Papa: “É importante fazer memória. Isso nos deixa mais fortes”
03/11/2018
Cidade do Vaticano – Na tarde desta sexta-feira (02/11), dia da celebração dos Fiéis Defuntos, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa no Cemitério Laurentino, em Roma. Ao chegar no Cemitério, o Papa foi rezar no Jardim dos Anjos, onde estão sepultadas as crianças não nascidas e as crianças que morreram por outras causas.
Na sua homilia o Papa iniciou recordando que “a liturgia de hoje é uma liturgia concreta porque nos enquadra nas três dimensões da vida, que até as crianças entendem, ou seja, o passado, o futuro e o presente”. “Recordando o dia da memória”, disse o Papa, “falamos no passado, dos que caminharam antes de nós, dos que nos deram vida, nos acompanharam…
“É importante recordar e fazer memória, isso nos deixa mais fortes, como pessoa e como povo. Nos sentimos enraizados, nos faz entender quem somos e que não estamos sozinhos: um povo que tem uma história, tem um passado, tem uma vida”.
Nem sempre é fácil recordar, voltar para trás – disse o Papa – e lembrar da nossa vida, da nossa família, do nosso povo. Mas hoje é dia de memória e a memória nos leva às nossas raízes .
Esperança
“Hoje também é um dia de esperança, disse o Pontífice, como diz a segunda leitura, nos mostra o que nos espera. Um céu novo, uma terra nova, mais bela, a santa cidade de Jerusalém, nova e bela. Espera-se a beleza… Memória e esperança de nos encontrarmos, esperança de chegar onde há o amor que nos criou: o amor do Pai”.
O Papa seguiu dizendo que entre memória e esperança há a terceira dimensão: o caminho que devemos seguir. “Como fazer para não errar e seguir o caminho”. Papa Francisco completou: “A resposta está no Evangelho, que nos diz para seguir as Bem-aventuranças. As Bem-aventuranças são as luzes que nos acompanham para não errar o caminho: este é o nosso presente.
Três dimensões
“Neste cemitério há as três dimensões da vida: Memória que vemos à nossa frente, a esperança que celebramos agora na fé, e as luzes para nos guiar no caminho que são as Bem-aventuranças. “Jamais devemos perder ou esconder a memória, das pessoas, da família e de povo”.
Concluindo, o Papa desejou que “Deus nos dê a graça da esperança, saber esperar, olhar o horizonte e a graça de entender quais são as luzes que nos acompanharão para seguir no caminho e assim chegar onde nos esperam com tanto amor”.