Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Em seu aniversário, Papa convida crianças a preparar o coração para o Natal

17/12/2023

Papa Francisco

Imagem: Vatican Media

São os sorrisos a iluminar a Sala Paulo VI, no Vaticano, no dia do 87º aniversário do Papa Francisco. As crianças do dispensário de Santa Marta, como acontece desde 2023, festejaram o aniversário do Pontífice com cantos e abraços e o que o Papa pede para terem enquanto se espera o Natal. “Devemos nos preparar para uma grande festa”, diz de improviso, depois de cumprimentar as crianças e recebê-las ao pé do palco da Sala Nervi.

As felicitações de Francesco

“Pensemos, preparemos o coração para o Natal para receber Jesus”, sugeriu, convidando todos a pensar – em silêncio e de olhos fechados – sobre o que pedir a Jesus na Festa em que celebramos a sua vinda em meio a nós. Em seguida, expressa sua gratidão por poder ver tantas crianças ao seu lado. Os votos são de um feliz Natal e que o Senhor possa atender cada desejo.

Um espetáculo para o Papa

Com a ajuda dos artistas circenses do circo Vassallo, as crianças do Dispensário se apresentaram diante do Papa com acrobacias e números de palhaços, sob aplausos do aniversariante, das cerca de 200 famílias das crianças assistidas pela estrutura pediátrica vaticana, dos voluntários da Atlética Vaticana que os acolheram, do presidente, cardeal Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade e da diretora Irmã Anna Luisa Rizzello.

A gratidão é a memória do coração

O “parabéns”, cantado por um pequeno coro, finalmente acompanhou a chegada do bolo, com a inscrição: “A gratidão é a memória do coração. Feliz Aniversário, Papa Francisco!”, e uma decoração do Pontífice pegando pela mão as crianças de todo o mundo. O bolo foi confeccionado pelo pizzaiolo Vincenzo Staiano que, como todos os anos, levará a vela apagada pelo Papa ao Santuário de Nossa Senhora de Pompéia.


Papa no Angelus:

Mostrar a luz verdadeira, que é Jesus, com o testemunho de vida

Com o testemunho de vida, sabedores de que só em Deus encontramos a luz da vida, podemos ser uma lâmpada para os outros, ajudando-os a encontrar o caminho que leva a Jesus.

Em síntese foi o que disse o Papa na sua alocução antes de rezar o Angelus neste III Domingo do Advento, chamado de Domingo Gaudete, quando a Liturgia nos convida a um testemunho cristão feliz e alegre. E a inspiração de Francisco, foi precisamente a missão e o testemunho de João Batista, conforme narrado no Evangelho de João (Jo 1,6-8.19-28): “Reflitamos sobre isso: testemunhar a luz.”

Dirigindo-se aos milhares de fiés e turistas reunidos na Praça São Pedro para o tradicional encontro dominical, o Papa começa explicando que “o Batista é certamente um homem extraordinário. As pessoas acorrem para ouvi-lo, atraídas pelo seu modo de ser, coerente e sincero”:

O seu testemunho passa pela franqueza da sua linguagem, a honestidade do comportamento, a austeridade de vida. Tudo isso o diferencia de outros personagens famosos e poderosos da época, que contrariamente, investiam muito na aparência. Pessoas como ele, retas, livres e corajosas, são figuras luminosas e fascinantes: estimulam-nos a elevar-nos da mediocridade e a ser, por sua vez, bons modelos de vida para os outros.

O Senhor – observou o Santo Padre – “envia homens e mulheres deste tipo em todas as épocas”. E pergunta: “Sabemos reconhecê-los? Procuramos aprender de seu testemunho, também questionando-nos? Ou nos deixamos encantar por personagens da moda? João é luminoso enquanto testemunha a luz. Mas, qual é a sua luz?”:

Ele mesmo nos responde quando diz claramente às multidões que foram ouvi-lo de não ser ele a luz, de não ser ele o Messias. A luz é Jesus, o Cordeiro de Deus, “Deus que salva”. Somente Ele redime, liberta, cura e ilumina. Por isso João é uma “voz” que acompanha os irmãos à Palavra; serve, sem buscar honras e protagonismos: é uma lâmpada, enquanto a luz é Cristo vivo.

Francisco então, enfatiza que “o exemplo de João Batista nos ensina pelo menos duas coisas”:

Primeiro, que não podemos salvar-nos sozinhos: somente em Deus encontramos a luz da vida. Segundo, que cada um de nós, com o serviço, a coerência, a humildade, com o testemunho de vida – sempre com a graça de Deus – pode ser uma lâmpada que brilha e ajudar os outros a encontrar o caminho para encontrar Jesus.

Então, propõe que nos perguntemos: Como posso, nos ambientes em que vivo, não num dia distante, mas já agora, neste Natal, ser testemunha de luz, testemunha de Cristo?

Que Maria, espelho de santidade – disse ao concluir – nos ajude a ser homens e mulheres que refletem Jesus, luz que vem ao mundo.


Fonte: Vatican News