* 05.11.1950 † 19.01.2018
Faleceu na sexta-feira, dia 19 de janeiro, às 17h30, Frei Perceval Canuto Carvalho. Ele estava internado no Hospital São Francisco de Bragança Paulista (SP) devido a um acidente automobilístico que sofreu no dia 12 de janeiro em Amparo (SP), onde reside na Fraternidade São Benedito.
Frei Perceval retornava da Comunidade da Boa Vereda quando perdeu o controle do veículo, saiu da pista e colidiu contra uma árvore. Foi socorrido no Hospital Santa Casa Ana Cintra de Amparo, onde passou por acompanhamento médico devido a um corte na testa e também para fazer exames. Constatou-se uma pequena hemorragia na cabeça após o laudo. O médico de plantão, então, pediu a transferência de Frei Perceval para outro hospital, onde fossem feito novos exames e se pudesse avaliar seu estado por um neurocirurgião. No sábado, 13 de janeiro, ele foi transferido para o Hospital São Francisco de Bragança Paulista. Internado na UTI, fez novos exames e a equipe médica, através de nova tomografia, percebeu que a hemorragia tinha parado e não haveria necessidade de intervenção cirúrgica.
Embora não se lembrasse do ocorrido, Frei Perceval chegou a apresentar um quadro de melhora e recebeu alta do hospital. Na sexta-feira (19), de manhã, o guardião da Fraternidade de Amparo, Frei Cláudio Broca, foi visitá-lo e o encontrou relativamente bem. Mas, no final da tarde, Frei Perceval veio a falecer.
Seu corpo voi velado em Amparo e, no domingo, às 12 horas, foi celebrada a Missa de Corpo Presente na Igreja Matriz São Benedito. Em seguida, seu corpo foi trasladado para o Convento Santo Antônio (RJ), onde foi sepultado, no dia 22, para facilitar a presença dos familiares que residem no Rio de Janeiro.
Dados pessoais, formação05.11.1950 (67 anos) – nascimento, Triunfo, município de Campo Grande (RN) Atividades na Evangelização e Pastoral18.01.1986 – vigário paroquial em Santo Amaro da Imperatriz (SC) |
O FRADE
Natural de Triunfo, interior do Rio Grande do Norte, Frei Perceval nasceu no seio de uma família muito religiosa e simples. Segundo ele detalhou na sua ficha autobiográfica, seus pais eram agricultores e, para sustentar sete filhos, a mãe se desdobrava como costureira, bordadeira, fazia doces, bolos e trabalhos domésticos, principalmente no período da seca, que era muito forte nesta região. “Ela tinha grande atuação na comunidade. Era catequista, comandava o coral e a liturgia”, conta Frei Perceval. “Eu e meus irmãos acompanhávamos mamãe nas atividades pastorais, mas eu me destacava com mais ardor e sempre afirmava que queria ser padre. Meu pai queria que eu fosse militar”, revelou o frade.
Seu discernimento vocacional, contudo, evidenciou-se quando participou das Santas Missões na sua cidade natal. Os missionários eram franciscanos.
No Nordeste, era devoto de São Francisco das Chagas e quando veio morar em Duque de Caxias, conheceu os Franciscanos desta Província da Imaculada. “Em Caxias, cantava no Coral Pio X, participava da Ordem Terceira, Congregação Mariana, participei da fundação da Jufra, onde pude aprender bastante para poder ingressar no seminário bem preparado, graças a Deus”, revelou.
Segundo seus confrades, Frei Perceval era uma pessoa alegre, humana, sensível e fraterna. Gostava da vida. Destacava-se pelo zelo pastoral e seu comprometimento com as pessoas mais simples e pobres, próprio de um discípulo de São Francisco de Assis.
R.I.P