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Encontros com religiosos, autoridades e jovens marcam viagem apostólica no final de semana

Papa em Papua Nova Guiné

 O primeiro compromisso oficial do Papa Francisco em Papua Nova Guiné, no dia 7 de setembro, foi a visita de cortesia ao governador-geral do país, Bob Bofeng Dadae, na Government House.  O país é um Estado soberano membro da Comunidade das Nações (Commonwealth), cujo monarca é o Rei Carlos III da Inglaterra. Foi uma visita protocolar, com a assinatura do Livro de Honra, foto oficial, encontro privado, troca de presentes e apresentação da família.

“É com alegria que começo a minha visita entre vocês”, disse Francisco às autoridades papuásias, em seu primeiro discurso na Papua Nova Guiné: “Agradeço por me terem aberto as portas do seu bonito país, tão longe de Roma e, no entanto, tão próximo do coração da Igreja Católica.”

No mesmo dia, o Santo Padre esteve no principal centro de conferências da cidade de Port Moresby, a APEC Haus, construída para hospedar em 2018 o vértice dos líderes do Fórum Econômico Ásia-Pacífico (APEC). Às autoridades civis e políticas, o Pontífice pronunciou seu primeiro discurso em Papua Nova Guiné, ao lado do governador, ao qual agradeceu pelo “caloroso acolhimento”.

Francisco declarou-se “fascinado” pela riqueza cultural extraordinária do país, formado por centenas de ilhas, onde se falam mais de oitocentas línguas, de acordo com os grupos étnicos: “Imagino que esta enorme variedade seja um desafio para o Espírito Santo, que cria harmonia a partir das diferenças!”.

De modo particular, Francisco pediu o fim das violências tribais, que causam muitas vítimas: “Apelo, pois, ao sentido de responsabilidade de todos para que se ponha termo à espiral de violência e se caminhe resolutamente pela via que conduz a uma cooperação frutuosa, em benefício de todo o povo do país”. O Papa citou ainda a questão do estatuto da ilha de Bougainville, solicitando uma solução definitiva para não reacender velhas tensões.

Papua Nova Guiné, os testemunhos das realidades eclesiais

No Santuário de Maria Auxiliadora, em Port Moresby, durante o encontro com os bispos de Papua Nova Guiné e das Ilhas Salomão, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e catequistas, que se realizou na manhã do dia 7, o Papa Francisco ouviu os testemunhos de uma religiosa, de um sacerdote, de representantes dos catequistas e do Sínodo sobre a sinodalidade.

A primeira a falar foi a Irmã Lorena Jenal, que na diocese de Mendi acompanha as atividades da Casa da Esperança, um local de refúgio e cura para vítimas de acusações de bruxaria e maleficência.

Padre Emmanuel Moku, falou sobre “vocação adulta” e um caminho como seminarista cheio de obstáculos. O presbítero está com 64 anos e foi ordenado sacerdote aos 52.

O catequista James Etariva, 68 anos, do distrito de Goilala, na província central de Papua Nova Guiné, disse que a melhor coisa é “andar pelas aldeias e servir as pessoas, incentivar as crianças em sua catequese e ter amizade com todos”.

Por fim, Grace Wrakia, uma leiga de uma família católica de terceira geração e mãe de três filhas que criou sozinha, apresentou algumas reflexões pessoais sobre a sinodalidade. Falando da participação no Sínodo sobre sinodalidade como “uma das maiores honras” de sua vida, Grace se perguntou até que ponto esse método poderia encontrar expressão na “cultura em evolução” de Papua Nova Guiné.


 

O Papa  em Papua Guiné: “Rezais também vós por mim”

Em sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, o Papa iniciou seus compromissos no domingo (08/09) com a Santa Missa presidida no Estádio Sir John Guise, em Port Moresby, em seu segundo dia de atividades em Papua Nova Guiné.  O ponto alto desta visita do Santo Padre, foi a celebração da Eucaristia para esta pequena comunidade católica papuásia. No Angelus, ao término da Missa, Francisco pediu o dom da paz para todos os povos, as nações e também para a criação.

Em seu pronunciamento, o Papa falou das belezas naturais de Papua Nova Guiné, destacando que, no entanto, a maior riqueza é a população do país e a caridade com que se amam: “Há um outro, mais belo e fascinante, tesouro que se encontra nos vossos corações e se manifesta na caridade com que vos amais… Para os que daqui partem, vós sois a mais linda imagem que podem levar consigo e guardar no coração!”.

Papa vai a Vanimo e abraça o povo ‘especialista em beleza’

Papa Francisco, de Port Moresby, voou por um dia para o noroeste de Papua Guiné para visitar Vanimo, pequena cidade portuária predominantemente católica, onde trabalham missionários, incluindo seu amigo argentino Padre Martin.

Em meio a danças, cantos, sons e milhares de pessoas nas ruas, o Pontífice se reuniu com 20 mil fiéis na esplanada em frente à catedral. No encontro com missionários, sacerdotes, consagrados, catequistas, jovens e crianças, na esplanada em frente à Catedral da Santa Cruz, na diocese de Vanimo, em Papua Nova Guiné, durante seu discurso, Papa Francisco exaltou as belezas naturais da região e do seu povo, destacou a importância do respeito para com a Casa Comum.  Ele convidou os presentes a promover o anúncio missionário onde vivem. Ao final, o Pontífice disse: “Encorajo-vos, portanto, a embelezar cada vez mais esta terra feliz com a vossa presença de Igreja que ama. Abençoo-vos e rezo por vós. E lembrai-vos: rezais também vós por mim. Obrigado”.


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