Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Mãe que acolhe e Inspira esperança

 

Quantas vezes clamamos pela Mãe, como filhos famintos que desejam colo e consolo, alimento para a vida. Celebrar Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é voltar nossos olhos e corações para aquela que foi o sacrário vivo do Senhor e nos presenteou, por meio Dele, com a nossa salvação.

Nossa Senhora é invocada no mundo inteiro, recebendo diferentes títulos e sendo representada de variadas formas. Mas a Rainha e Padroeira do Brasil – proclamação feita pelo Papa Pio XI, em 1930 – é negra, tem o rosto redondo e carrega o Filho de Deus em seu ventre, pois, originalmente, a imagem representa Nossa Senhora da Conceição.

O povo brasileiro tem uma padroeira carregada de esperança que, assim como outras milhares de mulheres deste país que carregam o filho no ventre, e também são repletas de amor, fé e zelo. Nossa Senhora Aparecida conhece a dor de seus filhos e quer acolher a todos em seus braços de Mãe. Pensando nas diferentes realidades encontradas em nossa sociedade, o “sim” de Maria também se manifesta na luta diária de seus filhos e filhas, que sentem o peso da vida nos ombros, mas têm o coração cheio de esperança por um mundo melhor. Ela é a Mãe que não abandona e não desiste da humanidade.

Ao longo da semana que antecede o Dia da Padroeira do Brasil, 12 de outubro, como se recebessem um chamado da Mãe – “Venham, meus filhos! Quero receber vocês em minha casa e em meu colo” –, milhares de peregrinos seguem em direção ao Santuário Nacional dedicado à Santa, na cidade de Aparecida (SP).

Em nossa Província da Imaculada, a casa da Mãe também está viva: na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nilópolis (RJ), e em outras localidades do nosso território provincial. Em todos os espaços sagrados, a Mãe Aparecida permanece de braços abertos, pronta para acolher, ouvir, fortalecer a fé e a esperança de seus filhos e filhas.


Equipe de comunicação

Textos bíblicos para este domingo

Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida

padroeira do brasil

(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da solenidade)

Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como uma noiva com suas joias (Is 61,10).

Alegramo-nos no Senhor, que nos reúne para celebrar a solenidade da Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil. Mãe sempre atenta às necessidades do povo, Maria intercede ao seu Filho em favor dos filhos e filhas necessitados do bom vinho do amor, da esperança e da alegria. Rezemos com carinho nesta Eucaristia pelas crianças e pelo nosso país.


Primeira Leitura: Ester 5,1-2; 7,2-3

Sensíveis às situações de aflição e desamparo, as mulheres de fé se põem em defesa da vida. Sempre atentas e prontas para ajudar, elas intercedem a Deus em favor dos necessitados.

Leitura do livro de Ester – 1Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. 2Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. 7,2Então o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. 3Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida, eis o meu pedido, e a vida do meu povo, eis o meu desejo!” – Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial: 44(45)

Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / que o rei se encante com vossa beleza!

1. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / “Esquecei vosso povo e a casa paterna! / Que o rei se encante com vossa beleza! / Prestai-lhe homenagem: é vosso senhor! – R.

2. O povo de Tiro vos traz seus presentes, / os grandes do povo vos pedem favores. / Majestosa, a princesa real vem chegando, / vestida de ricos brocados de ouro. – R.

3. Em vestes vistosas ao rei se dirige, / e as virgens amigas lhe formam cortejo; / entre cantos de festa e com grande alegria, / ingressam, então, no palácio real”. – R.


Segunda Leitura: Apocalipse 12,1.5.13.15-16

Leitura do livro do Apocalipse de São João – 1Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 13Quando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. 15A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher a fim de a submergir. 16 A terra, porém, veio em socorro da mulher. – Palavra do Senhor.


Evangelho: João 2,1-11

Aleluia, aleluia, aleluia.

Disse a Mãe de Jesus aos serventes: / “Fazei tudo o que ele disser!” (Jo 2,5) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5 Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6 Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7 Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8 Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9 O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo o mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11 Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. – Palavra da salvação.

Reflexões do exegeta Frei Ludovico Garmus

28º Domingo do Tempo Comum –Ano C

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

12 de outubro

Oração: “Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva”.

1 Primeira leitura: Est 5,1b-2; 7,2b-3

Concede-me a vida do meu povo – eis o meu desejo!

O livro de Ester conta a história de uma judia órfã, criada e adotada como filha por seu velho primo Mardoqueu. Graças à sua beleza foi introduzida no harém do rei persa Assuero e tornou-se rainha. Mas, em meio às vicissitudes políticas, sobre seu povo judeu pesava um decreto de extermínio, forjado pelos inimigos. Ela mesma estava sendo rejeitada pelo rei. Mas, por insistência de Mardoqueu, valendo-se de sua beleza, arrisca a própria vida para apresentar-se ao rei e interceder pelo seu povo, ameaçado de extermínio: “Se for do teu agrado, concede-me a vida […] e a vida do meu povo” – pede ela ao rei. Ante a ameaça de extermínio dos judeus, Ester tem consciência que sua vida só tem sentido se puder salvar a vida de seu povo. Ester é a mulher que arrisca sua vida para salvar seu povo. Ela nos lembra Nossa Senhora Aparecida, intercessora e mãe solidária com o povo brasileiro.

Salmo responsorial: SI 44

Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: Que o Rei se encante com vossa beleza!

2 Segunda leitura: Ap 12,1.5.13a.15-16a

Um grande sinal apareceu no céu.

A leitura é, em parte, a mesma da festa da Assunção de Maria ao céu. A mulher com a coroa de doze estrelas simboliza o povo de Israel (doze tribos), do qual nasceu o Messias; simboliza também Maria, a mãe do Messias e mãe da Igreja (doze apóstolos). O dragão que per-segue a mulher e seu filho é o mesmo dragão, a antiga serpente, cuja cabeça a primeira Eva deveria esmagar pelos seus descendentes (cf. Gn 3,15). Quem de fato esmagou a serpente foi Maria, a Mãe de Jesus, que nos trouxe o Salvador (Ap 12,10). O filho perseguido pelo dragão simboliza Jesus que, por sua morte, ressurreição e ascensão, foi arrebatado ao céu. A mulher perseguida pelo dragão, que foge para o deserto e é protegida pela terra, simboliza a Igreja perseguida. Na maternidade espiritual de Maria, ligada à paixão e morte de Jesus, estão incluídos todos os cristãos. Jesus nos confiou aos cuidados de Maria, antes de morrer: “Mulher, aí está o teu filho […]. Aí está tua mãe” (cf. Jo 19,26-27). Mãe atenta e cheia de amor, Maria se antecipa para atender as necessidades de seus filhos e das famílias que geram a vida, renovando e trazendo a salvação para a humanidade (Evangelho).

Aclamação ao Evangelho

Disse a Mãe de Jesus aos serventes: “Fazei tudo o que ele disser!”

3 Evangelho: Jo 2,1-11

Fazei o que ele vos disser.

Aconteceu uma festa de casamento em Caná, cidade vizinha de Nazaré. Maria, Jesus e seus discípulos estavam entre os convidados. Durante a festa, Maria percebeu que o vinho tinha acabado. Vendo a aflição dos noivos e dos serventes, comunica-o a Jesus, que responde:

“Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Um filho chamar sua mãe de “mulher” não era pejorativo, mas fazia parte do costume grego; entre os judeus significa “senhora, mãe”, que se sente responsável pela sua família, representada por Jesus e seus amigos. No evangelho de João, Maria aparece em Caná e aos pés da cruz, nos dois lugares em que ela é chamada “mulher”. Minha “hora” ainda não chegou, acrescenta Jesus. Trata-se da hora da manifestação da glória do Filho de Deus, que culmina com sua morte na cruz, ressurreição e ascensão ao céu. O pedido de Maria acelera esta manifestação do Messias Salvador. Por sua intercessão acontece o primeiro sinal ou milagre, marcado por uma festa de casamento; portanto, pela alegria.

Que Nossa Senhora Aparecida interceda pelo povo brasileiro, a fim de que não lhe faltem condições materiais e espirituais, para uma vida digna e feliz. Por sua intercessão, possamos “chegar um dia à pátria definitiva” (oração).

A Mãe que Deus deu ao povo

Frei Clarêncio Neotti

A festa de Nossa Senhora Aparecida, por ser a Padroeira e Rainha do Brasil, quando cai em domingo, ocupa o lugar da Liturgia dominical. A Igreja católica não tem nenhum escrúpulo de venerar a Mãe de Jesus, que nos trouxe a salvação, e amá-la com o coração de filhos, já que, em Jesus, tornamo-nos todos irmãos (Mt 23,8). A imagem da Virgem Aparecida lembra-nos a ternura maternal de Maria, sua dedicação a Jesus como mulher de fé, seu serviço prestado a toda a humanidade. Nela temos o mais perfeito exemplo do discípulo de Jesus, que sabe cumprir os mandamentos e fazer a vontade do Pai (Mt 12,50; Lc 8,21). Se a história da salvação é uma história da fidelidade do ser humano a Deus, Maria é o maior de todos os exemplos. Olhando para ela, não há coração adormecido de filho que não acorde para Deus, único Senhor; e não acorde para a fraternidade, fazendo dos povos e raças uma só família. Nossa devoção a Maria é uma resposta a todo o serviço que ela nos presta, convocando–nos sempre de novo ao Evangelho e convidando-nos, como no Evangelho de hoje: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (v. 5)

Virgem Mãe Aparecida

Um pouco de história. Em 1717, passou por Guaratinguetá, SP, o Conde de Assumar e sua comitiva. Como era sexta- -feira, dia de abstinência de carne, saíram três pescadores ao Rio Paraíba, a fim de pescar para o banquete a ser oferecido ao Conde. Sabe-se o nome dos três pescadores: Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. Como na pescaria do Apóstolo Pedro (Lc 5,5), nada pescaram. Decidiram voltar. Mas, após um último arremesso, retiraram da água pequena estátua sem cabeça. Em outro arremesso, veio a cabeça da estátua. Seguiu-se pesca abundante.

Ao limparem a imagem, viram que era uma estátua de Nossa Senhora da Conceição, de barro cozido, enegrecida pelas águas e pelo tempo. Corpo e cabeça não mediam mais que 36cm. Um dos pescadores a guardou em casa. Outras pessoas foram rezar junto dela. Em 1745, construíram-lhe uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. A imagem já era conhecida como “a Aparecida”. Enquanto dentro da capela os peregrinos rezavam, em torno nascia a cidade. Em 1888, a capela, várias vezes reformada e aumentada, foi substituída por uma igreja. Em 1894, chegaram os religiosos Redentoristas, para tomar conta da imagem e atender os peregrinos. A festa de Nossa Senhora Aparecida trocou várias vezes de data. Já foi celebrada no 2º domingo de maio; depois, no dia 11 de maio; depois no dia 7 de setembro, junto com o dia da Pátria. Como a estátua teria sido encontrada nas águas do Paraíba em meados de outubro, a pedido dos Bispos brasileiros, a festa foi fixada, em 1953, no dia 12 de outubro.

Em 1908, o Santo Padre deu ao santuário de Aparecida o título de Basílica. Em 1930, Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. A partir de 1955, começou-se a construir a nova e imensa Basílica, consagrada, no dia 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II. E, para lembrar para sempre a visita do Papa e a consagração da Basílica, foi declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, festa de Nossa Senhora Aparecida.

Vinho bom

José Antonio Pagola

Jesus sempre foi conhecido como o fundador do cristianismo. Hoje, porém, começa a surgir outra atitude: Jesus é de todos, não só dos cristãos, Sua vida e sua mensagem são patrimônio da humanidade.

Ninguém no Ocidente teve um poder tão grande sobre os corações Ninguém expressou melhor do que Ele as inquietações e interrogações do ser humano. Ninguém despertou tanta esperança. Ninguém comunicou uma experiência tão salutar de Deus, sem projetar sobre Ele ambições, medos e fantasmas. Ninguém aproximou-se da dor humana de maneira tão profunda e entranhável. Ninguém abriu uma esperança tão firme diante do mistério da morte e da finitude humana.

Dois mil anos nos separam de Jesus, mas sua pessoa e sua mensagem continuam atraindo muitas pessoas. É verdade que Ele interessa pouco em alguns ambientes, mas também é certo que a passagem do tempo não apagou sua força sedutora nem amorteceu o eco de sua palavra.

Hoje, quando as ideologias e religiões experimentam uma crise profunda, a figura de Jesus escapa de toda doutrina e transcende toda religião, para convidar diretamente os homens e mulheres de hoje para uma vida mais digna, feliz e esperançosa.

Os primeiros cristãos experimentaram Jesus como fonte de vida nova. Dele recebiam um sopro diferente para viver. Sem Ele tudo se tornava de novo seco, estéril e apagado para eles. O evangelista João redige o episódio do casamento em Caná para apresentar simbolicamente Jesus como portador de um “vinho bom”, capaz de reavivar o espírito.

Jesus pode ser hoje fermento de nova humanidade. Sua vida, sua mensagem e sua pessoa convidam a inventar novas formas de vida proveitosa. Ele pode inspirar caminhos mais humanos numa sociedade que busca o bem-estar afogando o espírito e matando a compaixão. Ele pode despertar o gosto por uma vida mais humana em pessoas vazias de interioridade, pobres de amor e necessitadas de esperança.

Maria, Mulher-Povo, Mãe da Igreja

Johan Konnings, S.J

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. O povo a chama simples mente de N. Senhora Aparecida. Aliás, para a “Imaculada Conceição” temos outra festa, em 8 de dezembro.  Mas vale a pena, apoiados na liturgia, estabelecer um nexo entre a eleição de Maria desde a sua concepção e seu papel de intercessora, em virtude do qual ela aparece como padroeira do nosso povo.

A 1ª leitura de hoje destaca o papel da intercessora, mediante a figura bíblica da rainha Ester, que intervém junto ao rei por seu povo, Israel. Na 2ª leitura a Mulher-Povo do Apocalipse protege seu filho messiânico. No evangelho aparece com maior clareza o papel mediador de Maria a favor do povo. É o evangelho das bodas de Caná. Maria presencia uma festa de casamento, e também Jesus e seus companheiros. Quando falta vinho, Maria chama a atenção de Jesus para o impasse. E quando Jesus, misteriosamente, responde que ainda não chegou a sua hora pois a sua hora mesmo é a da cruz Maria não deixa de acreditar que Jesus transformará as bodas deste mundo em festa messiânica e plena alegria, vinho novo do tempo novo Recomenda aos servidores que executem o que Jesus lhes disser. Talvez às cegas, mas confiante no projeto de Deus e no filho que Deus lhe deu, Maria assume sua missão de confiar o mundo a ele.

João, no seu evangelho, menciona Maria apenas duas vezes, aliás, sem chamá-la Maria, mas Mãe de Jesus e Mulher. A primeira menção é quando ela por assim dizer introduz Jesus na sua atividade pública, nas bodas de Caná. A outra é quando ela acompanha Jesus até o fim, ao pé da cruz. No primeiro texto, Jesus diz que sua hora ainda não chegou, é apenas o início dos sinais O outro texto é quando se realiza “a Hora” de Jesus e sua obra é levada a termo, na cruz. Em ambos os textos, Jesus se dirige a Maria com o tratamento honroso de “Mulher” (nos diríamos: “Senhora”) termo muitas vezes ligado à imagem do povo. A primeira vez, Jesus pronuncia a perspectiva da hora que deve vir, a segunda vez, confia à sua mãe o seu legado: o discípulo amado, que representa os fiéis. Maria está no início e no fim da obra de Jesus. Ela, a Mulher, a Mãe, é a referência de sua obra. Maria marca o lugar de Jesus neste mundo e está aí como referência do discípulo que toma o lugar do seu Filho.

Maria, Mãe da Igreja.