Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

A homilia deve ajudar a transferir a Palavra de Deus do livro para a vida

Na catequese da Audiência Geral, centrada no Espírito Santo, Francisco enfatizou que “a Igreja se alimenta da leitura espiritual da Sagrada Escritura, ou seja, da leitura feita sob a orientação do Espírito Santo que a inspirou”. Disse que é importante tirar, todos os dias, um tempo para ler e meditar as Escrituras. Aos sacerdotes, pediu para fazerem homilias curtas, não mais de oito minutos, pois depois desse tempo, a atenção se perde.

Na catequese da Audiência Geral, centrada no Espírito Santo, Francisco enfatizou que “a Igreja se alimenta da leitura espiritual da Sagrada Escritura, ou seja, da leitura feita sob a orientação do Espírito Santo que a inspirou”. Disse que é importante tirar, todos os dias, um tempo para ler e meditar as Escrituras. Aos sacerdotes, pediu para fazerem homilias curtas, não mais de oito minutos, pois depois desse tempo, a atenção se perde.

“O Espírito Santo guia a Igreja em direção a Cristo nossa esperança”, disse o Papa no início de sua catequese centrada na obra do Espírito Santo na revelação, “da qual a Sagrada Escritura é testemunho inspirado por Deus e estimado”. “É a doutrina da inspiração divina da Escritura, que proclamamos como artigo de fé no Credo, quando dizemos que o Espírito Santo ‘falou pelos profetas'”, disse ainda o Papa.

A Igreja alimenta-se da leitura espiritual da Sagrada Escritura

Segundo Francisco, “o Espírito Santo, que inspirou as Escrituras, é também Aquele que as explica e as torna perpetuamente vivas e ativas. De inspiradas, torna-as inspiradoras. O Espírito Santo continua, na Igreja, a ação de Jesus Ressuscitado que, depois da Páscoa, diz o Evangelho, ‘abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras'”.

“Pode acontecer, de fato, que uma determinada passagem da Escritura, que lemos muitas vezes sem nenhuma emoção especial, um dia a lemos num clima de fé e de oração, e então esse texto de repente se ilumina, nos fala, derrama luz sobre um problema que estamos vivendo, deixa clara a vontade de Deus para nós numa determinada situação.”

“A que se deve esta mudança, senão a uma iluminação do Espírito Santo?”, perguntou o Papa. “As palavras da Escritura, sob a ação do Espírito, tornam-se luminosas”, sublinhou.

A Igreja alimenta-se da leitura espiritual da Sagrada Escritura, ou seja, da leitura feita sob a orientação do Espírito Santo que a inspirou. No seu centro, como um farol que tudo ilumina, está o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, que cumpre o plano da salvação, realiza todas as figuras e profecias, revela todos os mistérios escondidos e oferece a verdadeira chave para a leitura da Bíblia inteira. A morte e ressurreição de Cristo é o farol que ilumina toda a Bíblia, ilumina também a nossa vida.

Ter sempre um Evangelho de bolso

“A Igreja, Esposa de Cristo, é a intérprete autorizada do texto inspirado. A Igreja é a mediadora do seu anúncio autêntico. É sua tarefa ajudar os fiéis e aqueles que buscam a verdade a interpretar corretamente os textos bíblicos”, disse ainda Francisco.

De acordo com o Papa, “uma forma de ler espiritualmente a Palavra de Deus é através da lectio divina. Ela consiste em dedicar algum tempo do dia à leitura pessoal e meditativa de uma passagem da Escritura”.

“E isso é muito importante: todos os dias tire um tempo para ouvir. Se tiver muito tempo: medite, leia uma passagem da Escritura. Por isso, recomendo: tenha sempre um Evangelho de bolso, leve-o na bolsa, no bolso. Assim, quando você estiver na rua ou quando estiver um pouco livre, pegue-o e leia. Isso é muito importante para a vida. Pegue um Evangelho de bolso e o leia uma, duas vezes ou mais durante o dia.”

Fazer uma homilia curta

“Contudo, a leitura espiritual da Escritura por excelência é a comunitária que se realiza na Liturgia. Ali vemos como um acontecimento ou ensinamento, dado no Antigo Testamento, encontra o seu pleno cumprimento no Evangelho de Cristo. A homilia deve ajudar a transferir a Palavra de Deus do livro para a vida”, disse ainda o Papa, acrescentando:

“Para isso, a homilia deve ser curta: uma imagem, um pensamento e um sentimento. A homilia não deve durar mais de oito minutos, porque depois desse tempo, a atenção se perde e as pessoas dormem, e têm razão. Uma homilia deve ser assim. Digo isso aos sacerdotes que falam muito e não se entende do que estão falando. Uma homilia curta: um pensamento, um sentimento e uma ação, como fazer. Não mais que oito minutos. Porque a homilia deve ajudar a transferir a Palavra de Deus do livro para a vida.”

“Entre as muitas palavras de Deus que ouvimos todos os dias na Missa ou na Liturgia das Horas, há sempre uma que nos é dirigida em particular. Acolhida no coração, pode alegrar o nosso dia e animar a nossa oração. Trata-se de não deixá-la cair no vazio”.

Francisco concluiu, dizendo que “como certas peças musicais, a Sagrada Escritura também tem uma nota de fundo que a acompanha do início ao fim, e esta nota é o amor de Deus”.

Final da Audiência Geral

Desde o primeiro dia a guerra é uma derrota, lutemos com força pela paz

No final da Audiência Geral, Francisco convidou novamente a não esquecer “a martirizada Ucrânia”, mas também a Palestina, Israel, Mianmar e os muitos países que estão em guerra. Lembrou que amanhã, quinta-feira, a Igreja celebra Santo Antônio de Pádua, pregador e protetor dos pobres e sofredores, pedindo para seguir seu exemplo, tornando-se “testemunhas críveis do Evangelho”.

Na saudação aos fiéis de língua italiana, no final da Audiência Geral desta quarta-feira (12/06), o Papa Francisco fez mais uma vez um apelo pela paz no mundo e convidou a não nos esquecer dos países que estão em guerra.

Não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia, não nos esqueçamos da Palestina, de Israel. Não nos esqueçamos de Mianmar e de muitos países que estão em guerra. Rezemos pela paz. Hoje, precisamos de paz. A guerra sempre, desde o primeiro dia, é uma derrota. Rezemos pela paz. Que o Senhor nos dê forças para lutar sempre pela paz.

Santo Antônio de Pádua e a Palavra que “sacia a mente”

O Papa recordou que amanhã, 13 de junho, a Igreja celebra Santo Antônio de Pádua, sacerdote e Doutor da Igreja, desejando que “o exemplo deste insigne pregador, protetor dos pobres e dos sofredores, suscite em todos o desejo de continuar no caminho da fé e imitar a sua vida, tornando-se assim testemunhas críveis do Evangelho”.

Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco disse que “Santo Antônio, que nasceu em Lisboa, nos diz: “Se você ler Jesus, Ele sacia sua mente”. O Pontífice encorajou cada um “a meditar a Sagrada Escritura. Nela, Jesus nos revigora e ilumina as nossas vidas”.


Mariangela Jaguraba – Vatican News