Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Editora Vozes: Lançamentos da semana

04/12/2018

Notícias

Reflexões de um velho teólogo e pensador

Leonardo Boff

Leonardo Boff está prestes a completar 80 anos e quem quiser conhecer melhor o pensamento teológico, filosófico, ético, ecológico e espiritual do autor encontrará neste livro, Reflexões de um velho teólogo e pensador, seguramente um acesso essencial e de fácil compreensão. A obra é fruto de mais de 50 anos no ofício do pensamento nas mais diversas áreas.

Boff tentou formular seu pensamento dentro da nova cosmologia, que vê o universo em cosmogênese e o ser humano em antropogênese, e como Deus emerge de dentro deste processo de mais de 13,7 bilhões de anos. Obrigou-se a um diálogo prolongado com as modernas ciências do cosmos, da Terra e da vida. Disso resultaram vários trabalhos sobre ecologia nas suas mais diversas vertentes, ressaltando a dimensão ética e espiritual.

Na presente obra o leitor encontrará o essencial de mais de cem livros produzidos nas mais diferentes áreas, incluindo alguns de literatura infantil.

Leonardo Boff (1938) nasceu em Concórdia-SC de um pai mestre de escola e de uma mãe camponesa e semianalfabeta. Desde pequeno se interessou por livros, da biblioteca de meu pai, educado pelos jesuítas, tentando mesmo nesta tenra idade ler tópicos de Hegel, de Darwin e de Unamuno. Logicamente entendia pouco, mas se desafiava a mim mesmo. Depois de seus estudos com os franciscanos para quem quer ser sacerdote, se doutorou em teologia na Universidade de Munique e em filosofia na Universidade do Rio de Janeiro onde foi professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica. Foi por 22 anos professor de teologia sistemática no Instituto Franciscano de Petrópolis. Lecionou como professor visitante em várias universidades estrangeiras. Trabalhou como editor na Editora Vozes por 22 anos e foi responsável pela publicação da obra completa de C. G. Jung. Em 2001 ganhou do Parlamento sueco o prêmio Nobel alternativo; da Paz por unir justiça social, libertação e espiritualidade. Publicou suas principais obras na editora Vozes das quais cabe ressaltar: Jesus Cristo Libertador, a Igreja: carisma e poder; Eclesiogênese; O rosto materno de Deus; Saber cuidar; e com o cosmólogo canadense Mark Hathaway, O Tao da libertação; com Anselm Grün, O Divino em nós; e Ética e Espiritualidade: como cuidar da Casa Comum.

 

A Igreja e o mundo sem Deus

Thomas Merton

Nesta obra Thomas Merton nos presenteia com uma análise clara e objetiva sobre a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, que trata sobre a Igreja no mundo de hoje.

Publicado originalmente no mesmo ano da Constituição, e no Brasil em 1970 pela Editora Vozes, “A Igreja e o Mundo sem Deus” mostra, baseado nas reflexões do autor, como o cristianismo passou a uma nova fase em seu relacionamento com o mundo e o homem moderno, e com as implicações práticas que isso acarretou.

“A Igreja não pode, separada do mundo, querer dirigi-lo. Ela só pode ser ouvida pelo mundo se participa, como igual para igual, dos problemas comuns aos outros homens.”

Thomas Merton nasceu em 31 de janeiro de 1915 em Prades, no sul da França. Estudou e viveu, além da França, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Falava fluentemente francês, inglês e italiano além de ter bons conhecimentos em espanhol e nas línguas clássicas (Latim e grego). Seu itinerário espiritual passou por Joyce, Maritain e Gilson. Tendo descoberto o Evangelho, converteu-se ao catolicismo em 1938, ingressando, em 10 de dezembro de 1941, na comunidade monástica da Abadia de Nossa Senhora de Getsêmani, da Ordem Cisterciense de Estrita Observância (Trapistas), no estado americano de Kentucky, onde recebeu o sacerdócio aos 34 anos. Sua obra, composta de mais de 50 títulos, entre livros, diários poemas e cartas, é marcada pela profundidade de um religioso contemplativo. Morreu num acidente elétrico em Bangcoc, na Tailândia durante um encontro com líderes religiosos, em 10 de dezembro de 1968.

 

Desvelando a alma brasileira

Psicologia Junguiana e Raízes Culturais

Humberto Oliveira (organizador)

Este livro inaugura a “Coleção Jung contemporâneo”, um projeto do Departamento de Publicações da Associação Junguiana do Brasil. Seus capítulos provêm de estudos apresentados e discutidos na jornada “Alma Brasileira”: revisitando nossas raízes culturais, que aconteceu em Salvador em junho e julho de 2017.

Alma brasileira, complexo tema.  Não se trata de se referir a uma especifica identidade brasileira, mas, sim, às múltiplas identidades de nossa brasilidade. Nesse sentido, mesmo que sem poesia, talvez devesse estar falando de almas brasileiras, no plural. São muitos brasis num só, são muitas histórias sobre ele, são muitas as referências identitárias. Aqui mora a diversidade étnica e geográfica, aqui mora o sincretismo das muitas almas brasileiras.

Estudar a alma brasileira requer, segundo Boff, o “caminho mais adequado: o estudo dos mitos, dialogando com um mestre da interpretação do mito, que é C. G. Jung, com sua teoria dos arquétipos coletivos”. O mito traduz a alma humana através da linguagem das imagens, assim contando, explicando, revelando aquilo que “nos afeta profundamente e representa grande significado para a vida”.

 

O milagre da atenção plena

Uma introdução à prática da meditação

Thich Nhat Hanh

O milagre da atenção plena é um guia clássico de meditação pelo qual gerações e gerações de leitores foram introduzidos na beleza de transformar a vida através da atenção plena. O Mestre Zen Thich Nhat Hanh conta nobres anedotas e oferece exercícios práticos que possibilitam o aprendizado de habilidades da atenção plena. Desde como lavar pratos até atender o telefone e descascar uma laranja, o autor nos lembra que cada momento contém dentro de si uma oportunidade de trabalharmos na direção de uma autocompreensão e tranquilidade maiores. Esta obra dá destaque às inspiradoras caligrafias de Thich Nhat Hanh, fotografias de suas viagens ao redor do mundo e um posfácio revisado.

Segundo o autor: “A atenção plena deve ser praticada todo dia e toda hora. Isso é fácil de ser dito, mas para ser realizado na prática é difícil. Por isso eu sugiro aos que vêm às sessões de meditação que cada pessoa procure reservar um dia na semana para dedicar-se inteiramente à prática da atenção plena. Em princípio, é claro que todo dia deve ser um dia seu, e toda hora, uma hora sua. Mas na realidade muitos poucos de nós alcançaram este ponto. Nós temos a impressão que nossa família, local de trabalho e sociedade nos roubam todo o nosso tempo. Então eu insisto que cada pessoa reserve um dia na semana; um sábado, talvez.”

Thich Nhat Hanh é um poeta, mestre Zen e ativista da paz. Nasceu no Vietnã, mas vive no exílio desde 1966, numa comunidade de meditação (Plum Village) que ele fundou na França. Foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz por Martin Luther King Jr. É autor de dezenas de livros publicados pela Vozes, entre os quais, Caminhos para a paz interior; Para viver em paz; Eu busco refúgio na Sangha; Nosso encontro com a vida; Nada fazer, não ir a lugar algum; Felicidade; Medo; Sem lama não há Lótus; A arte de se comunicar; Trabalho; Paz mental.

 

Os saberes PSI em questão

Sobre o conhecimento em Psicologia e Psicanálise

Luís Claudio Figueiredo e Ines Loureiro

Uma cultura pós-epistemológica: os séculos XIX e XX testemunham a formulação de críticas radicais à hegemonia do pensamento representacional, à centralidade da epistemologia e do sujeito do conhecimento, à superestimação da ciência e da técnica. É nesse cenário de ultrapassagem da epistemologia que este livro se situa, investigando o modo de produção de conhecimento próprio aos saberes “psi”, em especial no âmbito das práticas clínicas (aqui representadas pela psicanálise).

Este livro reúne o material de uma disciplina ministrada por Luís Claudio Figueiredo durante 10 anos na PUC-SP. O percurso aqui realizado mostra o desencontro histórico e o radical mal-entendido entre os ideais epistêmicos da Modernidade e os saberes psicológicos. Na medida em que dissolvem as pretensões do sujeito moderno, Psicologia e Psicanálise desautorizam a epistemologia, apesar de terem se deixado avaliar pelos padrões impostos por ela. Mais profícuo se mostra o diálogo com filosofias que repensam o estatuto do conhecimento para além ou aquém dos limites da representação.

Luís Claudio Figueiredo é psicanalista, membro do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, professor Livre Docente aposentado da USP e professor do Programa de pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP; ex professor da UFPa , PUC-RJ e UFRJ, autor de diversos livros editados pela Vozes e pela Escuta e dezenas de artigos científicos publicados em revistas nacionais e estrangeiras.

Ines Loureiro é graduada em Ciências Sociais (USP) e Psicologia (PUC-SP). Doutora em Psicologia Clínica (PUC-SP). Docente do curso de Especialização em Teoria Psicanalítica (COGEAE/PUC-SP). Autora de O carvalho e o pinheiro – Freud e o estilo romântico (Escuta/FAPESP, 2002) e de vários artigos na área de estética e psicanálise.

 

Psicoterapia de Deus

Boris Cyrulnik

“Comecei esta pesquisa há alguns anos, depois de me comover com a imensa dor íntima das crianças-soldados. Quando eu era clínico, no entanto, tinha ouvido pacientes me explicarem até que ponto Deus os ajudava, mas minha formação de neurologista e de psiquiatra não me permitira incentivá-los a trabalhar esse recurso.

Quando começamos nossas reflexões sobre resiliência, eu ouvia com interesse alguns colegas pesquisadores explicarem que sua crença em Deus constituía um precioso fator de proteção depois que uma desgraça despedaçava seu mundo íntimo. Na mesma época, os terroristas assassinavam os inocentes em nome de Deus e de uma moral que eu julgava perversa, pois era centrada num grupo fechado, sem Outro e sem compartilhamento. Esses homens querem impor sua crença, que não é mais do que submissão a uma entidade ditatorial que comanda o crime para tomar o poder.

Curiosamente, foram as teorias do apego que me forneceram o instrumento mais eficaz e mais coerente para pensar esse mistério: Como uma instância invisível, permanente e poderosa pode agir sobre a alma dos seres humanos e modificar o funcionamento de seu cérebro, de seu espírito, das relações afetivas e das organizações sociais?

Há alguns anos, os estudos científicos têm trazido algumas respostas inesperadas. Quando o funcionamento do cérebro é modificado por uma representação divina, os circuitos emocionais funcionam de maneira diferente e acarretam mudanças neurobiológicas. Então, a expressão das emoções modifica as interações, tece de maneira diferente os vínculos de apego e hierarquiza um ethos, outros valores culturais que organizam uma maneira de viver junto, de enfrentar a infelicidade e de realizar alguns sonhos.

Sinto pelas crianças-soldados, por meus pacientes, por meus amigos clínicos e pesquisadores gratidão por me terem lançado nessa aventura imprevista.

Deus sofre quando o mal existe, mas o que vamos descobrir da psicoterapia de Deus irá nos ajudar a enfrentar os sofrimentos da existência e a aproveitar melhor a simples felicidade de ser”.

Boris Cyrulnik cursou faculdade de medicina, se formou em médico neuropsiquiatra e psicanalista. Passou parte de sua infância nos campos de concentração na Alemanha de Adolf Hitler no período de guerra. Foi o único sobrevivente, depois de perder os pais, irmãos e amigos.Após a guerra, ele vagou por abrigos e acabou indo morar em uma fazenda de beneficências, e foi analfabeto até a adolescência, restando-lhe apenas a vida, a esperança e a resiliência. Felizmente, alguns vizinhos desse novo ciclo de vida lhe proporcionaram o princípio do amor, do sentido de vida e da literatura, que lhe tornou capaz de educar-se e crescer superando seu passado. Apesar da adversidade, conseguiu estudar, ingressar na universidade e construir uma vida que é digna de exemplo. Boris ainda está proporcionando muito conhecimento sobre resiliência e hoje é considerado o mais importante estudioso do tema.

 

Que tipo de criaturas somos nós?

Noan Chomsky

Este livro apresenta reflexões com base em toda a vida de um cientista da linguagem sobre as consequências mais amplas de seu trabalho científico. O título desta obra, Que tipo de criatura somos nós?, demonstra exatamente o tamanho dessas consequências. Elas cobrem uma gama impressionante de áreas: linguística teórica, ciências cognitivas, filosofia da ciência, história da ciência, biologia evolutiva, metafísica, teoria do conhecimento, filosofia da linguagem e da mente, filosofia moral e política e, até mesmo, ainda que brevemente, o ideal da educação humana.

A questão geral que o autor aborda neste livro é antiga: que tipo de criatura somos nós? Chomsky sabe que não pode se iludir e imaginar que poderá fornecer uma resposta satisfatória, mas lhe parece razoável acreditar que, em alguns domínios, pelo menos particularmente no que diz respeito à nossa natureza cognitiva, há certos insights interessantes e significativos, alguns novos. Além disso, parece ser possível eliminar alguns dos obstáculos que dificultam investigações adicionais, incluindo aí algumas doutrinas amplamente aceitas, que contam, entretanto, com fundamentos muito menos estáveis do que às vezes se acredita.

O autor irá trabalhar com três questões específicas, cada uma mais obscura que a anterior: O que é a linguagem? Quais são os limites da compreensão humana (se é que eles existem)? E qual é o bem comum que devemos tentar alcançar?

Ele começa com a primeira pergunta e tenta mostrar como questões que podem parecer bastante específicas e técnicas podem levar, se tomadas cuidadosamente, a conclusões de grande alcance que são significativas em si mesmas e que diferem muito das concepções tomadas como certas e, muitas vezes, fundamentais nas disciplinas relevantes – as Ciências Cognitivas em um sentido amplo, incluindo aí a Linguística e a Filosofia da Linguagem e da Mente.

Ao longo do livro Chomsky discute o que lhe parecem ser truísmos virtuais – mas de um tipo estranho. Eles geralmente são rejeitados. E isso representa um dilema, pelo menos para ele. E talvez você também esteja interessado em resolver esse dilema.

Avran Noan Chomsky nasceu na Filadélfia, no dia 7 de dezembro de 1928. É, desde o final da década de 1950, professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Ele foi o responsável por uma revolução teórica e metodológica na Linguística, nos anos de 1950 e 1960. Sua influência se estende também a outros domínios, como as Ciências Cognitivas, a Psicologia, a Informática e a Filosofia, além de sua atuação como ativista politico também ter repercussões entre estudiosos das Ciências Sociais e Políticas.

 

Uma investigação sobre a imagem

James Hillman

Este livro reúne pela primeira vez os ensaios que James Hillman escreveu sobre a centralidade da imagem psíquica na psicologia arquetípica e em sua concepção de terapia. Essa, inclusive, já foi chamada de “terapia focada na imagem”. São textos paradigmáticos que se tornaram já clássicos (escritos em 1977, 1978 e 1979) e que servem para o praticante da psicoterapia analítica entender de que modo Hillman elabora sua visão teórica a partir do alinhamento de psique e imagem feito por C.G. Jung. A psicologia arquetípica é herdeira dessa tradição que elabora uma fenomenologia da imagem como foco de sua prática.

Originalmente publicados na revista Spring, o mais antigo periódico junguiano do mundo, que a partir dos anos 1970 representou o principal órgão de divulgação da psicologia arquetípica, e até agora inéditos em português, esses três ensaios dão a exata medida, com amplos exemplos de aplicação clínica, de como a máxima de outro teórico importante nessa linha, Rafael López-Pedraza, pode ser levada a cabo no trabalho diário com a psique.

Reunidos em livro, formam quase que um “manual de instruções”, com indicações bastante precisas para o manejo sempre tão incerto das imagens que surgem no processo psicoterapêutico, seja em sonhos, fantasias ou nos relatos de dores, amores, conflitos e paradoxos interiores. Representam uma fonte indispensável para os psicólogos clínicos e para os estudantes de psicologia junguiana interessados na compreensão dos mistérios da alma e da imaginação.

James Hillman era psicólogo, analista junguiano, foi conferencista internacional, editor, colaborador de coletâneas e periódicos de diversos países, autor de mais de vinte livros, entre eles Suicídio e alma, Paranóia, Psicologia alquímica, Re-vendo a psicologia, O sonho e o mundo das trevas, O mito da análise, O código do ser, Anima, O livro do Puer, Cidade e alma. Foi o mais imaginativo, importante e controverso pensador junguiano contemporâneo. Criador da “Psicologia Arquétipica” pós-junguiana, lecionou nas universidades de Yale, Siracusa, Chicago e Dallas. Faleceu em outubro de 2011.

 

No caminho de Jesus

Álbum litúrgico-catequético Ano C – 2019

Francine Porfirio Ortiz e Viviane Mayer Daldegan

No Caminho de Jesus tem por objetivo proporcionar aos catequizandos e familiares um suporte para o entendimento do evangelho apresentado em cada missa. É também um instrumento para a educação da fé, auxilia na compreensão dos ensinamentos do evangelho, apresenta atividades relacionadas a cada domingo, ajuda a fortalecer a experiência de participação na liturgia e desperta nos catequizandos o desejo de assumir o seu compromisso de participar da construção do Reino de Deus.