“A vida perfeita e A direção da alma” entre os lançamentos da Editora Vozes
18/12/2023
A vida perfeita e A direção da alma
São Boaventura se revela como um grande mestre da vida espiritual. Em seu pequeno tratado sobre A direção da alma, escrito para a Princesa Branca, filha do Rei São Luís, ele estabelece os princípios fundamentais para a jornada da alma em busca da união com Deus. Em A vida perfeita, escrito a pedido da Beata Isabel, irmã de São Luís, ele descreve as oito bem-aventuranças que todo cristão deve perseguir para cumprir sua vocação divina. Começando com o autoconhecimento e mudando a perseverança final, a alma que deseja ser a esposa de Cristo deve aprender a verdadeira humildade, a perfeita pobreza, o silêncio, a oração, a contemplação da Paixão do Senhor e, acima de tudo, o amor perfeito em Deus. São Boaventura, com sua clareza e concisão característica, guia o leitor com doçura e segurança ao longo do caminho da santidade, como um amigo íntimo.
Este texto foi escrito por volta de 1260 por São Boaventura de Bagnoreggio a uma comunidade de Irmãs Pobres de Santa Clara (Clarissas), tendo sido endereçado muito provavelmente à Beata Isabel, irmã de São Luiz IX, rei da França. Trata-se, portanto, de um texto dirigido a mulheres que viviam uma vida religiosa e contemplativa inspirada na espiritualidade de São Francisco de Assis e segundo a forma de vida de Santa Clara. Assim, Boaventura, que três anos antes havia sido eleito Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, demonstra ter para com as Clarissas aquele “diligente cuidado e especial solicitude” que Francisco lhes havia prometido por si e por todos os seus irmãos.
Judaísmo, Cristianismo, Islam
Há bons motivos para dedicar um livro à descrição subsequente do judaísmo, do cristianismo e do islam. A razão mais óbvia reside na caracterização destas tradições como “religiões monoteístas”. Trata-se de um rótulo atribuído tanto em conversas cotidianas quanto no âmbito da Ciência da Religião. Não é incomum que o discurso não acadêmico sustente tal rótulo genérico pela afirmação de que os judeus, cristãos e muçulmanos acreditam no mesmo Deus e, por isso, são “almas gêmeas” no mundo espiritual.
Rótulos como os de “religiões monoteístas” são resultado do trabalho no âmbito da chamada “Ciência da Religião sistemática”, ou seja, do ramo da Ciência da Religião que busca identificar estruturas inerentes no material levantado pelo outro “braço” da Ciência da Religião, isto é, a “História das Religiões”. Nessa perspectiva, a Ciência da Religião se ocupa dos sistemas rubricados como “religiões monoteístas” e a necessidade de registrar minuciosamente as especificidades doutrinárias, éticas e práticas de cada uma das respectivas tradições.
Daoismo, Confucionismo, Xintoísmo
O presente livro deve ser entendido como uma compensação das unilateralidades de dois contextos. Do ponto de vista do discurso sobre supostas sabedorias universais e atemporais oriundas do Extremo Oriente a publicação é uma oportunidade para reconsiderar a admiração “ingênua” das respectivas tradições, de acordo com a abordagem de dois especialistas comprometidos com o etos histórico-empírico do estudo das religiões. Ao mesmo tempo, os três capítulos apresentados contribuem para o preenchimento de lacunas na pesquisa acadêmica e na formação universitária no Brasil em uma área cuja gênese e percurso internacional têm sido impulsionados pela curiosidade a respeito de culturas e religiões além da tradição judaico-cristã.
Quanto ao primeiro contexto, parte-se da observação de que no mundo culturalmente interconectado e de fácil acesso a dados e notícias oriundos de qualquer canto da terra pode se esperar que uma boa parte dos leitores brasileiros esteja consciente da diversidade do campo religioso em nível global. Porém, não se pode esperar uma divulgação homogênea de informações mais específicas sobre as diferentes tradições espirituais. O daoismo, o confucionismo e o xintoísmo abordados por dois especialistas brasileiros neste livro são exemplos óbvios de religiões cuja existência é tomada como garantida sem que este consenso seja necessariamente suportado por um saber detalhado sobre o percurso cronológico e a riqueza fenomenológica destes sistemas em questão.
A elevação da mente para Deus pelos degraus das coisas criadas
Estamos distantes de Deus não apenas porque não podemos vê-lo, refletir sobre Ele ou nos conectar a Ele emocionalmente. Também nos afastamos de Deus devido às distrações e preocupações com as coisas temporais que constantemente nos cercam, consumindo-nos. Nossa mente reflete e nossos lábios murmuram o nome de Deus apenas de maneira superficial nos salmos e nas preces sagradas.
Para aqueles que buscam uma ligação com o divino, muitas vezes parece que não há uma escada que nos leve a Deus, a menos que Ele mesmo a revele por meio de suas obras. No entanto, para aqueles que, por uma graça especial de Deus, são prolongados por um caminho que os leva ao conhecimento de segredos divinos que não podem ser expressos por palavras humanas, devemos dizer que não subiram por seus próprios esforços, mas foram arrebatados.
Estimulado pelo exemplo de São Boaventura, que em semelhante retiro escreveu o Itinerário da mente para Deus, nesta obra, o autor tentou construir uma escada pela consideração das criaturas, pela qual cada um possa, de algum modo, elevar-se para Deus. E nela distinguiu quinze degraus, à semelhança dos quinze degraus pelos quais se subia ao Templo de Salomão, e dos quinze Salmos que são chamados Graduais.
De Cive
Um mergulho nas profundezas da natureza humana. O autor, neste livro, explora a essência do cidadão em sociedade. Com clareza e rigor intelectual, Hobbes analisa a origem do poder político e os princípios que regem a vida em comunidade. De forma envolvente, a obra nos faz refletir sobre a relação entre os cidadãos e o Estado, a importância da obediência às leis e os limites do poder soberano. Suas ideias profundas e inovadoras moldaram o pensamento político moderno e continuam influenciando o debate acadêmico e social.
A obra nos conduz a uma jornada intelectual em busca da compreensão do cidadão e seu papel na sociedade. Mediante uma análise rigorosa e perspicaz, revela os aspectos fundamentais da formação do poder político.
O autor expõe um quadro sombrio: uma guerra incessante de interesses egoístas. Contudo, não se limita à descrição, mas propõe soluções que possam contribuir para a estabilidade e a ordem na sociedade.
Trata-se de uma obra relevante que ainda influencia o pensamento filosófico-político atual e que nos convida a refletir sobre a natureza humana, a liberdade individual e a relevância da autoridade política.
A grande narrativa
Esta obra é uma jornada através da história de nosso tempo. Com fluência narrativa e rigor acadêmico, Johann Chapoutot analisa os acontecimentos e transformações que moldaram o século XX, revelando as complexidades políticas, sociais e culturais recentes. Das grandes crises às revoluções ideológicas, Chapoutot desvenda os fios condutores que teceram o panorama histórico, oferecendo uma introdução essencial para compreender as raízes e desdobramentos de nossa atualidade. Este livro é um convite para refletir sobre as marcas indeléveis do passado no presente, possibilitando uma visão ampla e esclarecedora de nossa trajetória coletiva.
Explorando os acontecimentos que formaram a história de nosso tempo, Johann Chapoutot nos conduz com extrema clareza através das vicissitudes políticas, culturais e sociais do século XX e oferece uma introdução esclarecedora a um período marcado por grandes convulsões e transformações.
Das trincheiras da Primeira Guerra Mundial aos embates ideológicos da Guerra Fria, Chapoutot revela o contexto intricado de nossa trajetória coletiva, destacando as figuras proeminentes, os movimentos de resistência e as ideias que ecoam até os dias atuais. Nessa narrativa, somos convidados a revisitar os marcos que moldaram nossa sociedade, compreendendo como a história ressoa no presente, deixando-nos com uma profunda compreensão de quem somos e de como chegamos até aqui.
Uso de desenhos na prática clínica
Os psicólogos clínicos sempre têm necessidade de técnicas de motivação para conseguir o engajamento cotidiano dos pacientes, especialmente das pessoas não verbais ou que a princípio se recusam a oferecer feedback. Esta obra fornece uma variedade de diretrizes de desenho para aprimorar o processo de diagnóstico. Profusamente ilustrado, os psicólogos clínicos descobrirão ferramentas para interagir de maneira eficaz com seus pacientes. O livro tem por foco sobretudo a entrevista de admissão e o teste psicológico, nos quais a possibilidade de desvendar conflitos encobertos e a orientação terapêutica é especialmente concreta.
Este livro é um guia inovador para terapeutas e conselheiros que procuram incorporar o desenho em sua prática clínica. O desenho é uma ferramenta poderosa de autoexpressão e pode ajudar os clientes a comunicar seus sentimentos e experiências de maneira única e eficaz. O autor fornece uma visão abrangente da teoria e prática do uso de desenhos na terapia, incluindo os benefícios do uso de diferentes tipos de desenhos que podem ser usados e como interpretá-los e analisá-los. Ele fornece também exemplos de casos e exercícios para ajudar terapeutas e clientes a começarem a desenhar.
Seja você um terapeuta experiente procurando expandir seu repertório de técnicas terapêuticas ou um novo terapeuta procurando maneiras inovadoras de se conectar com seus clientes, este livro é um recurso para qualquer profissional de saúde mental.
Sociologia Geral – Volume 4
Este é o quarto volume baseado nas conferências proferidas por Pierre Bourdieu no Collège de France no início dos anos de 1980 sob o título Sociologia geral. Nessas palestras, Bourdieu se propõe a definir e defender a Sociologia como uma disciplina intelectual e, ao fazê-lo, introduz e esclarece todos os conceitos-chave que definiram sua abordagem intelectual distinta. Tendo elaborado os conceitos de habitus e campo em volumes anteriores, Bourdieu empreende agora uma análise das relações entre eles, mostrando que os campos sociais são objetos de percepção e conhecimento para os agentes neles engajados.
O “Curso de Sociologia Geral” representa algo inédito na obra de Pierre Bourdieu – é o único momento em que ele explicitamente busca expor em detalhes as linhas gerais de sua teoria da prática. O fato disso acontecer sob a forma de aulas, com uma linguagem mais clara e didática do que em seus textos publicados em vida, valoriza ainda mais este curso.
Durante cinco anos, Bourdieu discorreu sobre inúmeros temas relevantes da sociologia, sempre buscando relacioná-los a exemplos práticos de suas próprias obras ou de outros autores.
O primeiro volume concentra-se na relação da sociologia enquanto ciência e o espaço social que ela analisa, e como as classificações geradas pela sociologia tornam-se objeto de lutas práticas nesse espaço. O segundo volume apresenta as noções de habitus e campo. O terceiro volume introduz o conceito de capital. Este quarto volume une os três conceitos para expor o problema do poder simbólico.
Finalmente, o quinto volume retomará os temas com os quais o curso começou para mostrar todo o potencial analítico de sua abordagem.
Todos esses produtos podem ser adquiridos pelos sites
www.livrariavozes.com.br
http://vozes.com.br
E-mail: contato@vozes.com.br
Tel. 11 3101 8451
Editora Vozes