Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Fidêncio pede novo Pentecostes na Igreja

05/06/2017

Notícias

Neste domingo (4/6) solene de Pentecostes, o Santuário do Divino Espírito Santo, em  Vila Velha (ES), celebrou com alegria o Padroeiro. Coroando a novena e todas as festividades, a celebração foi presidida pelo Ministro Provincial desta Província da Imaculada, Frei Fidêncio Vanböemmel.

O Cenáculo que recebeu o Espírito Santo foi representado em um breve instante durante a celebração. No escuro, alguns jovens entraram na igreja encenando pessoas “sem a Luz”, mas se colocaram em oração e, após breve momento, receberam de uma jovem caracterizada como Maria, Mãe de Jesus, a luz do Círio Pascal. Depois, aos poucos, foram acessas as outras velas do espaço celebrativo. Frei Fidêncio, sensível a esse momento, finalizou pedindo: “Que o fogo do Espírito Santo queime nossos pecados e nos transforme em pessoas melhores”.

A LUZ DO ESPÍRITO SANTO

“A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio.  Recebei o Espírito Santo”. Frei Fidêncio iniciou a sua homilia, agradecendo em primeiro lugar o convite para celebrar, não só neste dia, mas também no último dia da novena.  Agradeceu a toda a assembleia que fez parte dessa história de 50 anos do Santuário e pediu: “Que o Espírito Santo de Deus esteja sempre no coração de cada um, para que sejam sempre animadores, guias e pais espirituais desse povo de Vila Velha”.

O Ministro Provincial saudou a comunidade do Divino Espírito Santo.  “Por cada um, pelo que são e pelo que foram para o Santuário.  Que sejam sempre Igreja viva, como os jovens que acabaram de demonstrar aqui no altar. Como é bonito celebrar o Espírito santo, o cuidador por excelência dessa casa de Deus. O dom prometido por Jesus que transforma e faz renascer sempre esse homem novo na manhã de Pentecostes. A palavra de Deus que ouvimos é maravilhosa.  São João apresenta a comunidade reunida no Cenáculo onde Jesus celebrou a última ceia e onde receberam o dom do Espírito Santo no primeiro dia da ressurreição”.

Frei Fidêncio lembrou que o contexto do evangelho de João apresentava uma comunidade cristã “sem Jesus”, pois estava anoitecendo. “Anoitecer, nesse momento, significa não ter ideia clara do que vai acontecer. A porta estava trancada por medo. Esta é a comunidade sem Jesus, uma comunidade desamparada, com medo, desorientada, insegura, que perdeu a referência e não sabe onde e em quem se agarrar”, explicou o celebrante.

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O CENTRO DE NOSSA VIDA

“De repente, continuou o Ministro Provincial, essa comunidade  é surpreendida pela presença do Ressuscitado. Para mostrar a eles que Ele, Jesus, é a referência principal. É o centro. E onde está o Ressuscitado, ali está a comunidade.  O que Ele lhes deseja em primeiro lugar é a paz.  A paz devolve novamente a esses temerosos discípulos a coragem.  Eles perdem o medo.  O Ressuscitado, mostrando as marcas, mostra o tamanho do seu amor.  Essas marcas mostram até onde Deus é capaz de chegar.  Ele mostra que voltou para livrá-los do medo. E sopra sobre eles o Espírito Santo, recriando a vida nessas pessoas que estavam trancadas lamentando a morte, para que pudessem compreender o sentido mais profundo do mistério da ressurreição do Senhor.  Ele confia a essa comunidade uma missão, a esses discípulos, perdoar os pecados. Essa missão significa eliminar do mundo tudo o que é pecado, para que através do amor do Ressuscitado, pudessem criar novas comunidades.  Por isso, uma comunidade verdadeira é aquela conduzida pelo sopro do Espírito Santo, que se encontra em volta dos sinais do amor de Deus, que continua a mesma missão de Jesus de anunciar a misericórdia”, explicou.

Voltando para a primeira leitura, Frei Fidêncio destacou que é o Espírito Santo quem cria a comunidade, a Igreja do povo de Deus: “O Espírito Santo recria a comunidade cristã para que pudesse ir pelo mundo levar o amor de Deus, a graça de Deus, para que, através das línguas de fogo, a comunidade pudesse entender o verdadeiro amor de Deus”.

“Percebemos” – diz o ministro, retomando a segunda leitura dessa solenidade – que o Espírito Santo é a fonte de onde brota a vida na comunidade.  “São Paulo fala dos dons, do carisma que devem ser a vida da comunidade.  Quando esses carismas somam, a comunidade se torna mais perfeita. O primeiro dom que devemos professar é: “Jesus é o Senhor”.   Para esse dom, tudo deve ser convergido. Há diversidades de graças, de ministérios, de costumes, mas quando tudo converge para Jesus, que é o Senhor, podemos dizer que essa é a Igreja do Espírito Santo de Deus.

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NOVO PENTECOSTES

Frei Fidêncio tomando a celebração dos 50 do Santuário, relembrou a comunidade reunida, dizendo: “Quando tudo se transforma em conflitos, ali não há dons. Se estamos aqui festejando os 50 anos do santuário, temos que olhar para trás e agradecer ao Espirito Santo de Deus que agiu nas pessoas. Para o presente, devemos olhar com esperança e ver que podemos criar um novo Pentecostes nessa igreja, amada e querida de nosso Papa Francisco”.

Após a Comunhão, os corais Sancte Spritus e “Sementes do Amanhã”, da Comunidade São Marcos, fizeram uma homenagem à Comunidade do Divino Espírito Santo e ao Dia de Pentecostes. Rafael, representando toda a juventude da comunidade, agradeceu a participação de Frei Fidêncio, entregando uma garrafa de vinho como lembrança. E enfatizou dizendo que essa lembrança significa a transformação.

Em seguida, Frei Djalmo agradeceu a todos que participaram pelo menos uma vez dos nove dias da novena.  E pediu um aplauso especial para quem não estava presente na celebração, mas que trabalhou absurdamente todos esses dias nos bastidores, como a equipe da cozinha. Frei Fidêncio se despediu da comunidade e agradeceu, mais uma vez, a acolhida de todos.  Em seguida deu bênção solene de Pentecostes, encerrando as festividades de Pentecostes.

Pascom da Paróquia do Rosário