Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Meditação diária

dezembro/2025

  • A paz que nasce do não julgar

    O julgamento não nos proporciona serenidade alguma. Pois, enquanto julgamos os outros, experimentamos inconscientemente que nós também não somos perfeitos. Assim, a renúncia a querer julgar os outros ou condená-los é um caminho para a paz interior conosco mesmos. Deixar que os outros sejam simplesmente como são é também um modo possível de sermos mais nós mesmos.

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • Silêncio que revela a verdade interior

    O julgamento dos outros nos torna cegos para as nossas próprias falhas. Calar em relação aos outros nos proporciona um autoconhecimento mais lúcido e faz com que paremos de projetar as nossas falhas sobre eles. 

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • Rezar em vez de julgar

    Talvez pensemos que falamos sobre o outro por estarmos preocupados com sua salvação. Na realidade, porém, só fazemos barulho sobre os pecados deles. Em vez disso, melhor seria rezar por ele e experimentar, por meio da oração, que todos somos tentados e que ninguém de nós pode garantir que poderá livrar-se dos seus defeitos.

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • O calar que impede a crítica constante

    O calar é também o caminho para libertar-se do perigo de constantemente criticar e julgar o outro. Corremos sempre o perigo de avaliar, apreciar e criticar a todo ser humano que encontramos. O calar impede de julgar e nos leva a confrontar-nos sempre de novo conosco mesmos. Ele cria uma barreira e inibe que projetemos nossos lados sombrios sobre o outro.

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • Silenciar para ver sem preconceitos

    Muitas vezes, faz-se necessário o exercício consciente do calar a fim de que também o coração possa calar. Muitas vezes, precisamos proibir-nos expressamente de falar sobre o outro a fim de podermos vê-lo sem preconceitos.

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • O julgamento revela mais sobre nós

    Quem julga os outros ainda não aprendeu a conhecer-se realmente. Hoje em dia, existem muitos movimentos piedosos que vivem às custas dos outros. Eles se definem à medida que ficam rebaixando e ultrajando os outros. Quando alguém tem necessidade de amaldiçoar os homens por seguirem um outro caminho espiritual, isso será sempre um sinal de que seu próprio caminho não é o correto.

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • Calar para unir-se a Deus

    A meta do calar é unir-nos com Deus, é estar de tal modo abertos para que ele possa preencher nossos pensamentos e sentimentos, que possamos experimentá-lo no fundo de nosso coração, que possamos presenciá-lo como a fonte de nossa interioridade, como fonte que, por ser divina, jamais se esgota.

    (GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos Padres do Deserto para hoje. Petrópolis: Vozes, (2014))

  • Salvação e autorrealização

    Não há contradição alguma entre a auto finalidade própria da pessoa e a vivência da salvação oferecida por Deus Ágape. A aceitação do Amor, que é Deus, nunca instrumentaliza o ser humano. Pelo contrário, esta aceitação constitui a mais profunda autorrealização do mesmo. O fim último do homem, a salvação, e a sua plena autorrealização se identificam.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • Espírito, corpo e o mundo verdadeiro

    Só pelo espírito é que o ser humano é humano. É pelo espírito que o ser humano pertence ao mundo das ideias, ao mundo perfeito, eterno, divino, universal etc., quer dizer, pertence ao mundo verdadeiro. A libertação da individualização causada pelo corpo é vista como necessária para que o espírito retorne à universalidade que lhe é própria.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • Primeiro passo do encontro humano

    O primeiro passo consiste em aprender a olhar a outra pessoa de maneira humana e a permitir que ela me olhe também humanamente, consiste em se olhar mutuamente nos olhos, “ver” e “ser visto” humanamente.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • Dignidade cristã: identidade e serviço

    No cristianismo, a afirmação do ser humano é defendida com toda força, dado o caráter pessoal de cada indivíduo, cada um criado à imagem de Deus, único e irrepetível. Cada ser humano, pessoa única, tem uma dignidade incomensurável. Cada ser humano, vimos, é chamado a ser ele mesmo, fiel à própria identidade profunda. O “eu sou” cristão, a autoafirmação do cristão, é uma necessidade básica da realidade de ser pessoa. A autoafirmação, mostra-nos Jesus, passa pelo serviço aos outros, especialmente aos mais desprezados e abandonados.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • Dignidade humana: compromisso social e justiça

    A defesa e a promoção da dignidade da pessoa humana comporta tanto o compromisso no nível do indivíduo ou do pequeno grupo, mas, igualmente, o compromisso no âmbito macrossocial em favor da justiça e da solidariedade e contra situações e estruturas que destroem ou impedem o desenvolvimento dessa dignidade.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • Aceitação de Deus e transcendência

    A pessoa pode aceitar Deus como Deus, na sua transcendência, superando a tentação de manipulá-lo a serviço dos próprios interesses e necessidades. Pode aceitar Deus que irrompe na vida humana, frequentemente, de maneira desconcertante e imprevisível. Certamente, no encontro com Deus, o ser humano pode encontrar respostas aos seus problemas, só que se trata de respostas dadas conforme os critérios de Deus.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • Liberdade para amar e relacionar-se

    A libertação do homem e da mulher tem como objetivo viver a liberdade não de maneira orgulhosa e arrogante, mas a liberdade para amar, para se relacionar de maneira fecunda e dialógica com Deus, com os outros seres humanos e consigo próprio bem como para viver um relacionamento responsável em face do meio ambiente. Quer dizer, trata-se da liberdade para desenvolver as relações básicas constitutivas da humanização integral, conforme o projeto de Deus.

    (GARCÍA RUBIO, Alfonso. Antropologia teológica: Salvação cristã: salvos de quê e para quê? Petrópolis: Vozes, 2019)

  • A cruz e a cura da criança interior

    Já que Cristo nos abraça na cruz, nós abraçamos juntamente com Ele a criança ferida dentro de nós: a criança abandonada, negligenciada, ignorada, envergonhada, incompreendida e rejeitada.

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

  • Deus além das projeções infantis

    Existem pessoas que projetam seus desejos sobre Deus. Então se decepcionam quando Deus não se manifesta como o pai amoroso ou a mãe compreensível, mas como um Deus misterioso que não conseguimos compreender e que, muitas vezes, parece estar ausente. Mas Ele é mais do que a projeção de desejos infantis: é aquele que, desde os primórdios, tem ocupado a mente de todos os filósofos e pensadores.

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

  • Deus como o divino que a tudo conecta

    Não podemos falar do ser humano sem falar desse mistério que existe em nós e do qual sempre procuramos nos aproximar. Não podemos falar do divino em nós sem pensar no divino que impregna todo o cosmos. Deus é a energia misteriosa que provocou o big bang e o devir do cosmos, que impulsiona o surgimento da vida, a evolução e a história, e que conecta tudo a tudo.

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

  • Deus e a singularidade humana

    O desejo de experimentar Deus como pessoa, de ter um encontro pessoal com Ele está dentro de nós. Não é um sinal de infantilismo, mas corresponde à nossa natureza como seres humanos. A imagem dele sempre corresponde também à autoimagem. Experimentar Deus como pessoa é também a condição para experimentar a si mesmo como pessoa. Aquele que falar apenas do divino corre o risco de ignorar sua própria existência como pessoa. Ele se sente um com tudo, mas esquece que ele é, também, uma pessoa singular. E justamente como pessoa está em seu próprio direito é que também posso entrar em um relacionamento com outras pessoas, posso me sentir um com a natureza e experimentar a união com Deus. Não se trata, porém, de uma fusão com Deus, mas de uma união como unidade.

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

  • Sentir Deus é sentir a si mesmo

    Somente consegue sentir a presença de Deus quem também é capaz de sentir a natureza ou aquele que, como dizem os budistas, têm empatia por tudo o que é: pelas pedras, plantas, animais e pessoas. Quem não tiver um relacionamento consigo mesmo e com a natureza também perde o relacionamento com Deus; ele não consegue sentir a presença de Deus, e Deus se torna um estranho para ele. Portanto, o primeiro passo para voltar a sentir a presença de Deus é aprender a sentir a si mesmos. A nos encarar com honestidade e percebermos como realmente somos. 

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

  • Autoconhecimento como passo para o divino

    O primeiro passo para voltar a sentir a presença de Deus é aprender a sentir a si mesmo. Procuro sentir minha respiração, permitir que ela me conduza até o fundo da minha alma. Fico atento aos impulsos internos da minha alma, que me ajudam a transcender a mim mesmo e ao cotidiano.

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

  • O chamado à responsabilidade

    Não vivemos sem laços, sem responsabilidades, abandonados. Estamos ligados a Deus e somos responsáveis perante Ele; respondemos com nossa existência humana ao seu chamado. Hoje, porém, responsabilidade também significa assumir a responsabilidade por todo o cosmos. 

    (BOFF, Leonardo; GRÜN, Anselm. O Divino em nós. Vozes Nobilis, 2017)

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