Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

3º Domingo da Páscoa

  • Primeira Leitura
  • Salmo
  • Segunda Leitura
  • Evangelho
  • Sabor da Palavra
Atos 5,27b-32.40b-41

Naqueles dias, os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao sinédrio. 27bO sumo sacerdote começou a interrogá-los, dizendo: 28“Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!” 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o guia supremo e salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”. 40bEntão mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus.

Palavra do Senhor.


Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

Sl 29(30)
Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes / e não deixastes rir de mim meus inimigos! /
Vós tirastes minha alma dos abismos / e me salvastes quando estava já morrendo! – R.

Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, / dai-lhe graças e invocai seu santo nome! /
Pois sua ira dura apenas um momento, / mas sua bondade permanece a vida inteira; /
se à tarde vem o pranto visitar-nos, / de manhã vem saudar-nos a alegria. – R.

Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! / Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! /
Transformastes o meu pranto em uma festa, / Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! – R.

Apocalipse 5,11-14

Eu, João, vi 11e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos seres vivos e dos anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, 12e proclamavam em alta voz: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor”. 13Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre”. 14Os quatro seres vivos respondiam: “Amém”, e os anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre.

Palavra do Senhor.

João 21,1-19 ou 1-14

[Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca e achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.

8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.]

15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo, quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

Palavra da salvação.

“Simão, me amas?”.

 A liturgia deste domingo nos traz, do evangelho de João, mais uma situação em que Jesus ressuscitado aparece aos seus discípulos. Como Igreja, seguimos celebrando que a vida de Jesus não terminou na cruz.

Este evangelho é muito conhecido e dele podemos tirar muitas reflexões, mas hoje gostaria de convidar você a olhar para os discípulos. O que estariam sentindo aqueles homens que haviam perdido um amigo? O que estariam experimentando aqueles que, com a morte de Jesus, viram morrer também o sonho de uma realidade melhor? O que estaria sentindo Pedro, que antes da morte de Jesus o havia negado três vezes? Provavelmente, todas essas perguntas têm respostas marcadas por sentimentos parecidos.

Quantas vezes nós também nos sentimos assim? Que bonito é saber que Jesus ressuscitado aparece justamente entre os que estão tristes, desanimados, arrependidos, sobrecarregados. É nesse Deus que nós, cristãos, acreditamos. Num Deus que, em Jesus, se faz presente entre os que, como os discípulos, estão machucados, confusos, cansados ou arrependidos.

Jesus, antes de morrer, soube que seu companheiro de caminhada, Pedro, o havia negado três vezes. No entanto, quando aparece a ele neste evangelho, tudo o que faz é perguntar, também três vezes, se ele o ama. Jesus tinha todos os motivos para repreender Pedro por sua atitude, mas não o faz.

Que neste domingo possamos lembrar que o Deus em quem acreditamos — o Deus de Jesus — não está tão preocupado com nossos erros, mas sim com o quanto somos capazes de amar como Ele nos ama.

Reflexão dos Noviços

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