Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Sábado – Tempo do Natal

  • Primeira leitura
  • Salmo responsorial
  • Evangelho
  • Sabor da Palavra

Primeira Leitura: 1 João 5,14-21

Leitura da primeira carta de São João – Caríssimos, 14esta é a confiança que temos em Deus: se lhe pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. 15E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos, sabemos que possuímos o que havíamos pedido. 16Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não conduz à morte, que ele reze, e Deus lhe dará a vida; isso se, de fato, o pecado cometido não conduz à morte. Existe um pecado que conduz à morte, mas não é a respeito deste que eu digo que se deve rezar. 17Toda iniquidade é pecado, mas existe pecado que não conduz à morte. 18Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca. Aquele que é gerado por Deus o guarda, e o maligno não o pode atingir. 19Nós sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do maligno. 20Nós sabemos que veio o Filho de Deus e nos deu inteligência para conhecermos aquele que é o verdadeiro. E nós estamos com o verdadeiro, no seu Filho, Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a vida eterna. 21Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.

Palavra do Senhor.

Sl: 149

O Senhor ama seu povo de verdade.

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo / e o seu louvor na assembleia dos fiéis! / Alegre-se Israel em quem o fez, / e Sião se rejubile no seu rei! – R.

2. Com danças glorifiquem o seu nome, / toquem harpa e tambor em sua honra! / Porque, de fato, o Senhor ama seu povo / e coroa com vitória os seus humildes. – R.

3. Exultem os fiéis por sua glória / e, cantando, se levantem de seus leitos / com louvores do Senhor em sua boca. / Eis a glória para todos os seus santos. – R.

João 3,22-30

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 22Jesus foi com seus discípulos para a região da Judeia. Permaneceu aí com eles e batizava. 23Também João estava batizando, em Enon, perto de Salim, onde havia muita água. Aí chegavam as pessoas e eram batizadas. 24João ainda não tinha sido posto no cárcere. 25Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu a respeito da purificação. 26Foram a João e disseram: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, e do qual tu deste testemunho, agora está batizando, e todos vão a ele”. 27João respondeu: “Ninguém pode receber alguma coisa se não lhe for dada do céu. 28Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. 29É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. 30É necessário que ele cresça e eu diminua”.

Palavra da salvação.

Aquele que ouve a voz do noivo

João, o Batista, é o centro do evangelho deste dia. O tempo foi passando e esse galileu que tinha sido batizado por João na águas do Jordão, agora também já batizava. Naquela ocasião João estava batizando na região de Enon, perto de Salim onde havia muita água. Parece que os discípulos de João se mostravam enciumados ou com inveja de Jesus. O Batista tenta esclarecer as coisas. Não dava mais para ter duas comunidades: uma do Batista e outra do Messias. Nada de divisão.

“Que fique claro. Eu não sou o Messias. Não é possível agora que venhamos a fazer duas comunidades. Uma minha e outra dele. Uma do precursor e outra do que era esperado. Eu fui apenas aquele que preparava os caminhos do Messias. Nada mais. Fiz a minha parte. Tentei levar as pessoas até às águas. Águas que simbolizavam uma outra água. A água do Espírito que o Messias derramaria. Eu presto serviço. Não sou o Messias, mas fui enviado à sua frente. Eu sou amigo do esposo. Ouço sua voz. Rejubilo-me com sua presença. Não tenho mais muito que fazer. Na realidade eu o conheço deste o tempo em que eu e ele estávamos no seio de nossas mães. Como não estimá-lo? Minha alegria é ouvir a voz do esposo e completa minha exultação. É necessário que ele cresça e que eu diminua”.

Estamos convencidos de que o sentido da vida é servir. Nossas paróquias não existem para outra coisa, senão para o serviço. Há o serviço da acolhida dos que chegam, da busca do que se afastaram, da organização da caridade para que ninguém passe fome, morra de frio ou definhe interiormente. Há o serviço de formação dos noivos para o casamento, de reflexão com os jovens, de paciência com os que erram e repetem o erro. Os que servem, sejam leigos ou sacerdotes, são servos inúteis. Porque o Senhor é quem atua por detrás de suas vidas, de suas palavras e de seus gesto. Somos homens e mulheres do serviço. Não queremos ser pivôs, lá onde o protagonismo é de Cristo.

Os que servem são pessoas alegres. Se têm sucesso, não o atribuem a si, mas ao Senhor e fazendo o vazio de seus pequenos interesses colocam-se numa posição em que o ego não é o primeiro. Quando tudo dá certo louvam a Deus. Quando o fracasso chega sabem que não depende deles… a obra é de um outro e depende da lentidão ou da presteza do coração daqueles aos quais servimos.


Frei Almir Guimarães

Deixe o seu comentário





* campos obrigatórios.