Espaços franciscanos de peregrinação do Ano Jubilar 2025
22/01/2025
Neste ano a Igreja Católica convida seu povo para viver o Jubileu 2025, uma experiência de fé e encontro especial com o Senhor Jesus e com os irmãos, capaz de fazer de nós peregrinos de esperança.

Convento da Penha
Na Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025, o Papa Francisco, fundamentado na Carta aos Romanos, diz que: «Uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus (…). Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5, 1-2.5).
A peregrinação a um templo, basílica, catedral ou Igreja, é um dos propósitos importantes para esse Ano Jubilar que estamos vivenciando. Na bula da publicação é destacado que os fiéis podem obter a Indulgência Jubilar se empreenderem uma “piedosa peregrinação” ao lugar sagrado do Jubileu, além de outras ações propostas para esse tempo. Esse movimento representa a busca pelo sagrado, pela conversão e pelo amor a Deus e à humanidade.
O documento explica que: “não é por acaso que a peregrinação representa um elemento fundamental de todo o evento jubilar. Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade”.
A proposta da peregrinação é promover a esperança por meio do caminhar da fé, de forma que consigamos superar os desânimos diante dos desafios e das adversidades. É olhar para horizonte da vida na certeza de que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida; o Pão da Alegria descido do céu.
Muitos lugares santos nos conduzem para o encontro com Deus. Neste Ano Jubilar, espaços sagrados de Fraternidades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil foram definidos como locais de peregrinação.
Um deles é o Convento da Penha, em Vila Velha (ES), definido pela Arquidiocese de Vitória como um dos locais de peregrinação.

Paróquia Bom Jesus dos Perdões
A Paróquia Bom Jesus dos Perdões, também foi decretada pela Arquidiocese de Curitiba (PR), como espaço para peregrinação e recepção das indulgências neste ano jubilar.
O outro local aberto à peregrinação neste período é o Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), conforme definido pela Arquidiocese de Aparecida (SP).
Até o dia 6 de janeiro de 2026, o Santuário do primeiro santo brasileiro, além de ser um local para visitação dos peregrinos do Jubileu, também e, nesse período, um dispensador de indulgências, oferecendo aos fiéis a oportunidade de vivenciar um momento de profunda renovação espiritual.
A Indulgência é uma graça jubilar e, de acordo com a Bula de Proclamação do Jubileu 2025, ” a Indulgência Jubilar, em virtude da oração, destina-se de modo particular a todos aqueles que nos precederam, para que obtenham plena misericórdia. Ele complementa afirmando que: “De fato, a indulgência permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era cambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites”.
De acordo com o site Vatican News, “durante o Jubileu Ordinário deste ano, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência definidas em anos jubilares anteriores. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 20, § 1) e movidos por um espírito de caridade, e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, poderão obter do tesouro da Igreja pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio”: nas sagradas peregrinações, nas piedosas visitas aos lugares sagrados e nas obras de misericórdia e de penitência.
O texto ainda ressalta que “os fiéis verdadeiramente arrependidos que não puderem participar nas celebrações solenes, nas peregrinações e nas piedosas visitas por motivos graves (como, primeiramente, todas as monjas e monges de clausura, os idosos, os doentes, os reclusos, assim como quantos, nos hospitais ou noutros lugares de assistência, prestam um serviço continuado aos doentes), receberão a Indulgência jubilar nas mesmas condições se, unidos em espírito aos fiéis presentes, sobretudo nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas através dos meios de comunicação, recitarem nas suas casas ou nos lugares onde o impedimento os reter (por exemplo, na capela do mosteiro, do hospital, do centro de assistência, da prisão…) o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e outras orações em conformidade com as finalidades do Ano Santo, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida”.
Jubileu de Prata do Santuário Frei Galvão

Santuário Frei Galvão
Em 2025, além de celebrar o Ano Santo da Esperança e o Jubileu dos 350 anos da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, será comemorado o Jubileu dos 25 anos do Santuário Frei Galvão.
Em 30 de setembro de 2000, o então Arcebispo Metropolitano de Aparecida, Dom Aloísio Cardeal Lorscheider, dedicou a Igreja a São José e Frei Galvão como seus padroeiros. A partir dessa data, o local se tornou referência para os fiéis devotos do Santo Frei Galvão, que na época ainda era beato. Sua canonização ocorreu em 2007, na cidade de São Paulo.
O Jubileu de 2025 será uma oportunidade única para os filhos e filhas de Deus que passarem pelo Convento da Penha e pelo Santuário de Frei Galvão sejam tocados pelas graças do Ano Santo da Esperança.
Como diz a música “Sal da Terra”, de autoria do cantor e compositor Ronaldo Bastos e Alberto de Castro Neves: “Anda, quero te dizer nenhum segredo; falo desse chão da nossa Casa; vem que tá na hora de arrumar (…) Vamos precisar de todo mundo, pra banir do mundo a opressão, para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor”.
Adriana Rabelo