Na noite do dia 17 de setembro, os frades do Regional de Curitiba se reuniram na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões, no centro da capital paranaense, para celebrar, com a comunidade, os 800 anos da Impressão das Chagas de São Francisco de Assis.

A Santa Missa foi presidida por Frei Evaldo Ludwig, Coordenador do Regional, e concelebrada por Frei Mário José Knapik e Frei Heitor Cela. Também estavam presentes os frades das Fraternidades São Boaventura e Bom Jesus da Aldeia, de Campo Largo (PR), além da Fraternidade local.

Em sua homilia, Frei Evaldo salientou que Jesus Cristo é o principal motivo da celebração desta grande festa, pois foi por amor a Ele que São Francisco entregou a sua vida, recebendo as marcas do crucificado e tomando a sua própria cruz no seguimento dos passos do Mestre. “Jesus Cristo, o Filho de Deus, sentiu na própria carne, na cruz, o sofrimento do abandono. Nunca na história da humanidade o silêncio de Deus falou tão alto”, disse o frade fazendo uma comparação com o Santo Seráfico.

“No Alverne, São Francisco sentiu-se abandonado, quando vivia a sua pior crise. Foi ali que aconteceu o abraço entre o Serafim Crucificado e o Pobre de Assis, nesse abraço, recebeu a impressão das Chagas em seu corpo. Um abraço que, para a grande maioria de nós, não é agradável, porque ele assumiu o desafio de tomar a sua cruz”. De acordo com o frade, naquele momento São Francisco começou a seguir sua regra de vida. “A Regra e a Vida dos Frades Menores é esta: Viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”, afirmou.

A reflexão de Frei Evaldo ainda contemplou os chagados da contemporaneidade, os excluídos. “Quantas pessoas recebem ainda as chagas de Jesus Cristo com um tiro no peito? Com a marca da morte por instrumentos e armas? Por defenderem a obra da criação como São Francisco?” Ele concluiu: “As chagas de Jesus Cristo não são para aqueles que apenas oram, mas para aqueles que colocam o Evangelho em prática!”.

Após a celebração Eucarística, os frades se reuniram para uma noite festiva para celebrar a data. Que possamos, a exemplo de São Francisco de Assis, carregar a nossa cruz com vigor, seguindo os passos de Jesus Cristo.

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Frei Gilberto Silveira da Costa Junior