“Altíssimo, Glorioso Deus, ilumina as trevas do meu coração” foi o mantra condutor da mística realizada na manhã dessa quinta-feira, 24, segundo dia do tríduo em preparação para a ordenação presbiteral de Frei Jhones Lucas Martins. A comunidade Santa Rita, da Paróquia Santo Antônio, foi a escolhida para acolher os missionários, que desde a quarta-feira contam com mais cinco frades de Rondinha.

Na mística realizada pela manhã, a comunidade pôde ter o primeiro contato com a cruz de São Damião, apresentada aos fiéis para que pudessem contemplá-la e rezar os salmos louvando o nome do Altíssimo. Foram feitas as divisões dos missionários e das casas a serem visitadas.

As atividades não pararam durante o dia, foram mais de 50 lares visitados, durante toda a manhã e a tarde também. Além disso, os frades participaram da celebração do terço da Divina Misericórdia, às 15h, na comunidade Santa Rita, momento no qual a comunidade foi levada a meditar sobre o valor da Eucaristia na vida de São Francisco de Assis e a misericórdia de Deus. Dentre as visitas aos lares da cidade de Macatuba, levando a presença amiga e fraterna, destaca-se a visita realizada pelos missionários à APAE.

No início da noite, já reunidos na Igreja local, os frades invocaram a presença daquele símbolo de grande importância para o carisma franciscano e que foi contemplado na oração da manhã: a cruz de São Damião. Sua importância reflete diretamente na vida e vocação de Frei Francisco que diante dela ouviu a voz do Sumo-Bem. Nela se encontra o Cristo de olhos abertos, convidando-nos a caminhar com Ele.

A celebração do segundo dia do tríduo, às 19h30, foi presidida pelo Padre Thiago Freitas, da diocese de Bauru, conterrâneo de Frei Jhones, e teve como tema o ministério ordenado, a vocação presbiteral.

Na sua homilia, Padre Thiago dirigiu suas palavras ao confrade que será ordenado: “Vocação presbiteral é o chamado particular de Deus aos ministros ordenados, os configurados a Jesus Cristo.”. Acrescentou o seu próprio testemunho animando a caminhada de Frei Jhones: “Apesar de ser ordenado há pouco tempo, tenho apenas uma coisa a dizer – que pode parecer clichê -, mas ‘Vale a pena!’. Há dificuldades na caminhada e na vivência do ministério, mas são ínfimas comparadas às alegrias que também vem dele. Vale a pena agir na pessoa de Cristo, mas lembre-se que ser ministro ordenado não é ser um ‘super-homem’, é também deixar-se ser cuidado, ser humano, ser o Jhones Lucas Martins!”.

Agradeceu, no fim de sua reflexão com essas palavras: “obrigado pelo seu sim, pela sua perseverança e muito obrigado por sonhar os sonhos de Deus!”. Finalizou com a canção “Por Um Bem Maior” que lhe toca sempre que pensa em seu ministério.

Frei Jhones, após a homilia, fez o seu juramento de fidelidade à Igreja tendo as mãos sobre a Palavra de Deus, que foi trazida pelas mãos de Nazaré, simbolizando, ali, suas professoras e catequistas que fizeram parte de sua caminhada. Nesse juramento, o frei professa a sua fidelidade ao magistério da Igreja, “pelas palavras e pelo agir”.

A noite se encerrou com um convite marcante e cheio de significados, Frei Gabriel Dellandrea, animador vocacional provincial, convidou dona Maria Inês e o Pedro para que pudessem recordar momentos da vida de Frei Jhones quando ele, ainda criança, chegava à porta da casa de dona Maria Inês batendo sua tigelinha e pedindo comida enquanto sua mãe ainda preparava o jantar. Dessa mesma maneira, o animador do SAV convida a todos para participarem das celebrações com o mesmo desejo de ser alimentado, agora não mais pelo pão material, mas pelo pão que nutre e traz a vida.

Frei Gilberto Silveira da Costa Junior, OFM. (texto) e Frei Roger Strapazzon, OFM. (fotos)