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Vila Velha: No 2º dia do Tríduo, Maria consola os aflitos

09/10/2021

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Com o tema “Consoladora dos aflitos, rogai do nós”, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Vila Velha (ES), celebrou o segundo dia do Tríduo em preparação para a festa da Padroeira da cidade, nesta sexta-feira, 8 de outubro.

A Celebração Eucarística foi presidida por Frei Adriano Dias do Nascimento e concelebrada pelo pároco Frei Djalmo Fuck. Coube à Catequese a responsabilidade pela liturgia do dia.

Na sua homilia, Frei Adriano recordou que na Bíblia aparecem muitas vezes a palavra aflitos. “Ela faz parte da nossa vida”, observou.

Segundo o celebrante, a aflição é um sentimento persistente dor física ou moral, ânsia, agonia, angústia, fobia. “Muitas vezes ficamos aflitos até sem razão”, lembrou o frade. “A aflição é a sensação de não saber o que fazer e para onde ir. Muitas vezes sofremos por ignorância, por não saber o que está acontecendo”, acrescentou.

“Nos tornamos aflitos quando esquecemos e perdemos algo importante. Os problemas da vida, uma situação de saúde, uma situação de contrariedade nos colocam em situação de aflição. Também pelas pessoas que amamos, ficamos aflitos, ora por excesso de amor ora por falta”, exemplificou.

Frei Adriano recordou que Maria e José viveram uma situação de aflição. Estando em Jerusalém para a festa da Páscoa, Maria e José viram que o Menino Jesus havia desaparecido. Por isso, aflitos, se puseram a procurar o Menino entre os seus parentes e amigos. Depois, voltaram a Jerusalém e finalmente encontraram Jesus no Templo, depois de três dias, ouvindo e interrogando os doutores da Lei, que pasmados admiravam as perguntas e respostas daquele Menino. “Maria viveu esta realidade e pode nos ajudar”, orientou o frade.

Segundo o celebrante, uma vida de pecados, com a consciência pesada, também causa aflição. “Uma pessoa que não reconhece que precisa mudar, não é uma pessoa feliz”, constatou Frei Adriano.

Para o frade existem meios para suportar as aflições. A oração é um dos principais, como fez Jesus no Horto das Oliveiras, diante da proximidade da Paixão, que ali desencadearia com a traição de Judas. “Neste mundo vocês terão aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo”, consola Jesus no evangelho de João 16, versículo 33.

Os sacramentos e o consolo que vem dos amigos e familiares também ajudam nas aflições. “Cuidar da saúde também nos ajuda aliviar das aflições”, ensinou, frisando que a aflição faz parte da nossa natureza e até na hora da partida queremos ser consolados.

Segundo o frade, é na aflição dos cristãos que está inserido o milagre de Nossa Senhora Rosário quando estavam diante dos otomanos (Império Turco), no início do século XIV. Em 1571, aconteceu a Batalha de Lepanto que teve um grande impacto espiritual para os católicos. O Papa São Pio V recebeu de Nossa Senhora a revelação de que os católicos venceriam a batalha contra os muçulmanos por meio da oração do Santo Rosário. Em honra pela vitória milagrosa, pois o número de muçulmanos era muito maior que o de católicos, o Santo Padre instituiu, o dia 7 de outubro, como a festa de Nossa Senhora do Rosário.

Frei Adriano concluiu pedindo a intercessão da Mãe amorosa, Maria, aquela que esteve aflita aos pés da cruz vendo cada gota de sangue do seu Filho ser derramado. “Maria é essa mãe que zela para aliviar as nossas dores”, concluiu. Na sequência, foi cantada a Ladainha de Nossa Senhora do Rosário, que inspira o tema da festa do ano.

pós a comunhão, crianças e adolescentes da Pastoral de Catequese fizeram uma linda homenagem ao som de “Mãezinha do Céu, eu não sei rezar…”

Depois da celebração, o cantor Fábio Trindade fez uma belíssima apresentação de suas músicas autorais e diversas outras dando continuidade às homenagens.


Pastoral da Comunicação da Paróquia do Rosário (Pascom)