Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

A criatura é como um beijo de amor

02/04/2021

                                                                                   Imagem: Bartolomé Esteban Murillo (domínio público)

Incontáveis vezes já participamos de celebrações da Semana Santa em que os últimos acontecimentos da vida terrena de Jesus são vivamente colocados diante de nossos olhos e sua força questiona a qualidade de nossa vida de discípulos. Impossível fazer o elenco de pessoas que se deixaram tocar pelo amor de Deus que transparece cristalinamente nos momentos finais da vida de Jesus. Tomamos como exemplo o encontro de Francisco de Assis com o Crucificado.

O Senhor misteriosamente foi trabalhando o Pobrezinho. Ele vai sendo apresentado ao Evangelho, moldado pelo Evangelho, quer dizer pela pessoa viva de Jesus. Um rapaz meio igual a muitos outros rapazes. Tendo sido batizado e circulado nos ambientes cristãos sem mais, percebe que algo começa a remexer dentro dele, essa insatisfação interior misteriosa meio depressiva. Depois aquele beijo no leproso e esse Crucifixo de São Damião.

O Evangelho deixou de ser uma leitura que adormecia as pessoas na missa e passou a ser um fogo que queima. Diante do Crucifixo ele tem a certeza do amor. Ele é objeto desse amor. Aquele ser dilacerado, desfeito, impotente penetrava no mais íntimo como que a lhe dizer: “Vem, vamos juntos, eu estou a entregar todo o meu querer, meu caro Francesco. Vamos juntos”.

Francisco entra na atmosfera do amor. Tem a certeza de que é querido. Frei David de Azevedo nos ajuda a compreender essa “loucura” do amor de Francisco. Tudo se baseia na consciência de nossa indigência e na certeza do olhar que nos ama: “A pobreza é o salto ontológico do homem que vive a angústia de ser salvo, para o homem que vive a felicidade de ser amado. O Amor não é amado. O Amor não é amado. Este grito de Francisco é o grito da descoberta. Eureka! Viver a descoberta de ser amado; e isto na raiz da própria existência. Sentir o “ser criatura” não como condição humilhante, mas como um beijo de amor. Eu existo porque sou um beijo enternecido do Criador” (Fr. David Azevedo, S. Francisco fé e vida, Ed.Franciscana, Braga, p. 48).

SENTIR-SE CRIATURA COMO UM BEIJO DE AMOR


Frei Almir Guimarães

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