Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Episcopado brasileiro elege novo governo na Assembleia Geral

20/04/2015

Notícias

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D. Sérgio Rocha, arcebispo de Brasília

O episcopado brasileiro, reunido em Aparecida (SP), de 15 a 24 de abril, por ocasião da 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), elegeu um novo governo. Foi eleito para presidente da CNBB Dom Sérgio da Rocha, arcebispo metropolitano de Brasília, para vice-presidente o Primaz do Brasil, D. Murilo Sebastião Krieger, e D. dom Leonardo Steiner, reeleito como Secretário Geral da entidade.

D. Sérgio da Rocha foi eleito na manhã desta segunda-feira, 20, ainda no primeiro escrutínio, após receber 215 votos, superando assim os 196 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição. Já D. Murilo foi escolhido por maioria absoluta no terceiro escrutínio, após receber 199 do total de 286 votos válidos. D. Leonardo, que é franciscano desta Província, foi reeleito no segundo escrutínio, após receber 228 votos, ultrapassando assim, os 194 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição.

O arcebispo de Brasília e novo presidente da CNBB nasceu em Dobrada, no estado de São Paulo, em 1959 e foi ordenado presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão (SP) em 1984. Foi nomeado bispo pelo papa João Paulo II em 2001, como auxiliar de Fortaleza (CE) e sua ordenação episcopal foi realizada em agosto do mesmo ano, na Catedral de São Carlos (SP), pelos bispos ordenantes dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, dom Joviano de Lima Júnior e dom Bruno Gamberini. Em janeiro de 2007 o papa Bento XVI o nomeou como arcebispo coadjutor da arquidiocese de Teresina (PI). Também pelo papa Bento XVI, em 2011, foi nomeado para arcebispo metropolitano de Brasília.

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D. Murilo Krieger, Primaz do Brasil

Dom Sérgio estudou Filosofia no Seminário de São Carlos (SP) e Teologia na Pontifícia Universidade de Campinas (SP). O arcebispo é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (SP) e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.
Com o lema episcopal “Deus é amor” (Deus caritas est), o arcebispo de Salvador (BA) e primaz do Brasil, Dom Murilo Sebastião Krieger é o 15º vice-presidente eleito em Assembleia Geral, para o quadriênio de 2011 a 2019. Durante a 49º Assembleia Geral da CNBB de 2011, foi eleito membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Campanha para a Evangelização da CNBB.

Dom Murilo é autor de dez livros publicados por editoras nacionais, entre eles destaca-se sua última obra “Anunciai a Boa Nova” e “Alegre-se: Deus é amor”.

Dom Murilo é natural de Brusque (SC), nascido em 19 de setembro de 1943. Estudou Filosofia em Brusque de 1964 a 1965 e Teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté de 1966 a 1969. É licenciado em Letras (Português), na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo. Frequentou cursos de espiritualidade em Universidades Pontifícias de Roma, em 1980.

Após o noviciado, ingressou na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, professando os votos religiosos a 2 de fevereiro de 1964. No dia 7 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote em Brusque (SC). Foi pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté no ano de 1970.

Em 1985, o papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Florianópolis (SC). Foi ordenado bispo em sua cidade natal, no dia 28 de abril de 1985. Esteve como bispo de Ponta Grossa (PR) de 1991 a 1997, presidente do regional Sul 2 da CNBB, por dois mandatos, de 1995 a 1999 e 1999 a 2000.

Em 1997, o papa João Paulo II o nomeou arcebispo de Maringá (PR) e, no ano de 2002, tornou-se arcebispo de Florianópolis. No dia 12 de janeiro de 2011, o papa Bento XVI o nomeou arcebispo de São Salvador (BA), com posse no dia 25 de março do mesmo ano.

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D. Leonardo Steiner, reeleito Secretário Geral

REELEIÇÃO

Em 2011, durante a 49ª Assembleia Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner foi eleito Secretário Geral da entidade, tendo como missão implantar e dinamizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (2011-2015) nas dioceses na Igreja no Brasil.

Com o lema “Verbo feito carne”, Dom Leonardo foi nomeado bispo em 2 de fevereiro de 2005, pelo papa João Paulo II. Natural de Forquilhinha (SC), nasceu em 06 de novembro de 1950, filho de Leonardo Steiner e Carlota Arns Steiner.

Dom Leonardo possui mestrado e doutorado em Filosofia, ambos concluídos na Pontifícia Universidade Autonianum, em Roma. É formado em diversos cursos de licenciatura como em Filosofia, Letras, Administração Escolar, Orientação Educacional, Supervisão Escolar e Magistério, e bacharel em Pedagogia pela Universidade Sagrado Coração (USC).

D. Leonardo foi bispo prelado de São Félix (MT), ordenado presbítero em 1978, em Forquilhinha e bispo em Blumenau (SC). Dom Leonardo estudou Filosofia e Teologia no Instituto Franciscano de Filosofia e Teologia da Província Franciscana da Imaculada Conceição, em Petrópolis (RJ).

Em sua trajetória presbiteral, Dom Leonardo atuou como professor e orientador educacional no colégio dos Meninos Cantores de Petrópolis de 1976 a 1977; mestre dos postulantes, professor e orientador educacional no Seminário Santo Antônio, mestre dos Noviços e mestre dos Irmãos de profissão temporária, vigário paroquial junto às paróquias de São Benedito, Guaratinguetá, São Paulo Apóstolo, em Agudos, e São Francisco (todas em São Paulo) e Rodeio (SC).

Foi secretário para a Formação e Estudos da Província da Imaculada Conceição, conselheiro espiritual das equipes de Nossa Senhora. Também exerceu o cargo de vigário paroquial da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Perdões, na arquidiocese de Curitiba (PR) e professor na Faculdade de Filosofia São Boaventura, em Curitiba.

Dom Leonardo foi bispo de São Félix (MT), de 2005 a 2011; vice-presidente do regional Oeste 2 da CNBB, de 2008 a 2011; membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, de 2008 a 2011; bispo referencial para os Presbíteros, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Juventude, também no regional Oeste 2. Em 2011, dom Leonardo Steiner foi eleito secretário geral da CNBB.

ELEIÇÕES

Também serão escolhidos os delegados que representarão a CNBB junto ao Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e à 14 Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que ocorrerá em outubro, no Vaticano.

As eleições podem prosseguir até o dia 23 de abril e seguem normas específicas do Estatuto Canônico da CNBB. Podem votar somente os membros efetivos da Conferência dos Bispos, ou seja, os bispos diocesanos e coadjutores, bispos auxiliares, bispos titulares que exerçam um ofício especial, confiado pela Santa Sé ou pela CNBB, além dos prelados das Igrejas orientais católicas. De acordo com dados da Conferência, do mês de abril, há 313 bispos na ativa, incluindo os cardeais e arcebispos.

Os bispos eméritos somam cerca de 140, mas não têm direito a voto e também não podem ser votados para cargos da CNBB, assim como os bispos recém-nomeados que ainda não tomaram posse e que, portanto, ainda não são membros da Conferência.

Conforme o Estatuto Canônico, o voto é secreto e direto. Na contagem dos votos são consideradas as abstenções e votos nulos, a fim de calcular o número de votantes, respeitando a maioria exigida. A Assembleia só poderá deliberar ou eleger, se estiver presente a maioria absoluta dos membros. Todos os bispos da Conferência poderão ser votados, exceto os eméritos. O mandato tem duração de quatro anos, sendo permitida uma única reeleição consecutiva para o mesmo cargo. Ao serem eleitos, os bispos irão exercer os cargos para os quais foram designados, porém continuam em suas arqui(dioceses).

A cerimônia de posse da nova Presidência e dos presidentes das Comissões Episcopais ocorrerá na sexta-feira, 24, às 10h30, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho.