A terra natal de Frei Elias Hebo Luís, no município do Alto Kauale, província do Uíge, Angola, foi palco de alegria e fé no último dia 28 de setembro, às 09h30 (horário local), quando fiéis, frades e convidados se reuniram para celebrar a sua primeira Missa.

Entre os presentes estavam: Frei Ermelindo Francisco Bambi, representando o conselho da FIMDA; Frei Domingos Cacanda Soma; Frei Evaristo Seque Joaquim; Frei José João Ganga; bem como os novos presbíteros, Frei Miguel Tchiteculo Tchindjombo Filipe, pároco da futura Missão Santa Teresinha do Menino Jesus, representando a região missionária de Cangandala, na província de Malange, no norte de Angola; Frei António da Silva Manuel, representando a Fraternidade Monte Alverne, em Malanje; e Frei Edvânio Sampaio Quitala, que representou os frades estudantes.

A celebração foi presidida pelo Frei Elias e concelebrada pelo Frei Evaristo, Frei Domingos e Frei José João Ganga, bem como Frei Ermelindo, Frei Barnabé Mbenza Ngana, pároco da paróquia que recebeu a celebração; e o segundo conselheiro da OFMCap, Frei Silva KitadiKa, pároco da Paróquia São José Operário e Vigário Episcopal da Vigararia, de Negage, município da província do Uíge, ao norte de Angola. Também concelebraram Frei Miguel Kinkane e Frei Filipe, diáconos da OFMCap.

Como de costume, para a primeira missa, o novo presbítero pediu, após a proclamação do Santo Evangelho, que Frei Silva KitadiKa conduzisse a homilia. A pregação do frade conduziu todos os presentes à reflexão da Palavra, exortando sobre nossa relação com os bens deste mundo: “Devemos ser sinceros, justos e trabalhadores, não nos deixemos enganar, pois a dignidade de um cristão dá-se no testemunho de vida que é vivida em dignidade, a qual tem como fonte Jesus Cristo, o modelo autêntico”, salientou.

Após a comunhão, a comunidade realizou um ofertório especial, com a entrega de presentes a Frei Elias, além dos tradicionais presentes nas celebrações, que são carregados de significados simbólicos. A oferta começou com o Lwandu, representando o lugar de descanso e acolhimento; Panela, que, na pastoral, indica o acolhimento da comunidade, sempre disponível para receber e ajudar com o alimento que tiver ao seu sacerdote; Sanga, que significa aquele que dá o refresco que conserva e acolhe; Fogareiro feito ao lodo, significando aquele que conserva a temperatura acima do nível, que dá vida e permite que o cru apronte; Cerco, símbolo do pescador; Carro de Bordão, simbolizando o meio de transporte; e, por fim, o Chapéu, que tradicionalmente indica o símbolo da autoridade: mais do que cobrir a cabeça, representa um status social.

Logo após a entrega dos presentes, os discursos começaram com Frei Ermelindo. Ele agradeceu a toda a comunidade pela força, coragem e fé depositadas em Frei Elias durante o seu percurso formativo até sua ordenação; aos frades capuchinhos pelo tempo de acompanhamento durante seu período de férias; e falou sobre seu percurso formativo.

Frei Elias começou agradecendo a todos os presentes e, por fim, resumiu seu pensamento dizendo: “Para vós sou o presbítero e com vós sou cristão”. O frade pediu oração aos fiéis para que Deus guie seu caminho presbiteral. Depois, apresentou seus pais a todos.

No final da cerimônia, Frei Barnabé agradeceu a todos pelo empenho, pedindo as mais incansáveis orações para a fortificação da nova missão de Frei Elias, desejando as melhores graças e prontidão ao serviço.

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Texto: Frei Edvânio Sampaio Quitala, OFM / Foto: Afonso Kindumbo