Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Lançamentos da semana

30/05/2017

Notícias

pra-tudo-ha-um-tempoPara tudo há um tempo
A sabedoria do Eclesiastes para compreender o sentido da vida

Joan Chittister

É impressionante a sabedoria contida nos versículos de Eclesiastes 3,1-8. Inserido entre diversos livros que relatam a experiência de fé do povo judeu, este pequeno trecho faz um salto para o sentindo universal da existência humana. Sobre todos reina, implacável e benevolente, o tempo. Ele impõe exigências e pode ser implacável com nossos planos, mas também é generoso em curar feridas da alma e resolver situações sobre as quais ninguém tem controle. O tempo é o senhor da história.

As poucas e misteriosas afirmações desta brilhante passagem bíblica permitem uma reflexão a um só tempo instigante e confortante.

Saber que “para tudo há um tempo” é perceber a graça de viver nas mãos de Deus e de sua ação misteriosa no mundo; Ele que está acima de tudo e de todos.

A autora convida, com estas páginas, a compreender o sentido da vida pessoal, familiar, social, mostrando fatos que integram o momento histórico em que vivemos, com sabedoria da fé, que sabe estabelecer a relação entre fatos de nossa vida aparentemente desconectados…

Joan Chittister, OSB, é monja beneditina, nascida na Pensilvânia (EUA) em 1936. É respeitada conferencista e autora de 50 livros e aproximadamente 700 artigos sobre temáticas ligadas a espiritualidade, paz, vida religiosa, justiça e igualdade para os mais frágeis e os mais pobres, e sobre o lugar e a função das mulheres, tanto na sociedade quanto na Igreja. Recebeu da Catholic Press Association 14 prêmios por suas publicações e seu trabalho. PhD em Teoria da Comunicação Oral pela Penn State University. É diretora executiva do Benetvision, um centro de pesquisa e recursos para espiritualidade contemporânea. Seu website: joanchittister.org.

 

o-riso-redentorO riso redentor
A dimensão cômica da experiência humana

Peter L. Berger

Há, com certeza, uma enorme literatura sobre as diferentes manifestações do sentido do cômico — livros sobre a comédia como uma forma dramática, sobre a ironia e a sátira, sobre o senso de humor de diferentes nacionalidades e regiões, sobre diferentes categorias de piadas, sobre papeis sociais que incorporam o cômico como bobos da corte e palhaços, e sobre festas de rua fundadas em celebrações alegres e humorísticas como o carnaval.

Contudo, há uma relativa escassez de escritos sobre a natureza do cômico como tal, certamente se comparada com as bibliotecas de livros sobre a natureza da verdade, da bondade e da beleza. Poucos filósofos se preocuparam em pensar seriamente sobre o engraçado. Sem dúvida, isto tem algo a ver com a fragilidade da experiência cômica,mencionada anteriormente. Tente compreendê-la, e ela se dissolve. Quantas piadas poderiam sobreviver ao tratamento dos filósofos? Mas há também a noção amplamente aceita de que o sério e o engraçado se excluem mutuamente. Afinal de contas, não se pode ao mesmo tempo rezar e fazer piada, declarar o seu amor e fazer piada, contemplar a morte e fazer piada — ou ao menos esta simultaneidade exigiria um esforço muito grande, um que provavelmente seria mal compreendido pela maioria das pessoas.

Peter L. Berger é professor na Universidade de Boston e diretor do Instituto para o Estudo da Cultura Econômica na mesma Universidade. Possui diversos livros publicados, entre eles, traduzidos pela Vozes, os seguintes:  Perspectivas Sociológicas – uma visão humanística;Modernidade, pluralismo e crise de sentido – a orientação do homem moderno; A construção social da realidade ambos com coautoria de Thomas Luckmann.

 

classicosClássicos da comunicação – Os teóricos
De Peirce a Canclini

Leonel Aguiar e Adriana Barsotti

A obra Clássicos da comunicação – Os teóricos tem por objetivo suprir um  possível vácuo editorial existente nas bibliografias utilizadas nos cursos de graduação em Comunicação Social. A relevância da coletânea, nesse sentido, é possibilitar que estudantes e professores sejam introduzidos no complexo processo de produção do conhecimento da área através de textos que descrevam e contextualizem – com uma linguagem fluente, marcada pela clareza e a precisão das informações – os principais autores do campo comunicacional.

Os ensaios são caracterizados por possuírem uma linguagem científica clara e acessível, sem abandonar o rigor acadêmico. Assim, cada capítulo realiza a descrição sintética e a contextualização das principais obras do pensador selecionado, além de apontar os conceitos mais relevantes desenvolvidos por ele. Também resume aspectos da vida do autor, demonstrando ainda a repercussão histórica e as influências do teórico na área da comunicação. Aponta ainda a bibliografia fundamental de cada um, destacando especialmente as obras traduzidas para a língua portuguesa.

A presente coletânea cobre a vida e a obra dos grandes teóricos da comunicação: de Charles SandersPeirce (1839-1914) a Néstor García Canclini (1939-) e cada ensaio traz os seguintes conteúdos: o teórico da comunicação e seu tempo; os conceitos-chave presentes na sua obra; os percursos e influências do seu pensamento; e suas principais obras publicadas.

 

a-teoriaA teoria de Pierre Bourdieu e seus usos sociológicos

Anne Jourdain e Sidonie Naulin

De todos os sociólogos franceses do século XX, Pierre Bourdieu (1930-2002) é sem dúvida hoje o mais conhecido e o mais controvertido. Sua obra abundante marcou duravelmente o campo intelectual na França e no mundo. À origem de uma nova teoria do mundo social que se apoia em conceitos-chaves como o habitus, a violência simbólica ou o campo, Pierre Bourdieu se dedica a trazer à luz a realidade das relações sociais para melhor denunciá-la.

Esta obra apresenta três dimensões centrais na obra de Pierre Bourdieu: sua reflexão epistemológica sobre o ofício de sociólogo, a elaboração de seus principais conceitos de análise através do estudo de domínios particulares (escola e cultura) e, enfim, sua teoria do espaço social. Em cada um dos capítulos são apresentados trabalhos de autores que continuaram a reflexão de Pierre Bourdieu ou que nela se inspiraram. É interessando-se pelos aportes e pelos aspectos críticos da sociologia de Pierre Bourdieu que podem ser compreendidas a importância e a natureza de sua influência intelectual hoje.

Anne Jourdain e Sidonie Naulin são doutorandas em Sociologia, normalistas e agregées de Ciências Econômicas e Sociais.

 

a-sociologiaA sociologia de Niklas Luhmann

Léo Peixoto Rodrigues e

Niklas Luhmann, sem dúvida, é um dos mais proeminentes e polêmicos teóricos de nosso tempo. Em entrevista concedida em 1992 afirmou: “Meu objetivo principal como cientista consiste em melhorar a descrição sociológica da sociedade, e não melhorar a sociedade”. Essa postura é muito importante para entender Luhmann que distingue, tal como Weber, entre a tarefa do cientista em produzir teoria sobre a sociedade e o político com a responsabilidade de melhorar a sociedade.

A obra que nos é oferecida agora por Léo Peixoto Rodrigues e Fabrício Monteiro Neves ganha especial relevo, justamente pelo esforço dos autores em apresentar, de modo ímpar, essa nova trama de categorias e conceitos. Como pesquisadores atentos vão, ao longo do texto, desvelando sua construção teórica, através dos conceitos: sistema, autopoiésis, sentido, comunicação, sistema social, evolução.

Para os autores, importa revelar os principais atributos desse esforço teórico, de uma teoria dinâmica, capaz de estabelecer distinções, servir como instrumento de observação, reduzir a complexidade, possuir um alto nível de abstração, ser reflexiva e autorreferente.

Léo Peixoto Rodrigues, doutor em sociologia, professor dos Programas de Pós-Graduação em Sociologia e em Ciências Política da Universidade Federal de Pelotas(UFPel) e autor de diversas publicações no âmbito da teoria social contemporânea, epistemologia e estudos sociais da ciência.

Fabrício Monteiro Neves, doutor em sociologia, professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília (UNB). Dentre suas publicações destaca-se a obra “Bíos e Techné: estudo sobre a construção dos sistemas de biotecnologia periférico”, pela Editora da UNB.