Quem somos - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Xaxim

Fraternidade
São Luiz Gonzaga

Rua da Matriz, 54
XAXIM – SC
CEP. 89825-000

Tel.: (49) 3353-1093
E-mail: parsluiz@zipway.com.br
Web: facebook.com/paroquiasaoluizxaxim
instagram.com/paroquiasaoluizgonzagaxaxim/

A FRATERNIDADE:

Danilo Santos Oliveira vig. casa, a serv. evang. e anim. SAV local
Gilson Kammer pároco
Jacir Antonio Zolet guardião, ecôn. e vig. par.

PADROEIRO
São Luiz Gonzaga

Diocese de Chapecó

Expediente:

Secretaria:

Segunda a sexta: 8h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30
Sábado: 8h30 às 11h

Horários das Missas:
Terça a sexta-feira: 18h30
Sábado: às 19 horas
Domingo: às 8h30 e às 19 horas

História

Da capela sem portas e janelas à grandiosa matriz

Quando os colonizadores chegaram, a região era habitada por caboclos, que se reuniam em uma igreja feita de “madeira farquejada”, sem portas e janelas. A igreja se localizava nas proximidades da empresa Vicenzi, acesso para Linha Tigre, à direita.

Nela, caboclos, posseiros e proprietários faziam suas orações semanalmente e recebiam o sacerdote, vindo de Palmas, duas vezes por ano. Nestas visitas, eram celebrados os casamentos e batizados. Segundo depoimentos dos pioneiros, São Luiz Gonzaga foi escolhido como padroeiro porque era jovem e corajoso, com fé e esperança para progredir. Era um exemplo para que, em tempos difíceis, ninguém temesse o trabalho.

Longe de tudo, sem estradas e sem recursos, os que se aventuraram em Xaxim precisavam de proteção para não adoecer e daí a escolha por Nossa Senhora da Saúde.

Com o rápido aumento da população, provocada pelo deslocamento dos colonos vindos do Rio Grande do Sul, os colonizadores sentiam, cada vez mais, a necessidade de um padre residindo no local.

Este foi um período ousado: construir e organizar uma paróquia que se estendia pela região que compreende hoje: Xaxim, Xanxerê, Galvão, São Domingos, Vargeão, São Lourenço do Oeste e Campo Erê.

A capela que aparece nas fotos foi construída onde hoje se encontra a matriz. Foi erguida pela comunidade, tendo como carpinteiros Domingos Teston e Oreste Dalla Riva. As tabuinhas que cobriam, foram feitas a mão por Orélio Negri e seu irmão Autusto, com madeira lascada.

No dia 21 de novembro de 1940, na Festa de Nossa Senhora da Saúde, foi oficializada a Paróquia São Luiz Gonzaga, com a presença do Bispo Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Mello, de Palmas (PR). Foi nomeado vigário interino o Frei Carbiniano Koesler, auxiliado por Frei Berri. Mais uma vez, a comunidade se uniu para construir a residência dos Freis.

A construção da matriz

Em 1941, Frei Plácido lançou a idéia de construir uma igreja maior, de alvenaria. A planta foi feita pelo sr. Ticiano Betanin, de Guaporé (RS) e, no ano de 1947, com o lançamento da Pedra Fundamental se concretiza mais um ideal comunitário. Frei Bruno era o vigário da época, mas foi Frei Mário Kneipp quem coordenou a construção, realizada graças às doações e mutirões que os paroquianos fizeram. Nesta fase, foi organizado o “Livro Ouro”, onde eram registradas as doações acima de 10 mil contos de réis. Os fabriqueiros – nome que se dava para os membros da diretoria paroquial, que na época eram os srs. Ildelfonso Lopes da Silva, Segismundo Nardi, Adolfo Lunardi, Ângelo Mella, Belarmino Zorzetto e Bortolo Botan – também ajudavam nos serviços paroquiais. Para agilizar os trabalhos, foram formadas comissões para cada atividade, como compras, construção e outras. No dia 6 de janeiro de 1951, a igreja foi inaugurada, com a presença do bispo e crisma.

Segundo relato do sr. Emílio Zanon, responsável pela pintura interna da Igreja Matriz, as cores foram obtidas misturando cal, corante e o líquido extraído da planta chamada cactus, que dava a liga. Ele mesmo misturava os ingredientes até chegar à tonalidade desejada.

Em junho de 1993, Emílio Zanon voltou a Xaxim para restaurar sua obra. Mesmo dispondo agora do reforço da tecnologia, ele encontrou grandes dificuldades para reproduzir alguns tons, como dos pilares internos, que lembravam o dourado.

Fatos que marcaram a Paróquia

1942 – Uma grande nevasca cai e Frei Plácido, revivendo tempos passados em sua pátria, fez um boneco de neve.
1948 – Três grandes pragas atingem a Paróquia: a) nuvens de gafanhotos abatem as plantações; b) uma virose nos suínos dizima toda a criação; e c) o tifo ataca muitas pessoas, causando mortes.
1949 – Foram comprados os vitrais da Matriz e a imagem de Jesus morto, foi adquirada pelo Apostolado.
1951 – Em 1º de maio foi comemorado o Jubileu de Ouro de Frei Bruno, com grande solenidade.
1952 – Foi iniciada a construção da atual Casa Canônica. O construtor foi Pedro Fontanelli, de Erechim.
1953 – Foi colocado o piso na Matrizs e comprados os bancos na Marcenaria Franz Feber, em Porto União. Também foi iniciado o Salão Paroquial, inaugurado em 1954.
1957 – No período do Frei Carlos Schimitt foram comprados os altares que sustentavam as imagens na Matriz. Eles vieram de Blumenau.
1963 – Festa destinada para compra dos sinos.
1965 – 4 de Julho – Frei Ludovico Garmus é o primeiro sacerdote franciscano ordenado na Paróquia. Neste ano, foram adquiridos os relógios na cidade de estrela/RS. Frei Valdomiro foi levado para fazer aquisição com caminhonete emprestada pelo prefeito Rosalvo Ogliari.
1967 – Festa visou construção da Capela de Frei Plácido, no cemitério. Planta do arquiteto João Lunardi.
1970 – Ordenado Pe. Enio Botan, no dia 25 de julho, pelo Bispo Dom José. Primeiro Padre que é natural de Xaxim.
1972 – Aprovada construção do Ginásio de Esportes São Francisco pelo Conselho Administrativo. Frei Alfonso era o pároco. Projeto de Ires Lopes da Silva (arquiteto) e Valdomiro Lopes da Siilva (engenheiro).
2001 – Hora Certa. O sr. Oreste De Filtro faz trabalho voluntário de manutenção do relógio da matriz.

O Maestro de Xaxim

Alfonso Vicente Vogel nasceu a 17 de março de 1932 em Bom Princípio (Maratá), Município de Porto Uniâo-SC. Seus Pais, Nicolau e Maria Margarida Vogel, agricultores, tiveram 12 filhos, sendo Alfonso Vicente o 7° em ordem de nascimento. Fez os estudos primários no Seminário São João Batista, de Luzerna e no Seminário Frei Galvõo, em Guaratinguetá-SP. Neste último, fez também a primeira e a segunda séries ginasiais.

Se preparando desde a tenra idade, para mais tarde ingressar na Ordem dos Frades Menores (Franciscanos). Continuando os estudos, o jovem Alfonso passou por Rio Negro, no Paraná, Agudos, no interior de São Paulo, Rodeio, em Santa Catarina, onde fez o Noviciado, Curitiba, onde estudou Filosofia e Petrópolis, onde estudou Teologia e recebeu a Ordenação Sacerdotal. Tendo estudado ainda durante um ano no Convento Santo António do Rio de Janeiro, Frei Alfonso trabalhou alguns anos em Seminários Franciscanos (Luzerna, Rodeio, Ituporanga) como professor e orientador dos seminaristas.

Frei Alfonso sempre lidou com a divina música. Aprendeu diversos instrumentos musicais, dos quais o preferido é o órgão. Em Petrópolis foi integrante do Coro dos Canarinhos de Petrópolis (baixo) e organista na ausência do titular.

No ano de 1972, sendo Vigário da Paróquia São Luiz Gonzaga de Xaxim, fundou o Coral Arautos do Grande Rei. Em 1977, o Arautos do Grande Rei entrou em breve recesso por falta de regente. Frei Alfonso passou aquele ano trabalhando na Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Curitiba, onde chegou a conhecer os famosos Meninos Cantores de Viena, que naquele ano se apresentaram em Curitiba. Em 1978 voltou a trabalhar na Paróquia São Luiz Gonzaga, de Xaxim, retomando o Coral. Visando melhor preparo, fez curso de regência com o Maestro José Acácio Santana e um segundo curso de regência com o Maestro Ernani Aguiar. Em 1984 fez uma peregrinação à Terra Santa e visitou diversos países da Europa. Na Alemanha visitou os Meninos Cantores de Würzburgo e os Regensburgo (Ratisbona).

“O Pe. Velhinho das Mulas”

Frei Plácido Rohlf faleceu em 29/10/1966, em Xaxim, e foi um grande missionário em nossa região. Ser missionário, no início do século era ser um verdadeiro desbravador.Eles não procuravam ouro nem prata, mas os pobres esquecidos no sertão. Suas viagens a cavalo, de Palmas até o Oeste de Santa Catarina, duravam em média três meses e neste período só encontravam, no trajeto, 4 pousos onde podiam dormir em camas: Xaxim. Chápeco, Marechal Bormann e Caxambu. Nas outras noites, com frio e chuva, dormiam no chão, nos p elegos de suas montarias.

Em Xaxim, no início. Frei Plácido pernoitava num oratório construído pelos sertanejos, depois começou a se hospedar na casa de Dona Ambrosina e Sr. Silvio Lunordi, onde eram rezados os terços, as missas e realizadas as Eucaristias, até que a capela fosse construída.

Em 1940, foi criada a Paróquia de Xaxim, e, em 1941, como 2° Vigário, Frei Plácido lança a ideia da construção de um grande templo – nossa igreja matriz que começou a ser construída em 1947. Ele também era carpinteiro. Além das atividades de sacerdote, prestava serviços com trabalhos braçais, especialmente fazendo móveis.

Conhecido como o “Padre velhinho das mulas”, pioneiro dessas paragens, a ele se devem muitos benefícios. Por mais de 40 anos cruzou estas terras, ensinando o povo a cuidar da lavoura, da criação, da casa, anunciando o Evangelho a todos.

Frei Bruno também esteve em Xaxim
O “Santo” passou dez anos em Xaxim (1945-55), justamente na época das construções, quando a cidade viveu seu auge.

Conheça o Coral Arautos do Grande Rei

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