Jesus proclama:  “Bem-aventurados  os pobres em espírito”,   em outras palavras, os que têm uma alma de pobre.  A autêntica pobreza não consiste  em andrajos e comidas recebidos em esmola,  mas no coração  desvencilhado de apegos. Alguém pode estar vestido de trapos,  mas ter um coração de rico,  quando inveja os que possuem,  quando  deseja e cobiça  o bem dos outros.  Um homem afortunado  com o espírito de pobre é alguém que possui,   como se não possuísse. Possui  bens, mas não se mostra a eles apegado.  Não é dominado pelo que tem ou  vem a ter. Não se revolta se acontecer  de perdê-los.  Está disposto a usar os bens em benefício de outros.  Sente-se como um gerente que administra em bem  dos mais desmunidos aquilo que do Senhor recebeu.

Inspirado em  Jean  Ladame

Organização: Frei Almir Guimarães

Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos