6º Dia de Navegação – 1º de Setembro
01/09/2019
PETIÇÃO PERMANENTE PARA O SÍNODO
AMAZÔNICO NO INÍCIO DE CADA DIA:
“Que o Deus da vida e da beleza, o Espírito Santo que nos impulsiona para mais fraternidade, unidade e dignidade, o Cristo encarnado da Boa Nova, da inculturação e da interculturalidade nos proporcionem serenidade, discernimento e coragem para encontrar novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral neste Sínodo Amazônico. Tudo isso para o bem e a vida de seus povos e comunidades, e para caminhar mais juntos pelo Reino”.
Medite por alguns momentos neste pedido inicial, busque a calma interior para entrar neste momento para navegar pelas águas da Amazônia e a vida da Igreja a serviço de seus povos e comunidades, e para ouvir o chamado de Deus através de sua palavra viva.
Leitura do dia (cada um e cada uma são convidados a aprofundar a leitura completa de acordo com suas próprias necessidades e critérios):
Lucas 14, 1. 7-14 (fragmento)
“Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam. Observando também como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes a seguinte parábola: Quando fores convidado às bodas, não te sentes no primeiro lugar, (…) Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado”. Dizia igualmente ao que o tinha convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão. Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas tu receberás na ressurreição dos justos.”
Reflexão sob a perspectiva do Sínodo Amazônico:
Neste Sínodo amazônico, pedimos ao Senhor que saibamos abraçar com absoluta convicção os mais pequenos, os vulnerados e vulneráveis, aqueles que foram excluídos e oprimidos, e que asseguremos que eles ocupem o lugar de prioridade na mesa Sinodal. Que as suas vozes, tão bem reunidas no processo de escuta sinodal, e também refletidas no Instrumentum Laboris, sejam reconhecidas como presença viva de Deus e prevaleçam no nosso discernimento. Que suas vozes não sejam esquecidas mais uma vez. Queremos seguir o mandato de Jesus para chamar a mesa como os mais importantes àqueles que foram considerados os últimos. É a periferia que vem para iluminar o centro.
É o próprio Jesus que nos chama a reconhecer como os primeiros os povos oprimidos, aqueles que, aos olhos do mundo, não valem, pela sua incapacidade de reconhecer a vida que nos oferecem como testemunho. Este Sínodo é uma oportunidade única para homenagear essas vozes, pedindo ao Senhor para nos libertar das atitudes e julgamentos farisaicos que rejeitam a sua presença nos pequenos, e que colocam a norma e a estrutura acima da vida. Que saibamos discernir a vossa vontade neste banquete do Sínodo, para Vos reconhecer na vida dos povos que tanto têm a nos ensinar, como nos bispos, missionárias-os, religiosos-as, sacerdotes simples e humildes, mas que são sinalo credível de Vossa presença para as comunidades na Amazônia, porque eles amam sem limites.
CONTEMPLAÇÃO
Contemplemos a imagem deste dia e tomemos um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta palavra de Deus em preparação para o Sínodo. Escrever meus pedidos particulares e permanecer neles durante este dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito nos provoca como preparação interior para o Sínodo Amazônico.
Citação para fechar a meditação:
Evangelii Gaudium, 197
No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que até Ele mesmo «Se fez pobre» (2 Cor 8, 9). Todo o caminho da nossa redenção está assinalado pelos pobres. Esta salvação veio a nós, através do «sim» duma jovem humilde, duma pequena povoação perdida na periferia dum grande império. O Salvador nasceu num presépio, entre animais, como sucedia com os filhos dos mais pobres; foi apresentado no Templo, juntamente com dois pombinhos, a oferta de quem não podia permitir-se pagar um cordeiro (cf. Lc 2, 24; Lv 5, 7); cresceu num lar de simples trabalhadores, e trabalhou com suas mãos para ganhar o pão. Quando começou a anunciar o Reino, seguiam-No multidões de deserdados, pondo assim em evidência o que Ele mesmo dissera: «O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres» (Lc 4, 18).