Solenidade de São Francisco retoma tradições centenárias e lota igreja do Convento Santo Antônio
06/10/2025

O Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (RJ) foi ponto de encontro e convergência para os diferentes ramos da Família Franciscana e também para outras famílias religiosas. A movimentação ocorreu por conta da celebração da Solenidade de São Francisco, no sábado, dia 4 de outubro, às 10h. A missa foi presidida pelo Guardião, Frei Walter Ferreira Junior, concelebrada pelos outros confrades da Fraternidade e contou também com a presença das Irmãs Clarissas do Mosteiro Santa Maria dos Anjos, da Gávea, de irmãos e irmãs da Ordem Franciscana Secular, especialmente das Fraternidades São Francisco da Penitência, Santo Antônio e Nossa Senhora da Paz. Fizeram-se presentes ainda os monges do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro e os frades dominicanos que atuam na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Leme. Fiéis, devotos, amigos e benfeitores do Convento também marcaram presença em grande número, de modo que a igreja conventual ficou lotada.
Concluído o canto de entrada, Frei Walter fez a acolhida de todos os presentes e convidou o Prior do Mosteiro de São Bento, Dom José Palmeiro Mendes, a tomar a palavra. Dom José, acompanhado por uma comitiva de monges, veio honrar uma tradição que marca a amizade entre beneditinos e franciscanos desde o tempo de Francisco. Tendo sido a pequena capela de Santa Maria dos Anjos, em Assis, a Porciúncula, considerada o berço do movimento franciscano, cedida pelo abade do Mosteiro do Monte Subásio a Francisco e seus frades, estes, como sinal de agradecimento, levavam anualmente, no dia de São Bento (11 de julho), uma cesta de peixes aos monges. Como retribuição, os frades ganhavam uma porção de azeite para manter acesa a lamparina do Santíssimo na capelinha. No Rio, esta tradição foi retomada há três anos. Desta forma, os monges ofereceram aos frades uma cesta contendo algumas garrafas de azeite. “Assim se fortalecem os laços de amizade de nossas duas comunidades religiosas, das mais antigas do Rio de Janeiro. Muito obrigado, caros irmãos franciscanos, por nos receberem! Com muito prazer vamos concelebrar esta santa missa, o que constitui outro sinal de comunhão entre o Mosteiro e o Convento”, destacou Dom José, antes de proceder à entrega do azeite.
Outra tradição cumprida foi o convite a um frade dominicano, filho de São Domingos, para proferir a homilia da missa solene. O convidado foi Frei Alexandre Francisco de Marchi Silveira, OP, superior da Comunidade dominicana do bairro do Leme e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Em sua reflexão, o pregador destacou diversos aspectos da personalidade e da vida de Francisco de Assis, entre eles o cultivo de um olhar contemplativo que o permitiu reconhecer a presença divina e louvar o Senhor a partir das pequenas coisas. Ressaltou ainda o trabalho em prol do diálogo e da paz, denominando-o como “Santo da Paz e do Bem”. “Francisco iluminou o seu tempo e é capaz também de iluminar a nossa história presente, mostrando-nos que é possível mudança de vida, é possível conversão”, frisou Frei Alexandre.

Outro fato mencionado durante a celebração foi o aniversário de 63 anos de ordenação presbiteral de Frei Anselmo Fracasso, comemorado no mesmo dia 4 de outubro. Frei Anselmo, que tem estado acamado por conta do uso de uma sonda urinária, participou de um trecho da celebração e recebeu o aplauso e o carinho do povo presente. Na oração da assembleia, uma dupla de crianças da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, da Rocinha, vestidas como Francisco e Clara, apresentou as preces em nome de toda a comunidade reunida. Logo após a bênção final, dada pelo Guardião com a relíquia de São Francisco, os convidados se reuniram para uma confraternização no refeitório do Convento, dando sequência à festa iniciada na Celebração Eucarística.
Equipe de Comunicação do Convento Santo Antônio




















