Fraternidade
São Francisco Solano
Endereço:
Praça da República, s/n
Curitibanos – SC
CEP: 89520-000
Tel.: (49) 3245-0058 (Fraternidade)
(49) 3245-1598 (Centro de Formação)
Web: facebook.com/ParoquiaImaculadaConceicao2
instagram.com/matrizcuritibanos/
Diocese de Lages – SC
A FRATERNIDADE:
Alan Leal de Mattos guardião, ecôn., vig. par, a serv. Comunicação e anim. SAV local
Carlos Ignacia vig. casa e pároco e assist. OFS
Pedro Caron tratamento
René Zarpelon vig. par. e anim. JPIC local
Paróquia Imaculada Conceição
Expediente paroquial
De segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h
Sábado, das 8h às 11h
Facebook: fb.com/matrizcuritibanos
Blog: www.imaculadaconceicao.net.br/blog/
Missas:
Diariamente, às 19 horas;
Quarta-feira, às 15h;
Domingo: 8h e 19h
Confissões: de 3ª a 6ª feira, durante o plantão, das 8h15 às 11h30 e da 13h30 às 18 horas.
Sábado: das 9h às 12 horas
Fundação Frei Rogério
Rua Cel. Vidal Ramos, 861
(49) 3241‑1140 e 3241-1610
Rádio Coroado AM
www.radiocoroado.am.br
(49) 3241-1244 e 3245-1687
Movimento FM
www.movimento.fm.br
História
Curitibanos nasceu de um pouso na “Estrada dos Conventos”, mais tarde “Estrada das Tropas”, no Planalto Catarinense.
Foi pelos anos 1730/1731 que o Coronel Francisco de Souza e Faria iniciou a construção de uma estrada boiadeira, para levar gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. E como ponto de apoio, de abastecimento e descanso, não só para os tropeiros mas também para os moradores das costas de Santa Catarina, surgiu Curitibanos, cujos primeiros moradores eram oriundos de Curitiba (daí o nome) que, naquele tempo, era a comarca mais meridional da Província de São Paulo. A Província do Paraná só foi criada em 29 de agosto de 1853. Curitiba vem do nome indígena Corytiba, que quer dizer “muito pinheiro”.
A primeira tentativa de posse deu-se em 1773, com a instalação de uma fazenda nos Campos de Curitibanos, sendo seu dono o Capitão Antônio José Pereira, um português da comitiva de Correia Pinto, fundador de Lages. A fazenda só agüentou até 1783, quando foi destruída pelos índios Botocudos, bastante numerosos no Planalto, naquele tempo.
Segundo uma narração de uma expedição militar que, saindo do Rio Grande para Sorocaba, passou pela região dos Curitibanos, em torno de 1770. Nela citam-se nomes ainda hoje existentes, como Rio Marombas, Rio Correntes, Corisco (hoje Santa Cecília), por um raio ter matado homens e animais numa tempestade.
A partir de 1800 formou-se um pequeno povoado que, em 1851, passou a distrito com o nome de “Curitibanos e Campos Novos reunidos”.
No dia 22 de março de 1864, pela lei 535, recebeu o título de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Curitibanos, podendo demarcar território, praça, igreja, cemitério e casa paroquial.
Mas só no dia 11 de junho de 1869, pela lei 626, Curitibanos se tornou Município independente de Lages, sendo o primeiro prefeito Teodoro Ferreira de Souza. Em 1875 Curitibanos se tornou sede de comarca .
Revoluções
Curitibanos entra também na história da Revolução dos Farrapos, do Rio Grande do Sul. José Garibaldi havia trazido a revolução até Laguna, onde se juntara com Anita. Derrotado na batalha de Imbituba, subiu a serra, sempre acompanhada da fiel Anita. Numa refrega com tropas imperiais, num lugar chamado Forquilha, perto do Rio Marombas, no município de Curitibanos, foi derrotado e desapareceu. Anita foi presa, mas conseguiu fugir. Corria a notícia de que José havia morrido. Ela percorreu todo o campo de batalha, observando cadáver por cadáver, a fim de encontrá-lo. Não o achando, atravessou o Rio Canoas a nado, agarrada à crina de um cavalo, e chegou até Vacaria, onde o encontrou. Mais tarde acompanhou-o à Itália, onde morreu em 3 de dezembro de 1849, enquanto que José continuou suas espetaculares aventuras até 1882, quando morreu na ilha de Caprera.
Curitibanos também teve vez na Revolução Federalista. Os Curitibanos, simpáticos à Guarda Nacional, fundaram um batalhão sob as ordens do Coronel Gonçalves Faria para combater os soldados do Marechal Floriano Peixoto. Em meados de 1894, quando os federalistas chegaram a Lages, sob o comando de Gumercindo Saraiva, os curitibanenses desmobilizaram-se em forma de protesto. O fato irritou os chefes riograndenses que, acampados na Estância Nova, dentro do Município, tomaram vingança, degolando os cidadãos suspeitos de traição. O Coronel Marcos Gonçalves de Faria fugiu para outro município, só voltando um ano depois.
Curitibanos envolveu-se, de maneira significativa, também na Guerra dos Jagunços. Foi pelo ano de 1912 que, num dos redutos, surgiu um líder, José Maria. A luta dos Jagunços, em sua primeira parte, foi por ele animada e dirigida.
Note-se, porém, que muitos pensam que esse José Maria é o mesmo que João Maria. São dois distintos. João Maria apareceu primeiro, pelo fim do século XIX até começos do século XX, no ano de 1908. Era um andarilho solitário, de moral muito elevada. Para pousada escolhia um lugar à beira de uma fonte de água, em geral muito limpa, perto de um mato, onde, à noitinha, reunia os moradores da redondeza, rezavam o terço meio cantado e meio rezado, depois ficava conversando com o povo, ensinando-lhe remédios de ervas e fazendo profecias que, segundo alguns que o conheceram, se realizaram. Para alimentar-se, pedia um prato de comida numa casa por perto e preferia arroz, couve e um pouco de carne picada (até hoje esse prato se chama “bóia do João Maria”). Nunca entrava em casas, nem para comer nem para dormir. Sempre comia e dormia perto da fonte. Esse João Maria chegou a discutir religião com o célebre Frei Rogério. Motivo: a vida que os Frades ensinavam era mais sacramental, enquanto que João Maria praticava a religião a seu modo. Este João Maria desapareceu pelo ano de 1908. Uns dizem que foi pelo Taió, outros dizem que foi pelo Paraná. O povo simples o venera como santo.
Afora esse João Maria, terá havido outros viandantes com o mesmo nome. Nunca devem ser confundidos com José Maria, líder dos Jagunços, que, pelo ano de 1910, atravessou o Rio do Peixe e veio parar em Campos Novos, de onde passou a Curitibanos e foi para Taquaruçu, quando organizou a resistência no reduto do Bom Jesus. Mais tarde seguiu para Irani, onde foi morto pelas tropas paranaenses, sob o comando do Capitão João Gualberto, que também foi morto a tiros e facadas pelos jagunços. Segundo uns, o combate travou-se no dia 22 de outubro e, segundo outros, em novembro de 1912. De Curitibanos morreram no Irani umas doze pessoas.
Franciscanos
Curitibanos, como já vimos, tornou-se freguesia em 1864. O primeiro vigário, um italiano, se chamava Braz Grassano. Não consta, porém, nem quando, nem quanto tempo esteve à frente da paróquia . Segundo papéis encontrados na Cúria de Lages, há uma declaração dele de que os livros de batizados e casamentos ele os tinha em ordem, mas lhe foram roubados e, mesmo após intensas buscas, não mais os encontrou.
Padre Braz foi substituído na paróquia pelo Padre Gregório Fernandes Villanueva, a partir de 24 de dezembro de 1875. Até o ano de 1878, todos os batizados foram feitos e assinados pelo Padre Gregório Fernandes. Daí em diante pelo vigário de Campos Novos, Padre Tomás Sobrinho. È que o Padre Gregório ficara doente. Sofria de hidropisia. Veio a falecer no dia 3 de dezembro de 1885. Nos anos de 1880 e 1881 dois missionários jesuítas percorreram a paróquia, pregando missões e administrando sacramentos.
O Padre Tomás Sobrinho morreu, em Campos Novos, em 1894.
Os Franciscanos, que já se encontravam em Lages, assumiram também as paróquias de Curitibanos e Campos Novos. Frei Herculano Limpinsel foi nomeado administrador das duas paróquias. A nomeação vem datada do Rio de Janeiro, dia 20 de junho de 1894. Somente em 15 de fevereiro de 1896, Dom José de Camargo Barros, já bispo de Curitiba, dava a provisão de vigário de Curitibanos a Frei Herculano. Mas quem mais marcam presença nos livros de batizados e casamentos são Frei Rogério Neuhaus (+1934) e Frei Redento Kullmann (1957), isto porque, ainda em fevereiro de 1896, Frei Herculano foi nomeado Superior de toda a Missão, e passou a morar em Blumenau. Em Lages ficaram Frei Rogério (vigário) e Frei Redento (coadjutor), que atendiam também as paróquias de Curitibanos e Campos Novos.
Em 1898, Dom José de Camargo Barros, Bispo de Curitiba para os Estados do Paraná e Santa Catarina, visitou a paróquia de Curitibanos. O povo lhe pediu um vigário residente. O bispo prometeu atender assim que tivessem uma casa paroquial exclusiva para o padre.
Matriz
No dia 27 de junho de 1899, Frei Herculano requereu da Prefeitura e recebeu um terreno ao lado da matriz, para a construção de uma casa paroquial. A construção teve início imediatamente.
No dia 24 de julho de 1900 chega a Curitibanos o novo vigário residente Frei Osvaldo Schlenger que, não encontrando pronta a casa paroquial, hospedou-se provisoriamente na casa de dona Cândida Hoefling. Como, neste dia 24 de julho, se celebrava a festa do grande missionário franciscano São Francisco Solano (1549-1610), a residência em construção foi batizada de Casa São Francisco Solano, nome que a Casa Paroquial conserva até hoje. No dia 19 de novembro, Frei Osvaldo e seu companheiro, o Irmão Frei Willehael, foram morar na nova casa.
Frei Osvaldo requereu da Prefeitura um terreno para a horta dos frades. Recebeu. Media 25m de frente e 120 de fundo. Depois requereu um segundo terreno para potreiro. Recebeu também. Media 55 de frente e 483 de fundo.
No dia 3 de março de 1906 o bispo de Curitiba exarou documento passando para os Franciscanos o usufruto para sempre dos terrenos.
Em 1903 os Frades abriram um escolinha paroquial com 16 alunos. Em pouco tempo estava com 32.
Em novembro de 1904 Frei Dimas Wolff (+1962) foi nomeado vigário de Curitibanos, recebendo como companheiros a Frei Gaspar Flesch (+1959) e a Frei Rogério Neuhaus que, por sua vez, seria vigário de Curitibanos e Campos Novos de 1906 a 1911, quando deixou o cargo de vigário nas mãos de Frei Gaspar.
Frei Rogério
O ano de 1912 assistiu a vários acontecimentos que marcaram a população de Curitibanos. Os Jagunços, liderados por José Maria no reduto do Bom Jesus, em Taquaruçu, deram muito trabalho a Frei Gaspar e a Frei Rogério. Neste ano iniciou-se a construção de uma nova igreja matriz, uma vez que a antiga ameaçava cair. Em 1912 começaram os ataques do prefeito contra o vigário Frei Gaspar. Motivo: Um caso de adultério público. Frei Gaspar, no sermão, falou da santidade do matrimônio, sem contudo citar nomes. Mas o prefeito compreendeu o recado. Iniciou, então, uma violenta campanha contra Frei Gaspar para afastá-lo da paróquia, o que aconteceu em 1914, quando Frei Gaspar foi transferido para Palmas e Frei Rogério para Porto União. Neste mesmo ano, no dia 26 de setembro, uns duzentos jagunços invadiram Curitibanos e começaram a destruição. Os moradores haviam fugido para os matos, já no dia anterior. Queimaram a prefeitura, as casas dos funcionários e amigos do prefeito, que eles consideravam adversários. A igreja, já em fase de conclusão, toda de madeira, foi poupada. Também aos padres os revoltosos nada fizeram. Tomaram-lhes dois cavalos, mas os devolveram três dias depois. As tropas do governo vieram com canhões e metralhadoras e destruíram o reduto do Taquaruçu. A luta com os jagunços, porém, prolongou-se ainda por vários anos e de forma cada vez mais violenta. Frei Rogério, transferido em abril de 1914 para Porto União, onde foi vigário até janeiro de 1920, esteve envolvido em inúmeros episódios. Frei Rogério, com toda a justiça, é chamado o Missionário do Planalto Catarinense.
O Governo Provincial achou por bem extinguir a residência de São Francisco Solano de Curitibanos e, em seu lugar, aceitar a paróquia de São Francisco do Sul. Mas Curitibanos não ficou abandonada. Os Freis de Lages incluíram Curitibanos e suas capelas em seus roteiros de visitas periódicas. No primeiro semestre de 1916, esteve à frente da paróquia de Curitibanos o Padre Jesuíta Luiz Steiner. De abril de 1918 até fins de 1919 esteve na paróquia o padre diocesano Carlos Füchtjohann. A partir de 1920 até 1932 os Franciscanos atenderam Curitibanos, vindos de Lages. E, desde 1932 até hoje, a paróquia de Curitibanos conta com a presença e os trabalhos pastorais dos Padres Franciscanos.
No dia 2 de agosto de 1929 o Papa Pio XI criou a Diocese de Lages. Seu primeiro bispo, Dom Daniel Hostin, franciscano, tomou posse no dia 18 de outubro do mesmo ano. A nova diocese abrangia todo oeste e extremo oeste do Estado.
Em 1933 chegaram as Irmãs Franciscanas da Sagrada Família, para iniciarem, nesta paróquia, um abençoado e frutuoso trabalho, principalmente na educação. Trabalham no Colégio Santa Teresinha, no Asilo Frei Rogério, no Hospital Hélio dos Anjos Ortiz e na Catequese paroquial, participando, assim, intensamente do apostolado franciscano em Curitibanos.
Desde 1981 temos na cidade outra Congregação religiosa feminina: as Irmãs de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Castres, ou “Irmãs Azuis” como são chamadas por causa de seu hábito azul. Em Curitibanos dirigem o Colégio Maria Imaculada.
Quando os Franciscanos chegaram a Curitibanos (1895), já encontraram uma igreja matriz. Sem alfaias, sem bancos, nenhum tipo de ornamentação. Velhas garrafas e pequenas latas, revestidas de papel, serviam de vasos para eventuais flores.
A segunda matriz, também de madeira, foi inaugurada em 1915 e em 1953 começaram as escavações da nova matriz, que seria inaugurada em 1962. A torre mede vinte metros de altura, encimada por um grande relógio e com três sinos.
Desde 1966 a paróquia conta com a Rádio Coroado AM. O vigário de então, Frei Edmundo Piechoczek (+1971), pensando na força educacional, informativa e evangelizadora de uma rádio, recorreu à entidade de ajuda alemã ADVENIAT que lhe doou 80% do capital necessário para a compra da emissora. O restante foi inteirado pala matriz e capelas. Foram sucessivos os aumentos de potência: de 100 watts para 250, para 1.000, para 5.000, para 10.000. Em 1985 foi transformada em fundação: Fundação Frei Rogério. Em 1990 entrou em funcionamento também a FM, hoje denominada Movimento FM, na potência de 5.000 watts, classe “A-3”.
Não se pode concluir este resumo histórico, sem mencionar ainda o Centro Comunitário de que a paróquia dispõe. É todo um conjunto: salão com palco, salas para a catequese, salas de conferências, quartos de dormir com banheiro, podendo hospedar 90 pessoas, cozinha, refeitório, capela e mais um grande salão no térreo.
A cidade – Localizada às margens da BR-470 e a apenas 16 quilômetros da BR-116, Curitibanos fica no centro geográfico do Estado, no Planalto Serrano. O município é cercado por campos e matas de araucária, a conífera que se tornou o símbolo da região. A distância da BR-470 até o centro da cidade é de aproximadamente dois quilômetros. A cidade nasceu como pouso dos tropeiros sulinos que levavam gado do sul para as capitanias do centro do País. Palco das revoluções Farroupilha e Federalista e também da Guerra do Contestado, foi parcialmente destruída pelo fogo em 1914, incendiada por centenas de fiéis em protesto contra a ofensiva militar nas cidades santas, contra a República e contra a propriedade privada de terras. Renascida das cinzas, conserva a vocação de bem acolher os turistas. De sua área original desmembraram-se os municípios de Santa Cecília, Lebon Régis, Ponte Alta, Campos Novos, Canoinhas e parte dos territórios de Fraiburgo, Caçador e Matos Costa.
Atualmente a paróquia Imaculada Conceição de Curitibanos, atende dois municípios: Curitibanos e Frei Rogério. Possui 46 comunidades. Sendo 13 Urbanas e 33 Rurais. Trinta comunidades possuem capela e as outras 16 comunidades são atendidas em escolas.
Resumo das datas e alguns dados atuais:
Fundação: 11.06.1869
Início da presença franciscana: 24.07.1900
Fundação da Paróquia: 24.12.1875
Habitantes do município: 38.000
Habitantes da paroquia: 44.000 (abrange o município de Frei Rogério).
São 46 as comunidades da paróquia: 13 urbanas e 33 rurais.
16 Comunidades funcionam em sedes próprias (capelas)