Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

A importância da oração pessoal e comunitária

05/05/2017

oracaoG_050517

Frei Luiz Iakovacz

Entre os dias 25 e 28 de abril, em Agudos, o Definitório reuniu-se para seu encontro habitual, previamente agendado. Nos dois primeiros dias, participaram os Guardiães e Coordenadores das casas.

O tema central foi a dimensão espiritual, tanto pessoal como comunitária. Após palestra e estudo em grupos, os participantes fizeram um plenário. Dele, extraíram-se fatos e apelos, tais como: “Muitas vezes, o ativismo no qual somos inseridos, quando temos que deixar de lado alguma coisa do dia-a-dia, geralmente, cortamos a oração por primeiro. Ainda não a temos como prioridade”. “Sem oração pessoal, a vida comunitária cai, certamente, num vazio”. “A oração qualifica nossa vida fraterna e nos dá credibilidade na missão evangelizadora”. “Nossa fé vem pelo ouvir, diz a Escritura, e é preciso deixarmo-nos atingir pela Palavra”. “Nossa oração corre o risco de muita fala e nos falta o exercício da escuta”.

Nas reuniões do Definitório, seguidamente, são abordadas questões de vida fraterna. Numa delas, os definidores assim se expressaram: “Muitos problemas de nossas fraternidades deveriam ser resolvidos pelo cultivo da espiritualidade”.

Os Evangelhos nos apresentam o ensino e a práxis de Jesus. Ele tinha três bons costumes: o de pregar (Mc 10,1), o de participar da comunidade todos os sábados (Lc 4,16) e o de rezar. Era seu costume rezar em comunidade, nas sinagogas (Lc 4,16), bem como ir romarias pascais (Lc 2,41-52) e das Tendas (Jo 5,1-9; 7,1-14).

Por outro lado, não esquecia a oração pessoal/sozinho (Lc 22,39), não só nos momentos decisivos, como a escolha dos apóstolos (Lc 6,12-16), ou na dúvida, quando o povo queria aclamá-lo rei, após a multiplicação dos pães (Jo 6,14-15).

Ela tinha características próprias: de noite, sozinho, na montanha.

Mas, se o trabalho é demais e avança noite adentro?!

O evangelista Marcos (1,21-39) nos relata este curioso e ilustrativo fato: após um dia intenso de pregação e curas na sinagoga, Jesus chegou à casa de Pedro, ao anoitecer. O povo acorreu de todos os lados, à sua procura. E Ele atendeu a todos!

Será que rezou?! Provavelmente não, motivado ou pelo cansaço, pela hora adiantada ou mesmo em atenção à casa que o hospedava. Porém, de “madrugada, ainda escuro, foi a um lugar deserto e aí rezava”.

Ao amanhecer, “Pedro e os companheiros O procuravam”. Encontrando-O, lhe dizem: “Todos te procuram”. Jesus responde: “Vamos a outros lugares, pois para isso fui enviado”.

Numa linguagem popular, característica de um pescador, Pedro poderá ter pensado ou falado: “O povo te procura, Jesus! Você caiu na simpatia dele e está em suas mãos. Aproveite este momento. O comentário é um só: você está bombando”.

Por sua vez, Jesus reafirma “vamos a outros lugares”.

Aqui, pode estar uma das eficácias da oração que “qualifica a missão”. O frade que, realmente, reza, aceita ir a outros lugares, mesmo quando o povo o quer reter para si.

Quem sabe, nesses outros lugares, o mesmo fato poderá se repetir. Então, só nos resta agradecer a Deus e à disponibilidade de abrir mão do próprio sucesso.

Mas, atenção! O costume de rezar, só se consegue pela repetição sistemática, amorosa e consciente, até que esta prática se torne algo inerente ao “próprio eu”. Este longo percurso nos qualificará a sermos, progressivamente, um frade “feito oração”, a exemplo de Cristo e Francisco.

Free Download WordPress Themes
Download WordPress Themes Free
Download Nulled WordPress Themes
Free Download WordPress Themes
download udemy paid course for free
download lava firmware
Free Download WordPress Themes
free online course

Conteúdo Relacionado