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Ex-jogador do Manchester United é ordenado padre

12/07/2017

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Não faz muito tempo, a vida de Philip Mulryne era completamente diferente. Em vez da batina, seu uniforme de trabalho era composto de short, camisa, meião e chuteiras. Seu templo, o estádio de Old Trafford, pertencente ao poderoso Manchester United, um dos clubes de futebol mais ricos do mundo. Em vez de colegas praticamente anônimos, o norte-irlandês esbarrava nos corredores em David Beckham. O ex-jogador de futebol, porém, hoje não poderia estar em um mundo mais diferente que o dos tempos em que chegou a ter um salário anual de cerca de US$ 700 mil (o equivalente a quase R$ 2,3 milhões) e namorou a modelo inglesa Nicola Chapman.

O hoje frade atuou em 27 partidas pela seleção da Irlanda do Norte. Desde o último sábado, ele é conhecido como Frei Mulryne, depois de ter sido ordenado como mais novo representante dos Dominicanos, a Ordem de São Domingos, onde professou os votos de pobreza, obediência e castidade.

Nascido em Belfast, Mulryne jogou 27 vezes pela seleção da Irlanda do Norte. Apesar do início promissor em Manchester, ele passou a maior parte de sua carreira no Norwich City, um clube oscilando entre a primeira e segunda divisões.
Ele ficou mais famoso pelo episódio em que foi cortado da seleção norte-irlandesa às vésperas de uma partida contra a Inglaterra pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, depois de fugir do hotel para passar a noite bebendo em um bar de Belfast. Ficou fora do grupo que obteve uma histórica e inédita vitória.

Mulryne se aposentou em 2009 e quase imediatamente começou sua carreira religiosa, ao entrar para um seminário da capital norte-irlandesa. Ele também cursou Filosofia na Queens University antes de, em 2012, juntar-se aos dominicanos. Philip Mulryne foi ordenado pelo arcebispo Di Noia, e na semana passada, Frei Mulryne celebrou sua primeira missa na Igreja de Santo Olivério Plunkett, em Belfast – curiosamente, próxima ao estádio de Windsor Park, a “casa” da seleção de futebol.

“Este é um novo capítulo da minha vida”, declarou ele.  A sua ordenação contou com uma presença ilustre: o arcebispo americano D. Joseph Augustine Di Noia, integrante de Ordem Dominicana e um nome proeminente no Vaticano, que viajou especialmente a Dublin para coordenar a celebração.