novas amizades? Viemos aventurar? Não, viemos participar da XII CFJ. Viemos ao encontro do Senhor como Francisco de Assis que logo diz: “Meu Senhor e meu Deus!”. Viemos como aquela multidão do Evangelho que caminhou, caminhou e chegou antes para ouvir os ensinamentos do Mestre Jesus, que ‘viu e se compadeceu’… Viemos alimentar nossa fé, esperança e caridade para prosseguirmos na missão que o Senhor nos confiou”.

E falando diretamente aos participantes da Caminhada, o frade recordou: “Todos nós deixamos muitos compromissos, muitas tarefas, muitos afazeres e até algumas pendências que nos aguardam, mas viemos convictos dos benefício dessa caminhada espiritual e estamos aqui de olhos fixos em Jesus que nos diz: ‘Vinde comigo…descansai um pouco…’. Irmãos e irmãs, chegamos tantas vezes perto de Jesus cansados, cheios de conquistas ou desilusões e logo somos reconfortados, reanimados e confiantes com o sentimento de ‘missão cumprida/caminhada cumprida’, pois fomos chamados e enviados por Ele. E se Ele chama, Ele dá forças. Assim aconteceu com os Apóstolos que regressavam da ‘missão’, aproximam-se de Jesus e prestam conta do ‘que tinham feito e ensinado’. O que temos feito pelo Senhor? O que vamos fazer depois dessa Caminhada com e pelo Senhor? Apesar das exigências da missão é imprescindível arranjar tempo para estar com o Senhor e escutar as suas indicações e ensinamentos”. 

E, concluindo, exortou: “Inspirados pelo ‘Espírito do Senhor e seu santo modo de operar’, ousemos percorrer os caminhos da Amizade Social que promove a acolhida com simplicidade, caminhos de sinodalidade e proximidade. Caminhos de respeito a cada um sob a luz da verdade do ser humano e do Evangelho. Caminhos onde se contemple a vida, onde cada um saiba o nome do outro. Caminhos de partilha da vida. Caminhos de oração e aprofundamento. Caminhos que nos levem ao encontro com o Senhor que nos diz… ‘vinde comigo e descansai um pouco’.  Concluo com as palavras do Papa Francisco aos jovens em Lisboa, durante a Jornada Mundial da Juventude de 2023: ‘Neste belíssimo momento da vossa vida, avançai, não adieis o que o Espírito pode realizar em vós!’”.

Nos avisos e agradecimentos, em nome da comunidade paroquial, Frei José Raimundo de Souza agradeceu a presença dos visitantes que “abriram o triênio de celebrações do jubileu dos 100 anos da paróquia”. E, em uma palavra de gratidão, agradeceu a todos os envolvidos na preparação do evento, voluntários, frades, jovens. E toda a comunidade chancelou as suas palavras de gratidão com uma calorosa salva de palmas.

 

Após a celebração, Frei Gabriel anunciou o próximo evento provincial com as juventudes: o “Dia de Missão” entre os dias 1° e 2 de fevereiro de 2025, ocasião em que cada grupo de jovens, na sua localidade, deverá desenvolver uma ação evangelizadora. “Na última vez que realizamos este Dia de Missão, movimentamos 200 jovens em 15 lugares diferentes. Desta vez queremos 400! Lançamos este desafio!”, provocou Frei Gabriel.

A última hora do evento foi deliciosa, marcada pelo almoço. Antes da partilha dos alimentos, um momento especial de agradecimento aos voluntários foi marcado de emoção e prece. Os jovens aplaudiram efusivamente o empenho e dedicação dos voluntários e depois rezaram por eles. Depois uma oração especial para a viagem dos peregrinos que tendo cumprido muitos quilômetros a pé agora andariam muitos outros, mas desta vez, nos seus transportes. Provavelmente uma viagem com muita animação, entretanto, uma soneca não seria dispensada, pois se o espírito estava cheio de alegria e realização por tudo o que foi vivenciado, o corpo sentia o peso da dedicação.

Abaixo você poderá acompanhar alguns testemunhos dos jovens participantes:

“Foi minha primeira vez na caminhada e eu fiquei maravilhada com a missão. Fiz questão de acompanhar a bandeira de perto durante o percurso, o que foi desafiador e me rendeu algumas bolhas no pé, mas conheci pessoas incríveis durante o percurso que estavam compartilhando das mesmas dores que eu. Foi impossível não me emocionar quando chegamos na minha comunidade e eu vi tanta gente conhecendo a igrejinha em que eu cresci, conhecendo a minha casa. Recebemos aqui em casa 3 meninas de Curitiba e foi muito legal apresentar o resto da família e comentar sobre os pontos altos do percurso. O longo percurso foi desafiador, eu não sabia como iria terminar, mas a energia de todos foi tão contagiante que eu já quero participar do próximo!”. Sauane Mirele Amaral de Jesus da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, da Paróquia Senhor Bom Jesus de Sorocaba (SP).

“Participar da Caminhada Franciscana é superar os nossos próprios obstáculos, nos tornando mais humanos e humildes, onde ao mesmo tempo em que evangelizamos, somos evangelizados. Experiência incrível”. Elisângela Cadoni da Universidade São Francisco (USF).

“Carta Aberta: Hoje, dia 20 de julho, quando cheguei na caminhada, não estava preparado e, para ser bem sincero, ainda não estou. Mas Deus me disse: ‘Filho, não desista’. E eu não desisti. Fiz os 25 km e posso dizer que venci todos os meus obstáculos, pois em todo momento queremos desistir. Tenho orgulho de estar onde estou, pois sei que sou um vencedor. Sair de Gaspar e vir para Sorocaba para caminhar? Teve gente que me chamou de louco. Sim, louco! Louco pelo espírito franciscano, por um evento que, quem me conhece, sabe que amo e tenho um carinho enorme. Só tenho uma coisa a dizer: Deus não te abandona. Mesmo nos momentos difíceis, Ele está do seu lado”. Hércules Mateus Teske de Gaspar (SC).

“Foram 30 km percorridos por 400 pessoas de várias regiões do Brasil. Muito companheirismo e solidariedade, regados com oração e temperado com o carisma franciscano. Sou franciscana com muito orgulho, com muito amor. ‘Cessem as palavras, falem as obras!’. Ana Cristina Delázari Silveira Agostinho de Agudos (SP).

“Eu me chamo Henrique Bissa. Sou coordenador da Pastoral da Juventude e essa é minha segunda CFJ. Participei da décima primeira em Vila Velha e tive a honra de participar dessa em Sorocaba. No ano de 2023 havia apenas um mês que perdi minha avó, que foi um dos meus pilares da vida, participei da caminhada ainda com um sentimento de luto. Essa caminhada de Sorocaba para mim foi uma renovação espiritual e o sentimento que fica no coração é de gratidão. Gratidão aos freis que se empenharam para que acontecesse esse momento único na vida de nossa juventude que é o hoje e o futuro de nossa Igreja”. Henrique Bissa de Colatina (ES).

“Por recomendação de uma amiga participei pela primeira vez da Caminhada Franciscana da Juventude. Resumo a minha experiência como seguir o Senhor deserto a dentro! E caminhar por esse deserto me permitiu, em primeiro lugar, encontrar-me comigo mesmo, com os meus limites e potencialidades, para então poder encontrar-me com o Senhor! Agradeço aos Freis, aos(as) companheiros(as) da jornada, aos(as) voluntários(as) e às famílias acolhedoras pela oportunidade desse encontro. Oxalá tenhamos a graça de, como são Francisco, sairmos dessa experiência mais apaixonados(as) e configurados(as) ao Crucificado”. José Renato Gonçalves de Tatuí (SP).

“Cansativo fisicamente, mas grato espiritualmente. Ao chegar no final, superamos limitações, refletimos sobre o quão frágil é o nosso coração e muitas vezes a nossa fé, e paramos para agradecer  quando superamos esses desafios que juntos como juventude franciscana torna-se apenas um breve momento de dificuldade em nossa vida, que com certeza cada experiência e vivência, torna-se um grande aprendizado”. Wiliam Assis de Xaxim (SC).

“Mais uma CJF pra conta! Tive a graça de participar da I Caminhada Franciscana da Juventude em 2014 com apenas 40 jovens e nesse final de semana participei da XII Caminhada Franciscana da Juventude com 400 jovens na cidade de Sorocaba-SP (participei de outras edições nesse intervalo de tempo). E como é lindo ver o tamanho dessa família franciscana que aumenta a cada dia mais. A CFJ é um local de encontro e reencontro, onde encontramos e reencontramos pessoas queridas que de alguma forma marcaram a nossa vida em algum encontro franciscano, também temos essa experiência de encontro e reencontro conosco mesmo. E o melhor encontro e reencontro é com Aquele que tudo fez e faz por nós, Aquele que nos sustenta em todos os momentos da nossa caminhada, que é o próprio Senhor. Aquele que caminha conosco em todos os momentos e nos conforta e nos encoraja a não desistir no primeiro morro (Porque nossos Freis amam colocar morros e ladeiras no percurso das caminhadas rs). Essa caminhada nos marcou com as chagas, para que diante de Jesus pudéssemos entregar nossas dores e marcas e ali receber o amor e o conforto na pequena capela da Porciúncula. Agradeço a minha família acolhedora: Aldo, Fabiula, Ana, Flávia e Leonardo que abriram o coração e a porta da sua casa para nós acolher para que pudéssemos recuperar as forças e aguentar mais um pouco a nossa missão de chegar até o fim. A cada experiência franciscana vivenciamos o amor de Deus em cada detalhe, em casa paisagem, em casa sorriso, em casa abraço, em cada partilha, em cada cuidado, etc. Sou apaixonada por essa simplicidade que nos lembra o quão pequenos somos e que Deus mesmo sendo grandioso se faz pequeno também. Obrigada a todos os responsáveis, organizadores, voluntários e toda a cidade de Sorocaba que acolheu a juventude Franciscana com muito amor e cuidado! Deus os abençoe!”. Mariana Lopes Florencio de Bauru (SP).

“Participar da caminhada deste ano de 2024 foi uma experiência nova para mim. É a minha primeira participação e posso dizer que nunca fiz algo parecido que une espiritualidade, prática e encontro consigo, mesmo em meio a tantas outras pessoas junto de você. A caminhada, se me perdoe o trocadilho, é um caminho sem volta, sem volta ao que você era antes dela. Há um novo eu, uma nova pessoa, o melhor que podemos ser”. Thaís Barcellos de Colatina (ES).

“Marcado pelo amor do Bom Jesus, junto com  São Francisco, Santa Clara e a Virgem Maria, posso  afirmar que foram Eles o sustento e a mão que me  conduziu nesse trajeto. Estradas que não se avistava o fim, calor que nos fazia  derreter, pedras e alguns obstáculos que por todo  caminho me fez pensar e repensar na minha trajetória de  vida. Uma soma de dor e cansaço, que sem sombras de  dúvidas ao se misturar com a alegria, energia, motivação  mútua que emanava de cada voz, gesto, música, calor  humano, oração e silêncio representados por cada  membro dos mais diversos estados, se resultou em um  sentimento: ‘Que experiência Fantástica’. Experiência essa que ficará para sempre em meu  coração, tanto por ter sido a primeira vez na Caminhada  Franciscana da Juventude, depois por ter vivenciado os  dons desse carisma tão lindo que é o de ser Franciscano;  e por cada detalhe cuidadosamente preparado pelos  voluntários que por longo tempo se organizaram para nos  receber, eles não falharam em nada! Irmãos de Sorocaba,  vocês encantaram meu coração. Por fim, trago comigo o sentimento de energia renovada e fé ainda mais firmada, para poder dar continuidade ao  que realizamos nesses dias. E com uma certeza que veio  ao meu coração: Nossa Igreja está mais do que viva! Espessada realmente pela força, persistência, alegria e  garra de todos os participantes”. Igor Sposito de Guarulhos (SP).


Equipe de Comunicação da CFJ