Celebração do Ano Jubilar recorda a história das imagens que adornam a Igreja do Sagrado
07/08/2021
Petrópolis (RJ) – Na Festa da Transfiguração do Senhor (6/8), a comunidade do Sagrado celebrou o Jubileu de 125 anos de presença dos frades menores franciscanos em Petrópolis (RJ) e os 75 anos de criação da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. A Santa Missa foi presidida pelo pároco Frei Jorge Paulo Schiavini e foi concelebrada por Frei Abílio Antunes do Amaral, nesta sexta-feira, às 18 horas.
Com a presença de lideranças de movimentos e pastorais, bem como das Irmãs de Nossa Senhora do Amparo que animaram a missa com a condução dos cantos, a celebração mensal do Ano Jubilar, após uma breve pausa no mês de julho, fez memória da história das imagens santas que adornam a Igreja, como o Sagrado Coração de Jesus, o Sagrado Coração de Maria, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Antes, porém, Frei Jorge iniciou sua reflexão discorrendo sobre a Festa da Transfiguração do Senhor. Segundo o pároco, quando Jesus toma consigo os apóstolos, Pedro, Tiago e João, se manifesta a eles em um momento de intimidade e oração. “Essa manifestação do Senhor dá a eles a experiência de Deus, concede também a força para que permaneçam com a fé viva durante os momentos difíceis que o Cristo iria passar. Por isso, a transfiguração é também um sinal da ressurreição”, disse. Para Frei Jorge, todos são convidados para este momento íntimo de oração com o Senhor. “Ele também se transfigura a nós através dos sacramentos, na eucaristia, nos momentos de oração em que nos colocamos de todo o coração diante de Deus”, acrescentou.
“A Transfiguração é uma antecipação do esplendor divino que depois vai se manifestar na ressureição, na Páscoa. Vemos que aqueles que sobem o monte com Jesus, são aqueles que aceitaram o seu chamado, que caminharam com ele, que buscaram ouvir a sua palavra e que depois da morte e ressurreição são enviados em missão”, disse. “Nós também somos chamados a fazer esse caminho”, destacou.
Frei Jorge explicou que na 1ª sexta-feira de cada mês, a igreja celebra a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e em especial neste ano, a Fraternidade do Sagrado vive o Ano Jubilar. “Junto com a festa da Transfiguração, fazemos a memória da Igreja do Sagrado, onde o Senhor se transfigura para muitas pessoas. Nessa Igreja muitas pessoas fazem a experiência de Deus. Por isso, queremos render graças a Deus por este ‘monte’ que é a Igreja do Sagrado Coração de Jesus”, sublinhou.
O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Em seguida, Frei Jorge falou sobre a temática do dia fazendo memória da história das imagens que adornam a Igreja do Sagrado. Segundo o celebrante, o Sagrado remete ao Santo, à santidade; o Coração, à humanidade. “Ao coração que pulsa, existe um forte símbolo de vida, de amor, de atenção, zelo e de dedicação. A simbologia do Coração de Jesus indica, pois, proximidade, encontro entre Deus e a pessoa, entre o humano e o divino, entre divino e humano”, ressaltou.
O pároco explicou que o Sagrado Coração de Jesus é representado, desde 1877, pela imagem do altar-mor, que foi reconduzida em nicho próprio, e, desde 1892, também pelo vitral do Sagrado, ao lado direito de quem entra pelo corredor central.
MARIA, MÃE DE JESUS E DA IGREJA
Na Igreja do Sagrado, a devoção mariana está representada pelo vitral do Sagrado Coração de Maria, que desde 1892 ladeia o Sagrado Coração de Jesus. Antigamente, onde hoje é a capela do Santíssimo, havia a Capela de Nossa Senhora das Dores, com a cena alusiva à presença de Maria tendo nos braços o Senhor morto, motivo que na tradição da arte sacra ficou conhecido como Pietá. “A dor de Maria é também a dor das pessoas: a dor das pessoas é representada na dor de Maria”, lembrou Frei Jorge.
Em uma das reformas na Igreja, decidiu-se pela colocação da imagem de Nossa Senhora das Dores na capela dedicada a Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. “Essa imagem é muito expressiva, pois demonstra toda a proximidade de Deus e de Maria”. Também é centenária, explicou Frei Jorge, lembrando que a cada década se faz necessário restaurar a imagem, pelo fato de que as pessoas tocam na mesma. “Mas o importante é que as pessoas se sintam tocadas pelo amor de Deus, pela intercessão maternal de Maria”, enfatizou.
“Que possamos sentir, nessa Eucaristia, que celebramos o amor do Sagrado Coração que nos sustenta. Que possamos praticar esse amor em nossa vida”, concluiu.
A missa teve continuidade com as preces seguidamente da liturgia eucarística. Após a comunhão, Frei Jorge convidou a comunidade para rezar pelos falecidos. A bênção final de Frei Abílio encerrou a celebração que foi transmitida pelo Facebook e YouTube da Paróquia e pela Rádio Imperial da cidade.
Frei Augusto Luiz Gabriel