Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

“A Harpa de São Francisco” é lançado na USF

16/12/2019

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A clássica obra de Felix Timmermans, “A Harpa de São Francisco”, ganhou uma edição brasileira com a tradução do leigo franciscano e  membro da Academia Bragantina de Letras (ABL), Conrado Vasselai, e foi lançada durante um evento literomusical  (11/12)  na  Capela São Francisco da Universidade São Francisco (USF), em Bragança Paulista.  O evento teve a participação do Coral da FESB com várias canções e do pistonista Thiago acompanhado de violão apresentando a música da família e, também, a declamação da poetisa Lola Prata com o texto: “O Pobrezinho”.

A acadêmica Nádia trouxe breves dados da ABL e conduziu as apresentações. Frei Vitorio Mazzuco, da Pastoral Universitária da USF, falou de alguns aspectos e a importância dos escritos de São Francisco ainda para os dias de hoje, bem como as mensagens deixadas pelos muitos biógrafos do santo.

Felix Timmermans, expoente da literatura flamenca, foi poeta, escritor e pintor. Por isso, nesta obra, o autor descreve os fatos, pinta os cenários envolvendo-os de poesia, sem contudo desviar-se das informações históricas. “Ao me aprofundar na leitura do texto de Felix Timmermans senti que ele, ao construir seu relato, se manteve fiel às ricas informações históricas que lhe possibilitaram captar momentos marcantes na vida do Poverello de Assis. Brindou-nos com uma narrativa desenhada em vivas cores, delineando a história de um homem que jamais desviou-se de seu ponto de partida”, explica o tradutor.

“Dizer Francisco de Assis é remeter-se ao espírito de fraternidade cósmica, sentindo-se irmão e irmã de todas as criaturas. É pensar na santa humanidade de Jesus, na pobreza evangélica, no espírito das bem-aventuranças, no presépio, na Eucaristia, no Crucificado de São Damião. É pensar nos hansenianos e nos pobres com quem se identificou. É pensar na peregrinação pelas poeirentas estradas da Toscana anunciando o Evangelho na linguagem popular. É pensar na alegria de viver, no “Cântico ao irmão Sol”, no irmão lobo com quem fala, nas cotovias com quem reza, nos peixes aos quais prega, na morte chamada de irmã”, escreve Leonardo Boff na apresentação da edição brasileira. “Todo um universo de encantamento, de cuidado e de ternura marca a vida e a trajetória deste santo chamado de “o primeiro depois do Único” e o “último cristão” de verdade. Esse espírito faz falta hoje. Se quisermos salvar o planeta e preservar o dom da vida precisamos revisitar São Francisco e incorporar seu espírito de veneração, respeito e fraternidade sem limites. Para transmitir esse espírito, a narrativa, a poesia e o romance são mais adequados do que o conceito, a doutrina e os tratados”, acrescenta Boff.

Conrado Vasselai fez rápida síntese do trabalho de tradução alemã do livro apresentado, que foi editado pela  Vozes. Houve a seguir momento de autógrafos e pequeno coquetel aos presentes.

Ana Paula Moreira