Ordenação Presbiteral de Frei Robson Luiz Scudela
Ordenação
Dom Odelir: “Frei Robson, não perca nunca o desejo de buscar esse encontro com Deus”
Moacir Beggo
Coronel Freitas (SC) – Tendo como inspiração o Evangelho de Zaqueu, próprio para a liturgia deste domingo, Frei Robson Luiz Scudela foi ordenado presbítero pelas mãos do bispo diocesano de Chapecó, Dom Odelir José Magri, MCCJ, durante Celebração Eucarística, às 18 horas deste sábado (29/10), na Igreja Matriz de Coronel Freitas (SC), no Oeste Catarinense. Segundo o bispo, quando nós manifestamos o desejo de encontrar Deus, é ele que vem ao nosso encontro e entra na nossa vida, na nossa casa. “Queria dizer para o Frei Robson o quanto é fundamental para a vida do sacerdote alimentar esse desejo. Alimente sempre! Não perca nunca esse desejo de buscar esse encontro com Deus. De querer ser um sacerdote o mais possível, como diz Jeremias, segundo o coração de Deus”, ensinou.
Numa tarde mais parecida com o tempo de inverno, fria e um belo céu azul, a Matriz lotou para ver esse momento histórico na vida de Frei Robson. A celebração, que durou duas horas, foi sóbria e carregada de emoção e alegria. Era visível isso nos rostos dos conterrâneos, familiares, confrades e amigos, especialmente no momento em que o neo-sacerdote não segurou as lágrimas ao pedir para seus pais, Luiz e Maria, desamarrarem suas mãos logo depois de serem ungidas pelo bispo. Logo depois, com as mãos livres, deu a primeira bênção como sacerdote aos pais. Outro momento marcante foi a vestição, quando o jovem frade, auxiliado por Frei Diego Melo e o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, vestiu os paramentos próprios do presbítero e recebeu uma salva de palmas.
Após a Ladainha de Todos os Santos, quando Frei Robson se prostrou no chão por um longo período, no momento da imposição das mãos pelo bispo e pelos padres, um silêncio orante tomou conta de toda a igreja. A impressão era de que todos estavam concentrados, em prece a Deus, pedindo pela vida e missão do ordenando.
Na homilia, Dom Odelir explicou que Frei Robson, ordenado presbítero, assim como todos sacerdotes, participam do único e verdadeiro sacerdócio de Jesus Cristo. “Ele é o único sacerdote. O verdadeiro sacerdote. Nós, que somos ordenados no decorrer da história, participamos do sacerdócio Dele. Por isso, é um Sacramento extraordinário. Se nós olharmos a nossa realidade, as nossas fragilidades humanas, a nossa pequenez, nós veremos que não somos dignos desse Ministério, mas como São Paulo, podemos dizer ‘somos como vasos de argila porque carregamos em nós esse mistério tão grande’”, acrescentou o bispo.
O bispo pediu para Frei Robson explicar por que ele escolheu esse lema: “Desce depressa, Zaqueu, hoje eu devo ficar na tua casa”. “Acredito que muitas vezes esse convite é feito a nós. É importante descer e encontrar aqueles que estão lá embaixo nos esperando. Francisco de Assis, com certeza, fez isso na experiência do leproso. Desceu e foi depressa encontrá-lo”, explicou Frei Robson.
O bispo, então, lembrou que neste Ano da Misericórdia, esse texto evangélico mostra que Zaqueu viveu, nesse encontro com Jesus, a experiência de misericórdia. “Uma experiência de graça de Deus, de perdão. Foi justamente esse homem que tinha sua realidade como cobrador de impostos, com seus limites, e que sabia que estava em situação de pecado, que tinha dentro do seu coração um desejo: Ele queria ver Jesus. Esse desejo é sempre o ponto de partida. Quando nós queremos alguma coisa, quando nós temos alguma coisa no coração, nós corremos atrás. Não corremos? Essa experiência da fé é o ponto de partida: querer, desejar. Por isso, Zaqueu vai lá na frente, sobe na árvore e quando ele concretiza esse desejo de ver Jesus, é Jesus que vem ao seu encontro e diz: ‘Desce depressa, porque hoje eu devo ficar na sua casa’. Jesus não xingou Zaqueu, não lhe cobrou de nada. Só por este gesto de misericórdia, transformou o coração de Zaqueu. E Jesus vai dizer essa frase linda: ‘Hoje, a salvação entrou nessa casa’”, lembrou.
“Se você buscar Deus, com certeza Deus vai fazer de você um instrumento de graça. Para o seu povo, para Igreja. Mas será que é fácil ser padre hoje? Será que é fácil ser pai de família? Será que é fácil ser religioso? Será que é fácil ser cristão hoje? Nós sabemos que não é fácil, mas é possível, com a graça de Deus. Por isso, nós nunca podemos deixar de buscar Deus. Fazendo isso, podemos testemunhar a nossa fé”, ensinou o bispo, lembrando que essa escolha é mais radical no religioso que faz os votos perpétuos, como Frei Robson, que é religioso franciscano.
O bispo terminou com um belo poema de D. Hélder Câmara, que pediu para o neo-sacerdote tomar como alento no seu ministério:
Não, não pares. É graça divina começar bem.
Graça maior, persistir na caminhada certa.
E manter o ritmo…
Mas graça das graças é não desistir.
Podendo ou não podendo,
caindo, embora, aos pedaços,
chegar até o fim..
Além do Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, muitos outros frades estiveram presentes, dos mais diversos regionais da Província. Também vieram partilhar da alegria de Frei Robson paroquianos e amigos das diferentes comunidades da região e do território da Província.
Nos agradecimentos, Frei Robson, louvou a Deus pelo dom da vida e da vocação, agradeceu à família, à Província Franciscana e à Igreja, que acabara de acolhê-lo na Ordem dos Presbíteros. Frei Fidêncio falou em nome da Província, trazendo à lembrança o carinho de sua irmã Cristina, que não pôde comparecer à celebração por estar em São Paulo por motivo de saúde. Lembrou uma frase dela: “Tenho certeza que meu irmão será um bom sacerdote”.
Frei Robson celebra sua primeira Missa neste domingo, às 10 horas, em sua comunidade natal, Fernando Machado, em Cordilheira Alta, SC. A festa promete ser grande, no banquete eucarístico, razão de ser e finalidade do ministério sacerdotal e também na confraternização entre todos os presentes.
Primeira Missa
O belo dia das Primícias de Frei Robson
Moacir Beggo
Fernando Machado (SC) – O domingo, 30 de outubro, amanheceu com um sol radiante, céu azul e um clima agradável. Tudo colaborou para que a celebração da Primeira Missa de Frei Robson Luiz Scudela fosse um momento envolvente e marcante na pequena Comunidade de Fernando Machado (SC). De fato, ao chegar à capela da Padroeira Santana, notava-se a alegria e a vibração dos fiéis, amigos e confrades que lá estavam. A Missa iniciou-se às 10 horas e transcorreu num clima de bastante tranquilidade.
No início da celebração, Frei Diego Melo recordou alguns momentos importantes da vida do neo-sacerdote nesta Comunidade, apresentando alguns objetos que foram guardados pela família, como a roupinha que Frei Robson usou no dia de seu batismo; a foto da família; e o carrinho de madeira, feito pelo seu nono, que o pequeno Robson usava para brincar na sua simplicidade, e a vela da profissão solene. “Na infância pura e simples da cidade do interior, Frei Robson foi descobrindo o chamado de Deus”, explicou Frei Diego.
Como de praxe na Província da Imaculada Conceição, foi escolhido um pregador para a ocasião. Frei Pedro da Silva, amigo e confrade de Frei Robson, foi quem proferiu a homilia. Partindo das leituras do domingo, especialmente do Evangelho de Zaqueu, Frei Pedro situou esse momento histórico na vida de Frei Robson com o encerramento do mês missionário, com o encerramento do Ano Santo Jubilar, com o início do Ano Mariano.
“Celebras essa primeira Missa aos pés da Mãe Padroeira Santana. Diz um pensamento que cada vocação vem do coração de Deus, mas passa pelo coração de mãe. E através desse coração de mãe que você é entregue para Igreja e para o serviço do reino de Deus.
“Celebras sua primeira Missa neste final de mês missionário. Um coração missionário é um ser que almeja ir longe, segundo o convite do Senhor. Você fez essa experiência em Angola e de lá trouxe com certeza muitas lições. Mas um coração missionário começa também por abraçar quem está perto. É ali que acontece a missão de cada dia. Dom Odelir disse uma frase que me tocou muito quando ele assumiu seu ministério nesta Diocese. ‘A missão é feita pelos pés dos que partem; a missão é feita pelos joelhos dos que rezam; a missão é feita pelas mãos que sabem servir o seu semelhante’.
“Celebras sua Missa hoje no início do Mês Mariano no Brasil. 300 anos do encontro da imagem de nossa Mãe Aparecida. Dela recordamos como a cheia de graça. E se tornou muito sensível ao seu povo, aos seus irmãos e partiu em missão. Porque quem é de Deus é muito sensível ao povo de Deus. Seja uma pessoa de Deus e por isso uma pessoa muito sensível ao coração do seu povo.
“Celebras a tua primeira Missa já no final do Ano Santo Jubilar da Misericórdia. Deverás ser um sinal da Misericórdia de Deus”.
Frei Pedro também falou como deve ser a missão de um sacerdote:
“O sacerdote deve ser um homem com os olhos voltados para o alto. O sacerdote voltado para o alto deverá lembrar que a sua missão vem da força de Deus. Ele é a razão e o sentido de sua missão.
“O Sacerdote deve ser um homem do povo, que é capaz de descer às profundezas do coração de seus irmãos e de suas irmãs. Assim como fez Jesus. Profundamente misericordioso e sensível às necessidades de seus irmãos e dos seus semelhantes.
“O sacerdote deve ser um Pastor. Cercado de muitas fraquezas e por isso mesmo capaz de compadecer das fraquezas de seus irmãos e das suas irmãs. Deverá ser, sobretudo, aquele que ensina, mas está ciente de que sempre deverá estar aprendendo.
“O Sacerdote deverá ser aquele que fala, mas mais do que falar, deverá saber escutar. Sendo aquele que evangeliza, mas, sobretudo, deixando-se evangelizar.
“O sacerdote deverá ser um pastor que esteja sempre no meio do seu povo, para que apareça sempre a figura de Cristo, o Bom Pastor da humanidade”, ensinou.
No final, lembrou o carinho com que São Francisco tinha pelos sacerdotes e citou um texto inspirador do santo: “Considerai a vossa dignidade, irmãos sacerdotes, e sede santos, porque Ele é santo (cf. Lv 19,2). E assim como o Senhor Deus vos honrou acima de todos por causa deste ministério, de igual modo também vós amai-o, reverenciai-o e honrai-o acima de todos. Grande miséria e fraqueza digna de comiseração, quando o tendes assim presente e vos preocupais com qualquer outra coisa em todo o mundo. Pasme o homem todo, estremeça o mundo inteiro, e exulte o céu, quando sobre o altar, nas mãos do sacerdote, está o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
No final da celebração, Frei Alcides Cella e um grupo de casais explicaram o trabalho vocacional que é feito na Paróquia de Coronel Freitas. O coordenador da comunidade, Evandro, agradeceu a todos pela presença e pelo envolvimento da comunidade na ordenação presbiteral.
Frei Robson voltou a agradecer a comunidade, a família, a Província, especialmente aos formadores. “A cada um que se fez presente e que tem uma história para estar aqui. E não é fácil sair de casa, largar todas as coisas que se tem para fazer, para estar aqui. Eu imagino o sacrifício de comunidades vizinhas e distantes que fizeram para participarem deste momento. Que bom podermos celebrar juntos! Deus vos recompense e não se esqueçam de mim em vossas orações. Repito aquilo que disse ontem à noite: ‘Sejam vocês os primeiros a me mostrarem o caminho, sejam os primeiros a me chamarem a atenção quando for necessário, sejam vocês os primeiros a comunicarem Deus através de vossas vidas. Muito obrigado’”, completou.
Frei Robson Scudela exerce seu trabalho evangelizador no Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga, de onde vieram dois ônibus para participar de sua festa.
Entrevista
“Este é o caminho pelo qual Ele deseja que eu O encontre”
No dia 29 de outubro, na Igreja Matriz São José, de Coronel Freitas (SC), Frei Robson Luiz Scudela será ordenado presbítero pelo bispo diocesano de Chapecó, Dom Odelir José Magri, MCCJ, durante Celebração Eucarística, às 18 horas, liturgia que revela um pouco dos passos e da vida do futuro sacerdote franciscano, como ele mesmo aponta. Zaqueu, mesmo diante de inúmeras dificuldades, como sua posição social, sua estatura, sua realidade de pecador, ouve a voz do Senhor que lhe diz: “Desce depressa, hoje eu devo ficar na tua casa” (Lc 19,5) e, superando tudo que o afastava do Senhor, fica “de pé” e se compromete com Ele. No domingo, dia 30 de outubro, às 10 horas, na Comunidade de Fernando Machado, em Cordilheira Alta, SC, Frei Robson vai celebrar a Primeira Missa, que terá como pregador Frei Pedro da Silva.
Frei Robson ingressou no Seminário de Agudos em 2002 e fez o Postulantado em Guaratinguetá em 2005. Vestiu o hábito franciscano em Rodeio (2006) e cursou Filosofia até 2009, quando embarcou para Angola, onde fez um estágio Missionário, de 2010 a 2011. No retorno ao Brasil, cursou Teologia e hoje reside no Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga. Acompanhe a entrevista concedida a Moacir Beggo.
Site Franciscanos – Fale um pouco de suas origens, sua família e sua terra.
Frei Robson Scudela – Terceiro e último filho de um casal agricultor, Luiz e Maria Luiza Scudela. Fui educado juntamente com meu irmão e minha irmã no interior de Cordilheira Alta, SC. Nasci no dia 27 de outubro de 1986, no mesmo dia em que os líderes de diferentes religiões se reuniam pela primeira vez em Assis para rezarem pela paz, conhecido como o Espírito de Assis. Com meus pais e irmãos, aprendi o valor da família e o quanto é necessário lutar através do cuidado e do trabalho para mantê-la unida e, mesmo nas dificuldades do dia a dia, experimentar já aqui o Grande Amor, Deus (claro que na época não tinha consciência disso, somente hoje, olhando para trás, não consigo imaginar algo diferente: família, lugar que Deus escolheu para estar presente e poder ser experimentado tão carnalmente). Vivíamos em uma realidade católica própria de interior: “Muita reza e pouco padre”. O terço era frequente: minha vó sempre tinha um motivo para convocar a todos para rezá-lo.
Site Franciscanos – Como se deu o seu discernimento vocacional?
Frei Robson – Foi Deus, nas suas “travessuras”. Com um jeito calmo e paciente, Ele me conduziu por este caminho. Surpreendeu-me e me surpreende ainda muito o fato de como as coisas ocorreram: simples, ordinárias, mas que me convenceram que este é o caminho pelo qual Ele deseja que eu O encontre. Hoje, a comunidade confia-me esta missão de servi-la através da ordenação presbiteral, e eu aceitei porque antes pude encontrar um amparo para minha humanidade: o modo franciscano de viver. Tenho uma reserva dentro de mim que sempre me repete: “Se você não fosse frei franciscano, faltariam algumas condições para assumir esta missão de servir ao povo como presbítero”.
Site Franciscanos – Por que escolheu a vida religiosa franciscana?
Frei Robson – Antes de entrar no seminário vi um filme: “Irmão Sol e Irmã Lua”. Gostei. Achei interessante a vida de Francisco, mas nem sabia que existiam os franciscanos. Somente sabia que na paróquia onde morava havia padres. Sempre me surpreendia o que falavam deles e o quanto se esforçavam para estar presente na comunidade pelo menos duas vezes por ano. Também me impressionava quando minha vó contava as histórias dos padres de capuz (franciscanos) que vinham a cavalo visitar os doentes quando estavam já sem força. E um dia, quando eu tinha doze anos de idade, falei que queria ser como esses homens. Falei num momento muito simples e informal. E deste chão sagrado alguém ouviu (minha prima) e levou o fato ao frei da paróquia. Nem um mês depois, Frei José Clemente Schafaschek, que passava pela comunidade de meus pais, pediu para falar comigo. Fui até ele. Naquele dia eu estava tão assustado que apenas consegui falar meu nome e acrescentar que queria ser como eles, os “padres de capuz” que minha vó falava. Disse-me que era para passar na casa paroquial. Tivemos mais uma conversa e ele me encaminhou para o seminário e aí fui conhecendo o que é ser franciscano.
Site Franciscanos – Quem é o Frei Robson?
Frei Robson– A primeira resposta que vem para esta pergunta é aquela que os outros dão. E como seria fácil repeti-la aqui. Agora, dizer quem sou… não é fácil. O escritor russo Dostoiévski bem disse: “Eu corava diante de mim mesmo! Fazia-me juiz de mim mesmo e… meu Deus! que se passava em minha alma?”. Mas mesmo assim acredito ser necessário que eu diga pelo menos como me vejo: tímido e um pouco reservado, mas com necessidade de ter irmãos com os quais eu possa caminhar. Carrego comigo o gosto pelo trabalho prático aprendido com meu pai e o gosto do cuidado pelas coisas aprendido com minha mãe. Reflito interiormente aquilo que vejo, penso e sinto. Gosto de viajar no mundo dos livros, das palavras e da escrita, embora nunca tenha me destacado por isso.
Site Franciscanos – Que expectativas você tem para o seu ministério presbiteral?
Frei Robson – O Evangelho proposto pela Liturgia no final da semana da ordenação ajuda-me a responder: Zaqueu, mesmo diante de inúmeras dificuldades, sua posição social, sua estatura, sua realidade de pecador, ouve a voz do Senhor que lhe diz: “Desce depressa, hoje eu devo ficar na tua casa” (Lc 19,5) e, superando tudo que o afastava do Senhor fica “de pé” e se compromete com Ele. Quando aceitei assumir este ministério, confiado por Deus e autorizado pelo Seu povo, pensei comigo: no modo franciscano é-me possível. A expectativa que carrego comigo é a de ser fiel. Conhecendo-me, sou amparado pela certeza de que será o próprio Deus e o povo que me autorizou que mostrarão como devo agir.
Site Franciscanos – Deixe uma mensagem para os jovens que querem seguir a vida religiosa franciscana.
Frei Robson – Sempre digo: se Deus fez isso comigo, pode fazer muito mais você! Penso que a mensagem que poderia deixar é a mesma proposta por Jesus: de deixar tudo para segui-Lo. Temos sonhos, isso é certo. Até imaginamos muitos modos de realizá-los. Tenho, todavia, uma preocupação com esses nossos sonhos: são eles nossos ou apenas resultado da sociedade em que vivemos, do descartável, do imediatismo… Também partilho com esses jovens que desejam seguir esta vida uma certeza que experimento no dia a dia da vida franciscana: na missão que Deus confia a cada um de nós, quando nos falta algo pessoalmente, a fraternidade complementa; quando nos falta algo em fraternidade, a Graça de Deus dá continuidade à missão.