3° dia: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”
29/05/2017
Vila Velha (ES) – “Passou a escuridão e o Sol triunfou”, era o canto entoado pela igreja iniciando a celebração do terceiro da novena de Pentecostes. A missa do terceiro dia, celebrada às 19 horas, teve como presidente Frei Germano Guesser. Frei Germano é o atual pároco e guardião da Fraternidade Franciscana junto a Paróquia Santo Antônio do Pari, na capital paulista.
Nesse domingo, em que mundialmente se celebra o Dia das Comunicações Sociais, motivados pelo mistério da Ascensão, a comunidade reunida celebrava recordando a Palavra de Cristo: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”.
Saudando a comunidade e, em seguida acolhendo o presidente da celebração, Frei Djalmo deu valor a presença de Frei Germano, recordando que esse confrade já havia sido marcado pelo povo capixaba, nos anos de 93 e 94, quando atuou na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, durante seus dois primeiros anos de ministério ordenado. Mesmo próximo das festividades de Santo Antônio, Frei Germano deu-nos a graça de sua pessoa nesse momento tão profundo de nossa comunidade.
Dentro das propostas de cada dia da Novena, encontra-se uma prece especial. Hoje, nossos olhares e orações estão voltadas aos nossos avós. A comunidade recordava nessa noite todos os avós, vivos e falecidos. Os avós, em dias atuais, assumem a grande responsabilidade de educar os seus netos, dada a realidade de seus filhos, disse a comentarista, reconhecendo a grande importância dos avós nesse processo. E nessa procissão entrou a terceira vela de Pentecostes. Esta chama estava nas mãos de um casal de avós, acompanhados de seus respectivos netos.
Dando seguimento a celebração, a comunidade reunida foi convidada para que no ato penitencial, relembrasse todo o sofrimento que os homens e mulheres ainda são capazes de cometer contra as pessoas idosas.
Dentro da liturgia deste domingo, em que a Igreja reúne-se em torno do mistério da Ascensão, Frei Germano recordou São Bernadino de Sena, dizendo: “uma fala deve ser boa, breve e clara”, falando de si e propondo uma reflexão nestes termos. E assim seguiu sua homilia. “O anúncio do Evangelho é missão nossa”, afirmou, recordado o “ide e fazei discípulos todos os povos”, dito por Jesus. Uma missão, conforme Frei Germano, dada por Jesus aos seus antes de terminar sua missão terrestre. A missão do cristão tem como ponto de partida a Galileia, lugar onde os discípulos viram Jesus aliviando os diversos sofrimentos do povo. Os discípulos darão sequência ao que Jesus iniciou, recordou o pregador. Os discípulos continuam a missão iniciada por Ele, não somente com uma doutrina, mais do que isso, uma missão de “aliviar os sofrimentos”, como fez Jesus.
“A missão dada tem a garantia do amparo de Cristo. ‘Eis que estou convosco até o fim dos tempos’. Jesus continua conosco. Sua Ascensão não é um simples rompimento, um afastamento, e sim um novo estado de sua presença. O convívio será outro, certamente, mas sua presença será marcada por sinais. Pela ação e pela força do Espírito Santo. Até os dias de hoje, a presença de Cristo é garantida pela força que vem do alto, do Espírito Santo. A vida da comunidade deve ser marcada por essa força”, exortou o pregador.
Falando do mistério da Ascensão, disse ainda: “A Ascensão de Cristo é nossa participação na glória, na divindade. Céu é o lugar onde se experimenta o amor de Deus. Não é um lugar físico, mas uma experiência. Só conhecendo e desfrutando o mistério que há em Cristo, que experimentaremos a divindade de Deus. O fim da humanidade não é o cemitério, o túmulo. Mas o próprio Deus. Ele é nosso ponto final”.
A respeito da prece feita aos avós, Frei Germano recordou as palavras do Papa Francisco, quando disse: “o povo que não respeita os avós é um povo sem memória”. Ressaltou ainda o papel dos avós na educação dos seus netos. Bem-aventuradas as famílias que têm os avós por perto, pois por meio deles a transmissão da fé se faz como que uma herança recebida.
Os frades que ali se encontravam invocaram uma bênção especial aos avós, por intercessão de Sant’Ana e São Joaquim.
Houve um momento marcante após o Rito Eucarístico. O comentarista que animava a liturgia antecipou esse momento dizendo: “O Espírito Santo espalhou o seu fogo abrasador em meio aos discípulos. Hoje, Jesus marca um encontro com cada um de nós. E é a partir desse encontro que temos força para anunciar a Boa Nova”. Alguns jovens, todos eles caracterizados com um personagem, representaram as pessoas marginalizadas de nossa sociedade. Neste momento, a assembleia relembrou a força do Espírito Santo e o que se é possível realizar quando se é movido pelo Espírito Santo. Neste sentido, os jovens, dentro de um espaço de tempo, montaram uma grande frase, que trazia uma fala do Papa Francisco: “Não quero uma Igreja tranquila, quero uma Igreja missionária”.
Ao agradecer Frei Germano, a comunidade o presenteou com uma boa garrafa de vinho. Frei Djalmo, muito grato e feliz pelo andamento da festa, tanto nas celebrações como nos festejos, convidou o povo para o próximo dia da Novena. Usando a palavra, fez propaganda das geleias de cajá, valorizando o serviço de Frei Clarêncio, que todos os dias pela manhã, antes mesmo das celebrações, as colhe do chão.
Prestes a concluir esse terceiro dia da Novena, Frei Djalmo apresentou parcialmente a Pastoral da Comunicação (PASCOM) da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Uma pastoral que aos poucos está nascendo e que dentre alguns dias se firmará e se consolidará por inteiro, porém, já estão atuando dentro das possibilidades.
Frei Nazareno invocou a bênção sobre as medalhas e, aproveitando o momento, fez um convite vocacional aos jovens. Nessa festa, Frei Nazareno preparou um espaço vocacional onde os jovens poderão conhecer um pouco mais da vida franciscana e quem sabe começar uma experiência como religioso franciscano.
Após a bela celebração, o povo alegre seguiu para a tradicional quermesse. Assim encerrou o terceiro dia da Novena de Pentecostes.
“A Ascensão de Cristo já é nossa vitória e nossa esperança” (Oração do dia).
PASCOM, Paróquia do Rosário