Alverne, 16 a 17 de setembro

No próximo dia 17 de setembro celebraremos o VIII Centenário dos Estigmas, terceira etapa (depois da aprovação da Regra Bulada e do Natal de Greccio) no caminho dos Centenários Franciscanos, que nos ajudam a refazer – e muitas vezes a redescobrir – os últimos anos de vida de São Francisco.

Para o Pai Seráfico foi um período de dor e amor, caracterizado pelo profundo desejo de seguir a Cristo e se conformar totalmente com Ele.

O encontro com o Crucificado, que imprime no coração e no corpo os sinais do amor, é assim resumido por São Boaventura: “O verdadeiro amor de Cristo transformou o amante na própria imagem do Amado” (Legenda Maior 13,5).

Celebrar o Centenário dos Estigmas como Família Franciscana é um convite a recuperar na nossa vida quotidiana aquela dimensão de silêncio orante e contemplativo que nos coloca diante do essencial, que nos permite reconhecer o desejo de infinito que reside nos nossos corações, que permite-nos ouvir a nós mesmos, aos outros e a Deus.

“Das feridas nasce a vida nova”: depois de receber os sagrados estigmas, Francisco saiu ao encontro dos pobres, dos doentes e dos necessitados para tocá-los, para lhes transmitir o amor divino. Recordar e celebrar o Pobre de Assis tocado pelo Crucifixo exorta-nos a sair de nós mesmos para “tocar nos outros a carne sofredora de Cristo” (Gaudete et exsultate, 37) e, ao mesmo tempo, deixar-nos tocar e desafiar pelas numerosas situações dramáticas de dor e sofrimento em que tantos dos nossos irmãos e irmãs em todo o mundo se encontram imersos.

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