Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

A revelação divina que chega com atraso – Parte 1

10/07/2019

                                                                    Imagem do Logotipo do Sínodo para a Amazônia

O Sínodo da Amazônia e as tradições originárias dos povos

Marcelo Barros

Sem dúvida, para os povos amazônicos, é boa notícia que o Papa Francisco tenha convocado um sínodo dos bispos católico-romanos de todo o mundo para refletir sobre os apelos que a Amazônia faz à Igreja Universal (compreendida como o conjunto de Igrejas cristãs do mundo inteiro). Como afirmou Dom Roque Paloschi, presidente do Conselho Indigenista Missionário no Brasil (CIMI), “O Sínodo sobre a Amazônia praticamente começou em janeiro de 2018, em Puerto Maldonado (Peru), no encontro do papa com os povos amazônidas”[1].

De fato, o Sínodo dos Bispos é uma instituição que retoma antigo costume das Igrejas e sinaliza a vocação que a Igreja tem de ser sinal e instrumento de unidade para a toda a humanidade. (O termo sínodo vem do grego e significa “caminhar juntos”).

Na Igreja Católica, foi depois do Concílio Vaticano II que o papa Paulo VI, em 1967, recriou a instituição do Sínodo, encontro que reúne bispos de todo o mundo para, de tempos em tempos, refletir com o papa sobre assuntos que dizem respeito à Igreja universal ou a problemas humanos e pastorais de determinada região (cânon 342 do Código de Direito Canônico). É o caso desse Sínodo especial para a Amazônia, convocado pelo papa para outubro de 2019, conforme o cânon 345 do mesmo código. Esse sínodo tem como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

No dia 17 de junho deste ano, se tornou público o documento que servirá de base para o diálogo e os trabalhos do Sínodo (Instrumentum laboris). Elaborado na metodologia latino-americana, o documento tem três partes, correspondentes ao Ver, Discernir (julgar) e Agir. Na primeira, o documento retrata a realidade do território e dos seus povos a partir dos relatos e testemunhos das comunidades. Por isso, a proposta é escutar a voz da Amazônia à luz da fé. Na segunda, busca-se responder ao clamor da terra e dos povos por uma Ecologia Integral. Finalmente, na terceira parte, Igreja profética na Amazônia, desafios e esperanças, tentam-se discernir caminhos novos para a missão profética das Igrejas na Amazônia.

É consolador saber que esse documento e os assuntos que serão tratados no Sínodo foram formulados a partir de consulta que envolveu as comunidades amazônicas, grupos (católicos ou não) e acolheu posicionamentos de estudiosos/as e pessoas que acompanham a realidade amazônica nos diversos países que cobrem a região.

Infelizmente, ainda há – e não são poucos – os bispos, padres e grupos católicos que não reconhecem a Ecologia Integral, a situação social dos povos e a Política como assuntos que dizem diretamente respeito à missão da Igreja. Parecem esquecer ou ignorar que Jesus definiu a sua missão como sendo a de curar os doentes, libertar os prisioneiros e anunciar aos empobrecidos a boa notícia da libertação. Para isso, ele foi enviado pelo Espírito Divino que recebeu (Lucas 4, 16- 21). À luz dessa compreensão do evangelho do reino, convido vocês a aprofundarmos a novidade que esse Sínodo pode representar para a Igreja e para o mundo e como podemos dele escutar uma palavra que nos renove e nos anime na missão.

1 – Para vinho novo, odres novos

Há mais de 50 anos, o papa João XXIII e o Concílio Vaticano II nos ensinaram a assumir “os sinais dos tempos” como elemento a partir do qual, aprendemos a discernir a palavra de Deus e o que ele pede de nós. Na América Latina, olhar a realidade social e política para discernir nela os desafios para a missão foi o próprio tema geral da 2ª conferência geral do episcopado católico em Medellín (1968). A partir daí, se tornou a proposta teológica e espiritual das comunidades cristãs, inseridas no meio dos pobres. Nas últimas décadas, a Teologia da Libertação tem tomado formas diversas e novas, assumindo os caminhos próprios das teologias afro, indígenas, feministas, gays e outras reflexões autônomas que se situam na mesma linha libertadora. No entanto, para o magistério romano e os bispos reunidos em um sínodo em Roma, é a primeira vez que, depois do Concílio Vaticano II (1962- 1965) e, para a América Latina, depois de Medellín (1968), a realidade social e política é assumida realmente como “categoria teológica”.

Por isso, podemos afirmar que essa escuta da realidade e o reconhecimento do lugar teológico das diversas tradições espirituais dos povos originários é como revelação divina que chegou atrasada. Embora elas já sejam tão antigas, só agora a hierarquia católica está verdadeiramente reconhecendo que ali há uma revelação divina e está disposta a acolher.

Na Exortação Apostólica Episcopalis Communio (2018), o papa Francisco já havia insistido que “o Sínodo deve ser instrumento privilegiado de escuta do povo de Deus” (EC 6). O que certamente é a maior novidade dessa preparação para o Sínodo tem sido realmente levar a sério essa postura até o último ponto. Embora sempre os sínodos sejam antecedidos de questionários para os bispos e dioceses, nenhum sínodo anterior a esse cuidou tanto de escutar a voz da realidade através dos testemunhos das bases e dos/as missionários e estudiosos que ali trabalham. Esse documento de trabalho preparatório fala em Igreja como ouvinte e destaca a importância do processo de escuta sinodal que já deixou frutos na região (articulação dos diversos países a serviço da região amazônica, atenção para os desastres ecológicos e para a ação nefasta das mineradoras e do desflorestamento) e o documento deixa claro que esse processo sinodal de escuta deve continuar mesmo depois do evento do Sínodo em Roma (n. 3).

Todos sabemos das reações contrárias que o papa Francisco enfrenta no Vaticano. Sabemos que até mesmo o fato de dedicar uma sessão do Sínodo à Amazônia está sendo contestado por alguns, inclusive cardeais[2]. Além disso, o Sínodo é órgão consultivo, sem nenhum poder deliberativo e é coordenado por cardeais e bispos, dos quais a maioria nem conhece bem a região. Por isso, para muitos irmãos e irmãs missionários e inseridos nas bases, esse processo sinodal de escuta que o Sínodo já suscitou e agora foi oficializado no documento de trabalho garante que o Sínodo vá além de seus próprios limites e se torne como alguns chamaram, uma amazonização da Igreja ao se inserir na realidade do território e dos povos e uma aliança da humanidade pela Vida.

Nesse sentido, através do diálogo, esse processo sinodal já conseguiu formar na parte da Igreja que deseja a inserção um consenso básico que consiste no apoio às comunidades indígenas, ribeirinhas e diversos segmentos amazônicos. Denuncia claramente a ação nefasta das madeireiras, mineradoras e grandes empresas pesqueiras. E instaura uma missão eclesial baseada na escuta, no diálogo e no respeito às culturas e espiritualidades dos diversos povos e comunidades. O documento de trabalho do Sínodo chega a reconhecer a Amazônia como “repleta de vida e sabedoria” (n. 5).

2 – Por trás das palavras e nas entrelinhas

Todos sabemos que parte dos bispos e do clero mesmo na região amazônica rejeita e se mantém distante de todo esse processo como se o ignorasse. Mas, assim mesmo, em cidades e arquidioceses nas quais o arcebispo e parte do clero não participam de nada que diga respeito a esse Sínodo e à consulta, o processo está ocorrendo nas bases e tem sido fecundo.

Evidentemente, a construção do consenso e mais ainda da preparação do Documento Final a ser entregue ao papa no final do Sínodo exigem que “caminhemos juntos”. Para isso, é normal que se ceda um pouco aqui e ali para concentrar forças nos pontos que parecem mais essenciais.

Certamente uma vitória desse documento e do processo que ele expressa é uma leitura mais sistêmica da realidade e a denúncia de um sistema que ameaça a vida na Amazônia. Também é uma conquista ver em um documento emanado do Vaticano o reconhecimento claro de que até hoje a Amazônia enfrenta a invasão de “novas potências colonizadoras” (n. 7), a confissão de que “a Igreja foi (ou tem sido) cúmplice dos colonizadores, sufocando a voz profética do Evangelho” (n. 38). Antes, papas como João Paulo II pediam perdão pelos erros de “alguns filhos da Igreja”, mas nunca reconheciam que a Igreja, em si mesma e como Igreja tinha pecado…

Por trás desse documento há uma Missiologia diferente da que, embora reconheça a missão da Igreja em relação à justiça e a paz, continua vendo o evangelho como “doutrina cristã”, identifica Igreja e reino e sublinha a missão como pregação do evangelho aos descrentes. Nesse documento de trabalho, embora nem sempre a linguagem consiga ser totalmente clara, consegue-se expressar claramente que a missão só pode ser vivida em diálogo com as sabedorias ancestrais dos povos amazônicos (n. 29) e deve ser um diálogo a serviço da vida e do futuro do planeta (n. 35). Portanto de modo algum é diálogo como mera estratégia pedagógica para assim fundamentar melhor a doutrinação ou a conversão religiosa de fieis.

É outra concepção de missão. Mesmo quando a linguagem parece visar a Igreja é sempre supondo uma Igreja em saída e cuja missão se vê como sendo a Ecologia integral e a defesa da vida no planeta.

É também importante perceber que o documento valoriza as espiritualidades autóctones dos povos originários e a religião popular das comunidades mesmo católicas da Amazônia, não apenas por questão de respeito aos direitos dos povos de terem sua cultura religiosa, não apenas por um diálogo tático e pedagógico, mas porque espiritualmente reconhecemos que essas espiritualidades são caminhos que procuram desvendar o mistério insondável de Deus (n. 39), são expressões do Espírito Divino presente e atuante nos povos (28) e assim como o território e a realidade social e política, também as espiritualidades tradicionais dos povos são para nós lugar teológico a partir do qual os povos podem se reerguer, recuperam sua saúde (n. 87) e podem ser elementos de transformação da realidade e da missão (n. 93- 94). É esse último elemento que queremos aqui aprofundar mais.

3 – O que o Espírito diz hoje às Igrejas

Começo por uma experiência que vivi na África. Logo depois do Fórum Mundial de Teologia e Libertação, em Nairóbi (janeiro de 2007), visitei uma comunidade africana tradicional. Ali conheci uma senhora, sacerdotisa de Tamobi, a deusa da água. Para provocá-la, perguntei:

Como tendo aqui uma sacerdotisa da deusa da água, essa região é tão seca? A senhora não consegue que Tamobi faça chover?

Ela me respondeu francamente:

Eu sou sacerdotisa da água e não dona da água.

Para mim, aquilo tinha sabor de lição a ser aprendida. Aquela senhora me ensinava a diferença entre espiritualidade e simples magia. Ela era sacerdotisa de Tamobi, não controladora ou proprietária do mistério divino (tendência do clericalismo).

Tinha sabido que ali perto, uma empresa tirava areia para levar à cidade e destruía todo o leito do rio. Provoquei de novo:

Como a sua espiritualidade poderia defender o rio que está ameaçado de secar?

Ela me respondeu:

De fato, a empresa está com dificuldade de continuar o seu trabalho porque, através de mim, Tamobi avisou aos homens daqui que trabalhavam no transporte de areia do rio:

Vocês estão destruindo a cama em que me deito com a natureza. Se vocês destroem o meu leito conjugal, eu vou tirar a potência sexual de qualquer um de vocês que continuar esse trabalho de transporte de areia.

Todos os empregados se demitiram. A empresa diminuiu muito e teve de buscar operários na cidade.

É claro que a realidade amazônica é muito diferente da África. No entanto, uma grande energia de resistência para as comunidades poderia ser fruto de um diálogo de inserção nas espiritualidades indígenas. Além da colaboração com a justiça e a Política que índios e índias de diversas etnias têm vivido nos diversos campos do Direito, da Justiça na Terra e na atividade política, a valorização das próprias espiritualidades indígenas é a intuição fundamental de filmes documentários sobre a realidade dos índios Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul e é a contribuição do extraordinário livro do Xamã Yanomami Davi Copenawa (A queda do céu) e do trabalho que, por todo o Brasil, índios como Kaká Veras realiza para resgatar o sentido próprio das espiritualidades indígenas na construção de uma nova sociedade[3].

O documento de trabalho do Sínodo propõe que se organize o ensino da Teologia indígena pan-amazônica em todas as instituições educativas (n. 98. 3). É importante discernir com mais clareza o que significa “teologia indígena” e espiritualidade indígena. É estranho que o documento fale disso no plural depois de reconhecer que são centenas de povos indígenas diferentes e além dos índios, há tantas outras comunidades e grupos autônomos. Além da necessidade de sempre falar de teologias e espiritualidades indígenas no plural, também é bom distinguir as que são teologias e espiritualidades originárias (por exemplo, no livro “A queda do céu” o Xamã yanomami Davi Kopenawa descreve a sua fé nos Xapiris e como a dança dos Xapiris na floresta é importante para o equilíbrio do ecossistema e a vida dos povos da floresta[4]. Os livros e palestras que o tapuia Kaká Veras realiza por todo o Brasil expressam uma teologia e espiritualidade originária do seu povo. É diferente de uma teologia e espiritualidade também indígena e muito válida mas já de comunidades e grupos que leem a fé cristã a partir de suas culturas próprias (seria uma teologia índia cristã). Isso está bem desenvolvido e já tivemos no continente latino-americano ao menos nove encontros continentais de Teologia índia (cristã)[5]. Missionários como Eleazar Lopez Hernandez no México, Diego Irrazaval nos Andes e Paulo Suess no Brasil têm sempre buscado unir esses dois ramos diversos da Teologia índia e ajudar no diálogo com as outras teologias cristãs.

As espiritualidades indígenas e afrodescendentes podem ser uma força na luta. Em suas expressões originais, elas têm sido elementos de resistência e têm ajudado as comunidades a retomarem a sua identidade cultural e sua dignidade própria. Quando falamos de espiritualidades indígenas ou afro cristãs, pensamos nas contribuições próprias desses grupos para que a Igreja viva realmente a catolicidade e uma missão que seja geradora de vida.

Atualmente, existe várias expressões de Xamanismo urbano, algumas mais autênticas e ligadas a uma eco-teologia ecumênica e feminista. Outras mais de classe média alta e de butique. Isso tem sido denunciado até na Bolívia, entre os Quétchua e os Aymara. No entanto, cada vez mais os povos indígenas têm descoberto que ao recuperar as suas culturas originais, reencontram a força de suas tradições espirituais.

Ao falar em resistência e reconstrução da dignidade coletiva de povos, podemos voltar ao livro “A queda do céu”, do Xamã Yanomami Davi Kopenawa, escrito junto com o antropólogo inglês Bruce Albert[6]. Nesse livro, vemos justamente três momentos na vida do narrador indígena: a visão cultural de criança na cosmologia antiga. Depois, na juventude, certo afastamento dessa tradição e entrada na cultura ocidental. Uma terceira etapa mais madura foi quando depois de ter conhecido bem a sociedade dominante e ter mesmo tido ocasião de ir a Europa e Estados Unidos, ele decidiu voltar a viver na aldeia e retomar a tradição espiritual antiga agora a partir de um novo olhar e fazendo uma síntese nova.

Alguém contou que um pai de santo do Candomblé quis participar dos encontros e reuniões da REPAM (Rede eclesial Pan-amazônica). E um bispo que coordenava a reunião onde se discutiu o desejo do pai de santo decidiu: Quem quiser entrar na nossa, venha…. Essa abertura já é boa e espiritual. No entanto é ainda ambígua porque pode ser compreendida como inclusiva no sentido de que assume o outro se ele entrar na nossa… , isso é, no nosso modo de ser, de pensar e agir. Essa postura precisa ainda ser alargada espiritualmente. A espiritualidade da REPAM e desse novo modelo de missão que o Sínodo pode suscitar deve ser buscar o que Deus nos revela através do pai de santo. Não para deixarmos de ser cristãos, mas para sermos melhores cristãos como Jesus quis, ele que, como diz o evangelho desses domingos, mandou e forçou os discípulos a “passarem para o outro lado do lago”, isso é, o lado dos pagãos, dos estrangeiros, dos que tinham outra religião e outra cultura. Essa é a proposta do papa Francisco quando fala em uma “Igreja em saída”. A REPAM deve pertencer a essa Igreja em saída e não compreender sua missão em uma perspectiva aberta e solidária, mas sempre em uma visão de Igreja neocristandade, triunfante, autossuficiente e autocentrada. Somente a partir do outro é que podemos ouvir e obedecer ao que “o Espírito diz, hoje, às Igrejas” (Ap 2, 5).

(O texto continua)

Fonte: http://repam.org.br

[1] – PALOSCHI, ROQUE, O Sínodo da Amazônia: grito à consciência, memória da missão, opção pela vida, in Vida Pastoral, maio-junho 2019, ano 60, n. 327, p. 17.
[2] – Herético y apóstata. El cardenal Brandmuller excomulga al Sínodo para la Amazonia, Revista IHU, 27/ 06/ 2019.
[3] – Ver KOPENAWA, Davi e ALBERT, BRUCE, A queda do céu, , Palavras de um Xamã Yanomami, São Paulo, Ed. Companhia das Letras, 2015.
VERÁ, Kaká, O Trovão e o Vento, Um caminho de evolução pelo Xamanismo Tupi-Guarani, São Paulo, Ed. Polar, 2016.
[4] – Cf. KOPENAWA, Davi e ALBERT, Bruce, A queda do céu, Palavras de um Xamã Yanomami, São Paulo, Ed. Companhia das Letras, 2015.
[5] – Ver HERNANDEZ, Eleazar Lopez, Teologia india: antologia, Michigan, Ed. Verbo Divino, 2000. Ver também: IRRAZAVAL, Diego, Un Cristianismo Andino, Quito, Ed. Abya Yala, 1999. Também do mesmo autor: Reimplantação teológica da fé indígena, in TOMITA, Luiza, VIGIL, José Maria e BARROS, Marcelo, (organizadores) Pelos muitos caminhos de Deus, Goiás, Ed. Rede 2003, p. 87- 97.
Ver ainda no Brasil: RUFINO, Marcos Pereira. O código da cultura: o CIMI no debate da inculturação. In: MONTERO, Paula (Org.). Deus na aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Globo, 2006. p. 235-75.
[6] – KOPENAWA, DAVI e ALBERT, A queda do céu, Palavras de um Xamã Yanomami, São Paulo, Companhia das Letras, 2015.

Marcelo Barros é monge beneditino e escritor. Nascido em 1944, é pernambucano do grande Recife e assessora o MST, outros movimentos populares e comunidades eclesiais de base. Por formação é biblista, e desde jovem se consagra à espiritualidade ecumênica e ao diálogo entre as religiões. É membro da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo (ASETT). Marcelo escreveu 37 livros.

Download WordPress Themes
Download Premium WordPress Themes Free
Download Premium WordPress Themes Free
Premium WordPress Themes Download
free download udemy course
download lava firmware
Download Nulled WordPress Themes
udemy free download