Papa aos refugiados: Não percam a esperança
17/04/2016
Cidade do Vaticano – O primeiro compromisso de Francisco, em Lesbos, na manhã de sábado (16/04), foi a visita ao campo de refugiados de Mòria, onde cumprimentou 150 menores e 250 pessoas que pedem asilo político. O encontro foi marcado pelas súplicas de alguns refugiados ao encontrarem os líderes religiosos.
Em seu discurso aos migrantes, o Papa expressou sua alegria por estar ali e reafirmou sua solidariedade para com eles: “Hoje quis estar aqui com vocês. Quero dizer-lhes que não estão sozinhos. Ao longo destes meses e semanas, vocês sofreram inúmeras tribulações em busca de uma vida melhor. Muitos se sentiram obrigados a fugir de situações de conflito e perseguição, sobretudo por amor aos seus filhos pequeninos. Suportaram grandes sacrifícios por amor das suas famílias; sentiram a amargura de deixar todos os seus bens, sem saber qual o destino que lhes aguarda”.
“Vim aqui, disse Francisco, com meus irmãos, o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo Hieronymos II, para estar com vocês e ouvir seus dramas. Viemos para chamar a atenção do mundo para esta grave crise humanitária e solicitar uma resolução”.
Esforço mundial
“Como pessoas de fé, acrescentou o Papa, queremos unir nossas vozes para falar abertamente em nome de vocês, esperando que o mundo preste atenção a estas situações trágicas e as resolva de modo digno”.
Muitos, afirmou o Pontífice, aproveitam de tais tribulações, mas outros tentam ajudar com generosidade. E deixou a seguinte mensagem aos refugiados: “Não percam a esperança! O maior dom que podemos dar uns aos outros é o amor; um olhar misericordioso; a solicitude de ouvirmos e compreendermos; uma palavra de encorajamento; uma oração. Oxalá possam partilhar este dom uns com os outros”.
Aqui, o Santo Padre recordou o episódio do Bom Samaritano, uma parábola alusiva à misericórdia de Deus, destinada a todos. Ele é Misericordioso! E concluiu: “Que todos os nossos irmãos e irmãs, neste continente, possam – à semelhança do Bom Samaritano – ir ao seu auxílio, animados por aquele espírito de fraternidade, solidariedade e respeito pela dignidade humana, que caracterizou a sua longa história. Queridos amigos, que Deus os abençoe, especialmente as crianças, os idosos e os que sofrem no corpo e no espírito. Sobre vocês e quem os acompanha, invoco os dons divinos da fortaleza e da paz”.
Após o discurso, foi assinada uma Declaração Conjunta entre Francisco, o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo Hieronymos II.
ORAÇÃO PELOS REFUGIADOS
No Porto de Lesbos, o Papa, acompanhado dos outros dois líderes religiosos, Bartolomeu I e Hieronymus II, recitou a seguinte oração pelas vítimas das migrações:
“Deus de misericórdia, pedimo-vos por todos os homens, mulheres e crianças, que morreram depois de ter deixado as suas terras à procura de uma vida melhor.
Embora muitos dos seus túmulos não tenham nome, cada um é conhecido, amado e querido por vós. Que nunca sejam esquecidos por nós, mas possamos honrar o seu sacrifício mais com as obras do que com as palavras.
Confiamo-vos todos aqueles que realizaram esta viagem, suportando medos, incertezas e humilhações, para chegar a um lugar seguro e esperançoso.
Como vós não abandonastes o vosso Filho quando foi levado para um lugar seguro por Maria e José, assim agora mantende-vos perto destes vossos filhos e filhas através da nossa ternura e proteção. Fazei que, cuidando deles, possamos promover um mundo onde ninguém seja forçado a deixar a sua casa e onde todos possam viver em liberdade, dignidade e paz.
Deus de misericórdia e Pai de todos, acordai-nos do sono da indiferença, abri os nossos olhos às suas tribulações e libertai-nos da insensibilidade, fruto do bem-estar mundano e do confinamento em nós mesmos.
Dai inspiração a todos nós, nações, comunidades e indivíduos, para reconhecer que, quantos atingem as nossas costas, são nossos irmãos e irmãs.
Ajudai-nos a partilhar com eles as bênçãos que recebemos das vossas mãos e a reconhecer que juntos, como uma única família humana, somos todos migrantes, viajantes de esperança rumo a vós, que sois a nossa verdadeira casa, onde todas as lágrimas serão enxugadas, onde estaremos na paz, seguros no vosso abraço”.
Depois das orações, o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo de Atenas Hieronymos II lançaram três coroas de louro no mar, em memória das vítimas das migrações.
TRÊS FAMÍLIAS
O avião papal decolou do aeroporto de Mitilene às 15h30 (hora local) em direção a Roma. A bordo, 3 famílias de refugiados sírios, 12 pessoas no total, dentre as quais 6 menores, todos muçulmanos.
“O Papa quis realizar um gesto de acolhida em relação aos refugiados. São pessoas que já estavam em Lesbos antes do acordo entre a União Europeia e a Turquia”, precisou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.
As negociações foram intermediadas pela Secretaria de Estado junto às autoridades gregas e italianas. Duas das famílias são originárias de Damasco e a outra de Deir Azzor – região ocupada pelos extremistas do auto-proclamado Estado Islâmico: as três famílias tiveram as casas bombardeadas.
“A acolhida e ajuda às famílias ficarão a cargo do Vaticano. A hospitalidade inicial será garantida pela Comunidade de Santo Egídio”, finalizou Pe. Lombardi.
ENTREVISTA NO VOO DE RETORNO
Apesar de breve, o voo de retorno da Grécia para Roma teve espaço para uma coletiva de imprensa do Papa com os jornalistas a bordo. Francisco passou em resenha alguns pontos gerais, sobretudo sobre a crise migratória. O Papa defendeu uma política de integração para os migrantes da Europa, respondeu à questões sobre a Exortação Amoris Laetitia e porquê trouxe a Roma três famílias muçulmanas.
Abaixo, a íntegra das perguntas e respostas. A tradução é da redação do Programa Brasileiro.
Inês San Martín: Santo Padre, espero não incomodar mas lhe farei duas perguntas sobre dois argumentos distintos. A primeira específica em relação à viagem: esta viagem acontece depois do acordo entre a União Europeia e a Turquia na tentativa de resolver a questão dos refugiados na Grécia. Acredita que este plano possa funcionar, o que seja uma questão política para ganhar tempo e ver o que acontece? A segunda pergunta, se posso, é esta: esta manhã o senhor encontrou o candidato à presidência dos Estados Unidos, Bernie Sanders, na Casa Santa Marta. Gostaria de pedir um comentário sobre este encontro e se este é o seu modo de se inserir na política dos Estados Unidos. Peço, por favor, que responda em italiano. Obrigada.
Papa Francisco: Não, antes de tudo não há nenhuma especulação política porque estes acordos entre a Turquia e a Grécia eu não conhecia bem; mas, li nos jornais, mas nada: é uma coisa puramente humana. É humanitário, foi uma inspiração de uma semana atrás que veio de um meu colaborador, e eu aceitei imediatamente, imediatamente, imediatamente, porque vi que era o Espírito que falava. Todas as coisas foram feitas regularmente: eles vêm com os documentos, os três governos – o Estado da Cidade do Vaticano, o governo italiano e o governo grego – tudo, inspecionaram tudo, inspecionaram tudo e deram o visto. Serão acolhidos pelo Vaticano: será o Vaticano, com a colaboração da Comunidade de Santo Egídio a procurar um trabalho a eles, se há, ou o mantimento, ou o que for. Mas são hóspedes do Vaticano, e se somam às duas famílias sírias que já foram acolhidas nas duas paróquias vaticanas. Segundo. Esta manhã, quando saía, estava lá o senador Sanders que veio para o congresso da “Centesimus Annus”. Ele sabia que eu sairia àquela hora e teve a gentileza de me saudar. O saudei, apertei a sua mão, de sua esposa e a um outro casal que estava com ele, que se alojaram na Casa Santa Marta: porque todos os membros, exceto os dois presidentes participantes que penso terem sido hóspedes de suas embaixadas, todos ficaram na Casa Santa Marta. E eu, quando desci, ele se apresentou, saudou, um aperto de mão e nada mais. É educação esta; chama-se ‘educação’ e não se meter em política, eh? E se alguém pensa que um aperto de mão seja se meter em política, mas… penso que deva procurar um psiquiatra…(risos).
Franca Giansoldati: O senhor fala muito de ‘acolhida’, mas talvez muito pouco de ‘integração’. Vendo o que está acontecendo na Europa, especificamente sob este maciço fluxo de migrantes, vemos que há muitas cidades em que existem bairros-guetos. Em tudo isso, é claro que os migrantes muçulmanos são aqueles que mais têm dificuldade em se integrar com os nossos valores, com os valores ocidentais. Gostaria de perguntar: não seria talvez mais útil para a integração privilegiar a chegada, privilegiar a emigração dos migrantes muçulmanos. E ainda: porque hoje com este gesto tão bonito, muito nobre, privilegiou três famílias inteiramente muçulmanas?
Papa Francisco: não escolhi entre cristãos – mas, permanece… – entre cristãos e muçulmanos; estas três famílias tinham os documentos válidos e se podia proceder. Havia, por exemplo, duas famílias cristãs na primeira lista que não tinham os documentos: não é um privilégio. Todos os 12 são filhos de Deus. O privilégio é o fato de serem filhos de Deus: isso é verdade. Sobre a integração: é muito inteligente aquilo que dizes e agradeço por o dizer. Falaste uma palavra que na nossa cultura atual parece ter sido esquecida, depois da guerra… Mas hoje existem os guetos. E alguns dos terroristas que perpetraram atos terroristas – alguns – são filhos e netos de nascidos no país, na Europa. E o que aconteceu? Não houve uma política de integração e isso para mim é fundamental, a tal ponto que se leres na Exortação pós-sinodal sobre a família – este é um outro problema – mas uma das três dimensões pastorais para as famílias em dificuldade é a integração na vida da Igreja. Hoje, a Europa deve retomar esta capacidade que sempre teve, de integrar. Porque à Europa chegaram os nômades, os Normandos e todas estas pessoas, e foram integradas e isso enriqueceu a sua cultura… Acredito que precisamos de um ensinamento e de uma educação à integração. Obrigado.
Elena Pinardi: Santo Padre, fala-se em reforços nas fronteiras de vários países da Europa, de controles, de deslocamento de tropas para as fronteiras da Europa. É o fim de Schengen, é o fim do sonho Europeu?
Papa Francisco: Não sei. Mas, eu entendo os governos, e também os povos, que têm um certo medo. Isso eu entendo e devemos ter uma grande responsabilidade na acolhida. Uma das coisas desta responsabilidade é esta: como se integram estas pessoas e nós? Sempre disse que construir muros não é a solução: vimos, no século passado, a queda de um. Não resolve nada. Devemos construir pontes. Mas as pontes se fazem de maneira inteligente, com o diálogo, com a integração. E, por isso, eu entendo um certo temor, não: Mas fechar as fronteiras não resolve nada, porque este fechamento a longo prazo faz mal ao próprio povo. A Europa deve urgentemente realizar políticas de acolhida e integração, de crescimento, de trabalho, de reforma da economia… Todas estas coisas são as pontes que nos levarão a não construir muros. Mas, o medo tem toda a minha compreensão. Mas depois de tudo que vi – e mudo o tema, mas devo dizer hoje – e vocês também viram naquele campo de refugiados… mas era de chorar! As crianças… trouxe comigo os desenhos que as crianças me deram. Um: que querem as crianças? Paz, porque sofrem. É verdade que lá elas têm cursos de educação… O que viram as crianças? Olhem este: também, viram uma criança se afogar… Isto as crianças trazem no coração, eh? Realmente, hoje era de chorar. Era de chorar. O mesmo tema fez esta criança do Afeganistão, que o barco que vem do Afeganistão volta à Grécia: mas, estas crianças têm, no primeiro – não este, o outro: é este – estas crianças têm uma memória disto! E será preciso tempo para elaborar aquilo. Este, o sol que vê e chora: mas se o sol é capaz de chorar, também nós: uma lágrima nos fará bem.
Fanny Carrier: Bom dia. Por que o senhor não faz diferença entre aqueles que fogem da guerra e aqueles que fogem da fome? A Europa pode acolher toda a miséria do mundo?
Papa Francisco: É verdade. Hoje disse no discurso “alguns que fogem das guerras, outros que fogem da fome”. Ambos são efeito da exploração seja da terra… Me dizia um chefe de governo da África, há mais ou menos um mês, que a primeira decisão do seu governo era reflorestar porque a terra morreu com a desflorestação. Boas obras devem ser feitas com todos os dois. Mas algum foge pela fome e outros da guerra. Eu convidaria os traficantes de armas – porque as armas, até um certo ponto, existem acordos, se fabricam, mas os traficantes, aqueles que traficam para fazer as guerras em diversos lugares, por exemplo, na Síria: quem dá as armas aos diversos grupos – eu convidaria a passar um dia naquele campo. Acredito que fará bem à saúde!
Néstor Pongutá: Santidade, boa noite. Pergunto em espanhol mas pode responder em italiano. Esta manhã o senhor disse algo de muito especial que me chamou muito a atenção: “que esta era uma viagem triste”, que esta era uma viagem… – e demostrou por meio de suas palavras, porque esta muito comovido… Porém, algo deve ter mudado também no seu coração, sabendo que existem 12 pessoas que com este pequeno gesto dão uma lição àqueles que – às vezes – dão as costas diante de tanta dor, a esta terceira guerra mundial fragmentada que o senhor anunciou…
Papa Francisco: Faço um plágio. Respondo com uma frase que não é minha. Perguntaram a mesma coisa para Madre Teresa: ‘Mas a senhora, tanto esforço, tanto trabalho, para ajudar a gente a morrer, somente. Aquilo que a senhora faz não serve! É tanto o mar! E ela respondeu: ‘É uma gota naquele mar! Mas depois desta gota o mar não será mais o mesmo”. Respondo assim. É um pequeno gesto. Mas aqueles pequenos gestos que todos nós devemos fazer, homens e mulher, para estender a mão a quem precisa.
Jornalista do grupo das Américas: Obrigado, Santo Padre. Viemos a um país de migração, mas também de política econômica de austeridade. Gostaria de perguntar se o senhor tem um pensamento sobre a economia de austeridade? Também por outra ilha, Porto Rico? Se há um pensamento sobre esta política de austeridade?
Papa Francisco: A palavra austeridade tem um significado e segundo o ponto de vista de quem a interpreta: economicamente significa um capítulo de um programa; politicamente significa uma outra coisa, cristã e espiritualmente uma outra ainda. Quando falo de austeridade, falo de austeridade em relação ao desperdício. Ouvi dizer na FAO – acho que era na FAO; não sei bem, mas em uma reunião –que com o desperdício de alimentos se poderia “alimentar” toda a fome do mundo. E nós, em casa, quanto desperdício – quanto desperdício! – fazemos sem querer, não? E esta cultura do descarte, do desperdício: falo de austeridade neste sentido, no sentido cristão. Paremos aqui e vivamos com um pouco de austeridade.
Francisco Romero: Santidade, gostaria de simplesmente dizer que o senhor disse que esta crise dos refugiados é a pior depois da II Guerra Mundial. Gostaria de perguntar: o que pensa da crise dos migrantes que chegam nos Estados Unidos, do México, da América Latina.
Papa Francisco: É a mesma coisa, porque ali chegam fugindo da fome, também. É o mesmo problema. Em Ciudad Juárez celebrei a Missa a menos de 100 metros da cerca. Do outro lado havia cerca de 50 bispos dos Estados Unidos e um estádio com 50 mil pessoas que seguiam a missa nos telões; do lado de cá, no México, havia aquele campo cheio de pessoas… Mas é o mesmo! Chegam ao México da América Central. O senhor se lembra, dois meses atrás, de um conflito com a Nicarágua porque não queria que os refugiados transitassem: foi resolvido. Os levavam de avião a um outro país, sem passar pela Nicarágua. É um problema mundial. Falei sobre isso lá com os bispos mexicanos; pedi que cuidassem bem dos refugiados lá.
Francis Rocca: Obrigado Santo Padre! Vejo que as perguntas sobre imigração que havia pensado já foram feitas e as respondidas muito bem. Portanto, se me permite, gostaria de fazer uma pergunta sobre a Exortação Apostólica. Como o senhor bem sabe, houve muita discussão sobre um dos ponto – sei que nos concentramos muito sobre ele – depois da publicação: alguns sustentam que nada tenha mudado em relação à disciplina que governa o acesso aos Sacramentos para os divorciados e recasados, e que a lei e a práxis pastoral e, obviamente, a doutrina continuam assim; outros defender ao invés que muito tenha mudado e que existem tantas novas aberturas e possibilidades. A pergunta é para uma pessoa, um católico que quer saber: existem novas possibilidades concretas, que não existiam antes da publicação da Exortação, ou não?
Papa Francisco: Eu posso dizer sim! E ponto.. Mas seria uma resposta muito breve. Aconselho a todos que leiam a apresentação que fez o cardeal Schönborn, que é um grande teólogo. Ele foi secretário da Congregação para a Doutrina da Fé e conhece bem a doutrina da Igreja. Naquela apresentação a sua pergunta terá uma resposta. Obrigado!
Guénard: Havia a mesma pergunta, mas é uma pergunta complementar, porque não se entendeu o porquê o senhor escreveu esta famosa nota na “Amoris Laetitia” sobre o problema dos divorciados e recasados, a nota 351…
Papa Francisco: que memória!
Guénard: Sim, a pergunta: porque uma coisa tão importante em uma pequena nota? O senhor previu oposições ou quis dizer que este ponto não é assim tão importante.
Papa Francisco: Escute, um dos últimos Papa, falando sobre o Concílio, disse que havia dois Concílio: aquele Vaticano II, que se fazia na Basílica de São Pedro, e o outro, o Concílio dos Mídia. Quando convoquei o primeiro Sínodo, a grande preocupação da maioria da mídia era: “Ah, poderão comungar os divorciados e os recasados?”. E como não sou santo, isso me incomodou um pouco, e depois um pouco de tristeza. Porque penso: “Mas aquela mídia diz isso, aquilo e tudo, não se dá conta que não é um problema importante? Não se dá conta que a família, no mundo inteiro, está em crise? E a família é a base da sociedade! Não se dá conta que os jovens não querem se casar? Não se dá conta que a queda da natalidade na Europa faz chorar? Não se dá conta que a falta de trabalho e que as possibilidade de emprego fazem sim que o pai e a mãe tenham dois trabalhos e as crianças cresçam sozinhas e não aprendem a crescer em diálogo com o pai e a mãe? Estes são os grandes problemas! Eu não recordo daquela nota, mas com certeza se algo do gênero está em uma nota é porque foi dita na Evangelii Gaudium…com certeza! Deve ser uma citação da Evangelii Gaudium, com certeza! Não recordo o número, mas com certeza é!
Fonte: Rádio Vaticano