Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Santos Timóteo e Tito – festa

  • Primeira Leitura
  • Salmo Responsorial
  • Evangelho
  • Sabor da Palavra

 2 Timóteo 1,1-8

Início da segunda carta de São Paulo a Timóteo – 1Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pelo desígnio de Deus referente à promessa de vida que temos em Cristo Jesus, 2a Timóteo, meu querido filho: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor! 3Dou graças a Deus – a quem sirvo com a consciência pura, como aprendi dos meus antepassados – quando me lembro de ti, dia e noite, nas minhas orações. 4Lembrando-me das tuas lágrimas, sinto grande desejo de rever-te e assim ficar cheio de alegria. 5Recordo-me da fé sincera que tens, aquela mesma fé que antes tiveram tua avó Loide e tua mãe, Eunice. Sem dúvida, assim é também a tua. 6Por esse motivo, exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. 7Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade. 8Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.

 Palavra do Senhor.

Sl: 95(96)

Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, † cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Cantai e bendizei seu santo nome! – R.

2. Dia após dia anunciai sua salvação, † manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios! – R.

3. Ó família das nações, dai ao Senhor, † nações, dai ao Senhor poder e glória, / dai-lhe a glória que é devida ao seu nome! – R.

4. Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” † Ele firmou o universo inabalável, / e os povos ele julga com justiça. – R.

Lucas 10,1-9

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’”.

Palavra da salvação.

Um jeito diferente de ir pelo mundo

A Igreja nos propõe hoje um evangelho adaptado à comemoração dos santos Tito e Timóteo, colaboradores de São Paulo e homens da evangelização.

Eis uma palavra de nossos dias: evangelização. O tema é vasto e cheio de meandros nem sempre fáceis de se percorrer. Evangelizar:  anunciar uma boa nova, a boa nova que se chama Jesus Cristo, morto e ressuscitado, vivendo entre nós no regime dos sinais.  Evangelização que não se opõe a pastoral, mas que a precede e a acompanha. Evangelizar os que já são da Igreja e abrir as portas para tantos que se afastaram, tantos que hoje são indiferentes ao amor do Senhor e aos cuidados da Igreja.

Há  aqueles e aquelas de terras distantes ou nossos vizinhos que precisam ouvir a Boa Nova pela primeira vez. Pode ser que muitos tenham mesmo chegado a receber os sacramentos do reino, mas que nunca, de fato, inauguraram em suas vidas um processo de conversão. O Documento final do Capítulo da Ordem dos Frades Menores de 2009 diz: “Em sua essência mais profunda, o Evangelho é  dom destinado a ser partilhado.

O envio a evangelizar brota de suas próprias entranhas, ao mesmo tempo que é uma exigência da fé.  Uma autêntica experiência de Deus, de fato, nos põe em movimento, porque não é possível sentir o abraço infinito de um Deus loucamente enamorado, porque é amor e só amor, sem sentir ao mesmo tempo a necessidade urgente de partilhar esta experiência com os outros. Em última análise, evangelizar é fazer a experiência de Emaús, colocando-se na estrada para fazer uma oferta de fé, mediante um testemunho partilhado. Quem partilha restitui” (Portadores do Dom do Evangelho,n. 11).

Francisco de Assis, com efeito, ficou impressionado com o evangelho deste dia.  O Poverello e os seus  “fazem opções que tornam concretas suas intuições. Optam por não tocar em dinheiro, porém não renunciam ao trabalho ou a cuidar dos leprosos; optam por não andar a cavalo, mas nem por isso não deixam de ir pelo mundo; recusam decididamente os privilégios eclesiásticos, mas declaram-se sempre súditos e sujeitos aos pés da Santa Igreja; optam por confiar-se à Providência para prover a seu sustento, mas precisamente por isso são livres “para comer o que lhes for servido”. Destas e de muitas outras maneiras,  a primeira fraternidade aparece como uma fraternidade profética, como uma fraternidade sinal que sabe ler os sinais dos tempos e encarnar o Evangelho de maneira concreta e  compreensível para a cultura do próprio tempo” ( Portadores…n. 8).

O Senhor escolhe setenta e dois discípulos e os envia pelo mundo, dois a dois, fraternalmente dois a dois.  São enviados no meio de lobos.  Serão evangelizadores pobres sem sacola, sem pompa, sem poderio. Darão a paz. Felizes os pés daqueles que evangelizam….


Frei Almir Guimarães

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