Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Papa na Via-Sacra: Jesus morre na Cruz para que nossa alma possa sorrir

05/08/2023

Notícias

A Via-Sacra Lisboa 2023 foi anunciada como “diferente do normal” e assim foi!

No final da tarde desta sexta-feira, o Papa Francisco voltou ao parque Eduardo VII, a “Colina do Encontro”, para partilhar com os jovens os momentos da Paixão de Cristo.

Após passar por entre os 800 mil presentes a bordo do papamóvel, o Pontífice deu início ao evento com a sua bênção e, em seguida, dirigiu aos jovens algumas palavras, deixando de lado o texto previamente preparado. “Hoje, vocês vão caminhar com Jesus hoje. Jesus é o Caminho e nós vamos caminhar com Ele, porque Ele caminhou.”

O caminho de Jesus, explicou o Papa, é Deus saindo de si mesmo para caminhar entre nós. É o que ouvimos tantas vezes na missa: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. E Ele o faz isso por amor.

A Cruz que acompanha cada Jornada Mundial da Juventude, acrescentou o Pontífice, é o ícone, é a figura dessa jornada. A Cruz é o significado maior do amor maior, aquele amor com o qual Jesus quer abraçar nossa vida. E ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida por seus amigos, que dá a vida pelos outros. “É por isso que, quando olhamos para o Crucificado, que é tão doloroso, tão difícil, vemos a beleza do amor que dá a vida por cada um de nós.”

O Papa então se dirigiu aos jovens fazendo uma pergunta: “Eu choro de vez em quando? Há coisas na vida que me fazem chorar? Todos nós já choramos em nossas vidas, e ainda choramos. E ali Jesus está conosco, Ele chora conosco, porque Ele nos acompanha na escuridão que nos leva ao pranto.

Vou fazer um pouco de silêncio e cada um de nós dirá a Jesus por que chora na vida, cada um de nós dirá a Ele agora, em silêncio. Jesus, com sua ternura, enxuga nossas lágrimas ocultas.”

Amar é arriscado, prosseguiu, mas é preciso correr o risco de amar. É um risco, mas vale a pena corrê-lo, porque Jesus caminha conosco. “E Jesus caminha para a Cruz, morre na Cruz para que nossa alma possa sorrir.”

Após as palavras do Pontífice, tiveram início as 14 estações, que refletiram 14 fragilidades identificadas pela própria juventude, de acordo com um grupo formado por 50 jovens de 22 países que organizaram a Via-Sacra.

Falou-se de saúde mental, violência, solidão e intolerância, tudo encenado de forma bastante original, num percurso vertical da Cruz entre os andaimes que formam o palco, de jovem a jovem.


Fonte: Vatican News (texto de Bianca Fraccalvieri) 


jovens identificam 14 fragilidades do mundo que serão ligadas às estações da Via-Sacra

O Papa Francisco volta ao parque Eduardo VII nesta sexta-feira (4) para a Via-Sacra com os jovens. Segundo Matilde Trocado, da direção artística do Ensemble 23 – o grupo de 50 jovens de 22 países que tem atuado durante os eventos centrais da JMJ -, a Via-Sacra nasceu de uma consulta mundial feita à juventude:

“Foram os jovens que identificaram, na visão deles, quais eram as principais fragilidades do mundo. E, a partir desta consulta, chegamos a 14 fragilidades que eles identificavam como as principais no mundo que vem a volta. E, então, ligamos cada fragilidade à cada uma das estações da Via-Sacra. E, portanto, é uma Via-Sacra que não só fazemos a narrativa da Paixão, acompanhando Jesus até a cruz, mas em cada uma delas rezamos uma fragilidade no mundo identificada pelos jovens.”

Algumas das fragilidades identificadas pelos jovens, que Matilde antecipou em entrevista a Silvonei José, enviado especial da Rádio Vaticano – Vatican News à JMJ em Lisboa, são: a saúde mental, a violência, a solidão e a intolerância. A diretora artística destacou ainda que será uma Via-Sacra com um percurso “original”, “diferente do normal” e “bastante inédito”: em termos artísticos, disse ela, “é uma leitura um pouco mais aberta e construída mesmo pelos jovens”.

O projeto, como explicou Matilde, nasceu da Companhia de Jesus com as reflexões de cada estação feitas pelo jesuíta de Lisboa, Pe. Nuno Tovar de Lemos. Os painéis presentes na Via-Sacra também são de um jesuíta, Pe. Nuno Branco.


Fonte: Vatican News (texto de Andressa Collet)