Dom Joel Portella é o novo secretário geral da CNBB
07/05/2019
Foi eleito nesta terça-feira, 7 de maio, como o novo secretário-geral da Conferência Nacional dos dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Eleito no segundo escrutínio, o sucessor de dom Leonardo Steiner que ocupou o cargo por dois quadriênios, é natural do Rio de Janeiro.
Ele aceitou a eleição e disse: “na comunhão com dom Walmor, dom Jaime e dom Mário, a minha resposta é sim!”.
Nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo papa Francisco em 7 de dezembro 2016, o monsenhor Joel Portella Amado, até então professor do departamento de Teologia da PUC-Rio, foi ordenado no dia 28 de janeiro 2017, na catedral metropolitana do Rio.
Dom Joel Portella, de 65 anos, nasceu em 2 de outubro de 1954. O religioso possui graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1977). Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Antropologia Teológica e Teologia Pastoral, atuando principalmente nos seguintes temas: evangelização, inculturação, pastoral urbana, teologia e urbanização.
Formação sacerdotal e atuação como bispo
Ele estudou Filosofia no Instituto Aloisiano da Companhia de Jesus e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde também fez mestrado e doutorado em Teologia Pastoral. Também estudou Direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Foi ordenado sacerdote em 12 de outubro de 1982 e desempenhou diversas funções na Arquidiocese do Rio, como pároco, professor e acadêmico. Atualmente, é Vigário-geral; Coordenador Arquidiocesano de Pastoral; pároco da Catedral Metropolitana; Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores; Professor da PUC; Diretor administrativo do Museu de Arte Sacra; Diretor do Arquivo Arquidiocesano; Responsável pelos textos litúrgicos da Comissão de Pastoral litúrgica e Arquivista do Cabido Metropolitano.
Em 2007, participou da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em Aparecida como Assessor-delegado; em 2008 se tornou Capelão de Sua Santidade e em 2013 foi Secretário-Executivo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro.
Foi membro do Instituto Nacional de Pastoral (2008 – 2012); Membro da equipe de reflexão teológico-pastoral do CELAM (2014 – 2016); Membro do Cabido Metropolitano e nomeado Capelão de Sua Santidade, pelo Santo Padre Bento XVI. Foi membro da Academia Luso-Brasileira de Letras. (2014 – 2016); Atualmente é professor no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e também integrou a comissão de elaboração das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil da CNBB.
Dom Joel foi nomeado, em 6 de outubro de 2018, como consultor para o dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, do Vaticano.
PRESIDENTE DA COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA OS MINISTÉRIOS ORDENADOS
O bispo de Tubarão (SC), dom João Francisco Salm, foi eleito na manhã desta terça-feira, 07 de maio, como novo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. O bispo já era membro da Comissão como referencial para o diaconado brasileiro.
COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA O LAICATO
O bispo de Tocantinópolis (TO), dom Giovane Pereira de Melo, foi eleito novo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para os próximos quatro anos. Na tarde desta terça-feira, 7/5, durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, o bispo recebeu a maioria absoluta dos votos.
PRESIDENTE DA COMISSÃO EPISCOPAL PARA A AÇÃO MISSIONÁRIA E COOPERAÇÃO INTERECLESIAL
Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC) foi eleito para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial no próximo quadriênio (2019-2023) na tarde desta terça-feira, 7/5. Ele é o coordenador do grupo de trabalho sobre o Mês Missionário Extraordinário deste ano.
NOVAS DIRETRIZES DA IGREJA NO BRASIL 2019-2023 SÃO APROVADAS PELO EPISCOPADO
Novas diretrizes da Igreja no Brasil 2019-2023 são aprovadas pelo episcopado
As Novas Diretrizes Gerais da Ação Evagelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019 a 2023), após intenso processo de debate e acréscimos dos bispos, foram aprovadas na manhã deste dia 6 de maio pelos participantes da 57ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP).
O padre Manoel de Oliveira Filho, membro da Comissão do Texto Central sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023) falou ao portal da CNBB sobre o caminho que as novas diretrizes propõem à Igreja no Brasil.
Segundo ele, o central nas Novas Diretrizes é mais uma vez um novo chamado de retorno às fontes para olhar a experiência das comunidades primitivas e inspirados por elas formar, no hoje da história e na realidade urbana, comunidades eclesiais missionárias.
“Que essas comunidades eclesiais missionárias tenham jeito de casa, de acolhida, não uma coisa estática de paredes simplesmente, ou da estrutura física. Mas, acima de tudo as diretrizes falam de um jeito de ser, de uma postura que lembre, evoque a ideia da casa que acolhe, que é espaço de ternura e misericórdia”, disse.
Os quatro pilares – Padre Manoel reforça que a casa é onde as pessoas são identificadas pelo nome, pelo jeito, onde têm história. Na proposta das diretrizes, lembrou o religioso, a casa é sustentada por quatro pilares essenciais: a) Palavra de Deus e a iniciação à vida cristã; O pilar do Pão que é a casa sustentada pela liturgia e sobre a espiritualidade; o pilar da Caridade que é a casa sustentada sobre o acolhimento fraterno e sobre o cuidado com as pessoas, especialmente os mais frágeis e excluídos e invisíveis; o pilar da Missão porque é impossível fazer uma experiência profunda com Deus na comunidade eclesial que não leve, inevitavelmente, à vida missionária.
A realidade urbana, fragmentada, carregada de luz e de sombras, mas também cheia de potencialidades, é definida pelo padre muito mais do que um lugar social geográfico mas como uma mentalidade e cultura. “Nesta realidade a Igreja é convidada a ser presença. Como casa. Como comunidade eclesial missionária”, reafirmou.
A diretrizes, segundo ele, apontam para um rumo muito bonito, porque partem de uma perspectiva de encontro com Deus e com os irmãos, numa dinâmica de acolhida, de portas abertas, de ir ao encontro, de espera e acolhida ativa para formar as comunidades.
As Igrejas e comunidades são convidadas, segundo o que propõe as novas diretrizes, a serem luzeiros no meio do mundo. O religioso afirmou que as comunidades podem estar em qualquer lugar: no condomínio, numa praça, no trabalho. “Mas também nas paróquias, comunidades, nos colégios católicos, nas obras sociais”, disse.
“As novas diretrizes apontam para rumos e horizontes muito bonitos de avanço, de comprometimento apostólico e de comprometimento profético-transformador”, destacou.
Segundo ele, a profecia não se dá apenas pela denúncia, embora seja fundamental hoje mais do que nunca, mas também pelo anúncio de um jeito novo de ser e de viver. “Os rumos são os mais bonitos, basta a gente entrar nesta história e caminho”, disse.
Após a assembleia, o religioso aponta que todas as instâncias, as pastorais e organismos, e as Igrejas particulares, toda vida eclesial precisam entrar mesmo neste rumo, na direção apontadas pelas Diretrizes. “Seguir este caminho, acreditar no projeto e proposta. Vamos todos precisar, como todo a vida de Igreja, fazer um caminho de conversão, ler estudar, colocar na mente e descer para o coração para transformar em realidade”, disse.
A CNBB apresenta diretrizes mais gerais, não apresenta um plano; Após a assembleia, segundo padre Manoel, o plano deve ser feito por cada instância da Igreja nas diferentes realidades. “Se a gente acredita no projeto vamos encontrar um caminho para que ele se torne real”, concluiu.