Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Aos 74 anos, falece Frei Olivo Tondello em São Paulo

15/05/2015

Notícias

tondelloAos 74 anos, faleceu na quinta-feira (14/5), às 23h30, Frei Olivo Tondello. Seu corpo foi velado no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo, onde, às 15h00, foi celebrada Missa de exéquias, seguido do seu sepultamento.

Internado desde o dia 24 de março, no Hospital Bandeirantes,  em São Paulo, inicialmente para tratamento de uma grave ferida no pé esquerdo e de um quadro de diabetes, seu estado de saúde se agravou na última semana com problemas no fígado e rins, quando foi transferido para a UTI no último dia 12.

Como foi informado antes, os exames apontavam para alterações no fígado, motivo pelo qual, no fim da última semana, houve a retirada de material hepático para a realização de uma biópsia, confirmando a neoplasia no fígado.


Dados pessoais, formação e atividades

Nascimento: 10.11.1940 (74 anos de idade), em Concórdia (SC)
Admissão ao Noviciado: 19.12.1963, em Rodeio, SC
Primeira profissão: 20.12.1964, Rodeio (SC)
Profissão solene: 03.10.1968
Ordenação Presbiteral: 13.12.1969
15.01.1971 – Professor do Seminário Menor de Ituporanga (SC)
20.12.1976 – Vigário paroquial
05.12.1979 – Guardião e pároco de Canoinhas (SC)
18.01.1983 – Vigário paroquial em Curitibanos (SC)
21.01.1986 – Vigário paroquial de Ituporanga (SC)
21.01.1989 – Vigário conventual e paroquial de Balneário de Camboriú (SC)
10.02.1990 – Guardião e pároco em Piraí do Sul (PR)
18.01.1992 – Guardião e pároco em Piraí do Sul (PR)
05.12.1995 – A serviço da Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora do Mato Grosso
26.02.2015 – Atendente conventual no Postulantado de Guaratinguetá (SP)


O FRADE MENOR

Frei Olivo é filho de descendentes italianos naturais de Antônio Prado (RS), que migraram para Concórdia em 1930. O pai, sr. Domingo, faleceu em 1958 e a mãe, sra. Angelina, em 1978. Ele é o sétimo de 11 filhos do casal e teve apenas duas irmãs. Segundo Frei Olivo, nasceu em uma “família trabalhadora, unida e principalmente religiosa”.

E foi por causa dessa religiosidade – o pai era “puxador de reza” na capela, como dizia – que se deu o seu discernimento vocacional. “O meu irmão mais velho esteve no Seminário de Luzerna e isso me influenciou. Eu também queria ser como frade que vinha rezar em casa (Frei Jordão B.)”, detalhou na sua ficha autobiográfica.

Frei Olivo ingressou no Seminário de Luzerna em 1952, onde ficou até 1953. Seguiu depois para Rio Negro-PR (1954-1955) e Agudos-SP (1956-63).”Meus anos de seminário foram longos, ‘rodei’ três vezes. Mas isto não me fez desistir. Em meu coração estava sempre acesa aquela chama por Jesus. Ele me deu forças para continuar”, revelou.

Frei Olivo vestiu o hábito franciscano quando ingressou no Noviciado de Rodeio. “Foi o ano da Revolução de 1964 e o último da turma de Frei Hugolino. Iniciamos o noviciado em 18 e todos permaneceram até o fim”, recordou o frade. Ele cursou Filosofia em Curitiba (1965-66) e Teologia em Petrópolis (1967-70).

Segundo o frade, tinha por natureza a introspecção e se definia como “meditabundo”: “Sou extrovertido em certas ocasiões. Não me preocupo em ocupar este ou aquele cargo, apenas ser gente e franciscano”.

Durante vinte anos, Frei Olivo trabalhou como missionário na Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora, com sede em Campo Grande (MS). Neste ano, em fevereiro, foi transferido para o Postulantado de Guaratinguetá, mas não conseguiu exercer este novo serviço. Na sua ficha autobiográfica deixou a seguinte frase: “Mais vale sofrer e morrer lutando do que nem tentar…”

R.I.P