Kátia Sodré, especial para este site

Momentos de forte espiritualidade e partilha marcaram o retiro realizado esta semana pela Fraternidade Santo Antônio do Largo da Carioca (OFS), na Casa Betânia, casa de retiro localizada no Mosteiro Santa Clara, das irmãs clarissas, em Nova Iguaçu (RJ). Com o tema “Santa Clara de Assis e de hoje: caminho de unidade”, o retiro teve como pregador o assistente da fraternidade, Frei Vitório Mazzuco, OFM, que refletiu com os presentes sobre a vida de Santa Clara e a importância de se redescobrir o seu carisma e espiritualidade como verdadeiros mananciais para toda a Ordem Franciscana.

Chamada carinhosamente por São Francisco de “plantinha de Assis”, Santa Clara nasceu em Assis, em 1194. Aos 18 de março de 1212 fugiu de casa e se consagrou a Deus na Igre­jinha de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula. De 1212 até a sua morte, em 11 de agosto de 1253, viveu santamente no silên­cio e na clausura de São Damião.

Meditar e refletir sobre a vida de Santa Clara é reforçar a presença da mulher mística e santa que está presente e ainda nos inspira decorridos 800 anos da descoberta de sua vocação. Redescobrir a mensagem de Clara de Assis é voltar às origens do carisma franciscano e rememorar todos aqueles que ao longo da história da Ordem Franciscana seguiram o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo os passos de São Francisco e de Santa Clara de Assis.

Frei Vitório Mazzuco destacou que a luminosidade de Clara não está apenas em seu nome, mas se traduz por sua vida claríssima de virtudes e de amor fraterno. Clara foi uma mulher dos tempos medievais, e, na sua aventura espiritual, construiu novos caminhos e novas pontes para aproximar as pessoas em um contexto histórico em que as mulheres não eram valorizadas como pessoa humana.
Clara foi corajosa e determinada. Na oração buscou forças e consolo para se manter fiel ao Evangelho e à vocação que abraçara. Confiante na presença do Senhor defendeu os muros de São Damião e diante do perigo iminente de invasão dos sarracenos, expulsou-os milagrosamente ao erguer o cibório com a hóstia sagrada.

Os presentes ao retiro também puderam desfrutar do convívio fraterno com as irmãs clarissas e com a comunidade local durante a Santa Missa. O grupo ainda pode vivenciar momentos de silêncio interior, de contato com a natureza e de agradável partilha durante as refeições e momentos de lazer.

No segundo dia do retiro, frei Vitório refletiu com as irmãs clarissas e com os franciscanos seculares a importância de mantermos atados os nós que unem os diferentes ramos da Família Franciscana, vivendo, assim, a essência do carisma franciscano. Após a reflexão, foi distribuída uma lembrança pela passagem do retiro e em homenagem às clarissas os irmãos da OFS cantaram com muita alegria a música “San Damiano”. Os presentes também oraram pela saúde e pronto restabelecimento da madre Maria Conceição da Imaculada, OSC, abadessa do convento.
A Fraternidade Santo Antônio do Largo da Carioca louva e agradece ao Senhor por todo o apoio e hospitalidade que nos foram destinados durante o retiro pelas Irmãs de Santa Clara e pela equipe de cozinha coordenada pela irmã Rosa e por seu esposo Nivaldo. Agradecemos ao Frei Vitório Mazzuco, assistente espiritual da Fraternidade Santo Antônio, pelas pregações e reflexões apresentadas no retiro.

Agradecemos, por fim, a participação dos iniciantes e formandos, do irmão Erilson, fotógrafo da fraternidade, e a presença das irmãs Edite, da Fraternidade de Bragança Paulista (SP), Thereza Cristina, da Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis (RJ), Vera da Paróquia de Santa Luzia e São Raimundo Nonato, em Ramos (RJ), Wanda, irmã da fraternidade, que do alto de seus 80 anos, esbanjou vitalidade e participou ativamente de todos os momentos do retiro, e da pequena Letícia, de apenas 1 ano.

Louvamos ao Altíssimo e Bom Senhor pelas inúmeras graças alcançadas por intermédio de São Francisco, Santa Clara e de Santo Antônio e invocamos sobre os irmãos e colaboradores as copiosas e ricas bênçãos de Deus. Paz e Bem!