Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Não somos órfãos, Maria é Mãe da esperança

10/05/2017

Papa Francisco

audienciaG_100517Cidade do Vaticano – “Maria, Mãe da esperança” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (10/05). Na Praça S. Pedro, cerca de 20 mil fiéis participaram do evento, entre os quais inúmeros brasileiros da “Obra de Maria” e de Belo Horizonte.

Maria e as mães do nosso tempo

No caminho da sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda jovem, respondeu “sim” à proposta que o Anjo Gabriel lhe fez de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que A esperava.
“Naquele instante, Maria se parece como uma de tantas mães do nosso mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher no próprio ventre a história de um novo homem que nasce”, disse o Papa, acrescentando que Ela é uma mulher que não se deprime face às incertezas da vida; nem uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário, é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também com as suas tragédias.

Maria simplesmente “estava”

Na noite mais escura de Maria, da crucifixão do seu Filho, Ela permaneceu ao pé da cruz, desconhecendo o destino de ressurreição do seu Filho. Neste episódio, os Evangelhos são lacônicos e discretos, registram com um só verbo a presença da mãe. “Ela estava.” Nada dizem de sua reação nem sua dor, que ficou para a criatividade de poetas e pintores.

“As mães nunca desistem nem abandonam. As mães não traem”, afirmou Francisco. Os Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento mais cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Os sofrimentos de uma mãe… Todos nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus filhos.”

Não somos órfãos

Depois, em Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham medo. Maria simplesmente estava lá no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a dar no mundo.

“Por isso, todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu”, disse ainda Francisco. Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus. “Nos momentos de dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre dizer ao coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Ela é Mãe de esperança.”

Peregrinação a Fátima

Ao saudar os fiéis língua portuguesa, o Papa recordou sua iminente viagem a Portugal, “como peregrino a Fátima, para confiar a Nossa Senhora as sortes temporais e eternas da humanidade e suplicar sobre os seus caminhos as bênçãos do Céu. Peço a todos que me acompanhem, como peregrinos da esperança e da paz: as suas mãos em prece continuem a sustentar as minhas”.

Saudação à Rússia

Francisco dirigiu também uma saudação especial a uma delegação de jovens sacerdotes do Patriarcado de Moscou, presente no Vaticano a convite do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. “Que Deus abençoe a Rússia e o empenho da Igreja ortodoxa em prol do diálogo entre as religiões e o bem comum.”

COM MENSAGEM A TAWADROS, PAPA CELEBRA DIA DA AMIZADE COPTA-CATÓLICA

Celebra-se neste dia 10 de maio o Dia da Amizade Copta-Católica, instituído em 2013. Nesta ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao Patriarca Tawadros II e agradeceu mais uma vez a hospitalidade que recebeu no Egito, durante sua recente viagem ao país no final de abril.
Viagem ao Egito

No texto, o Pontífice menciona de modo especial a Declaração Conjunta assinada no Cairo: “Estou grato pelo fato que reforçamos a nossa unidade batismal no Corpo de Cristo, declarando juntos ‘que com uma só alma e um só coração buscaremos, com toda sinceridade, não repetir o Batismo ministrado em uma de nossas Igrejas a quem desejar se unir à outra’”.

Os vínculos de fraternidade entre nós, escreve ainda o Papa, “nos estimulam a intensificar os nossos esforços comuns, perseverando na busca de uma unidade visível na diversidade, sob a guia do Espírito Santo”. Neste percurso, acrescentou, somos amparados pela poderosa intercessão e pelo exemplo dos mártires.

“Desejo garantir a minha contínua oração por Sua Santidade e pela paz no Egito e no Oriente Médio”, finalizou o Pontífice.

História

No dia 10 de maio de 2013, o Papa Francisco e o Patriarca Tawadros II se reuniram no Vaticano para recordar os 40 anos do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o então Patriarca Shenouda III e, desde então, esta data foi escolhida para se celebrar o Dia da Amizade Copta-Católica.


Fonte: Rádio Vaticano