Quem somos - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Paulo Limper

* 08.07.1941   † 28.06.2022

 

Aos 80 anos, faleceu Frei Paulo Limper, no dia 28 de junho, na Fraternidade São Francisco de Assis, de Bragança Paulista (SP). Ele foi sepultado no dia 29 de junho, no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo (SP).

Frei Paulo nasceu em 8 de julho de 1941, na cidade de Altenhunden (Alemanha) e fez sua Primeira Profissão na Ordem dos Frades Menores em 3 de maio de 1964. Foi ordenado presbítero no dia 14 de dezembro de 1968.

Frade da Província Franciscana de Santo Antônio, com sede em Recife, PE, ele pediu sua transferência para a Província Franciscana da Imaculada Conceição em 7 de fevereiro de 1991.

Vocacionado da Provínca de Santo Antônio

Frei Paulo Limper nasceu numa família numerosa (salvo engano de 12 irmãos). No batismo recebeu o nome de Paulo e seu irmão gêmeo se chamava Pedro. Já como vocacionado frequentou o colégio dos franciscanos da Província de Santo Antônio (Recife) na Alemanha em Bardel. Concluído o segundo grau, entrou no noviciado em Bardel. Enquanto a Província da Imaculada (São Paulo) trazia os vocacionados para concluir o segundo grau em Agudos, SP, e fazer o noviciado em Rodeio, SC, a Província de Santo Antônio acolhia os noviços em Bardel. No noviciado (1963/64) recebeu o nome de Lourenço (que mais tarde trocou novamente pelo nome de batismo).

Após o noviciado, veio ao Brasil para iniciar os estudos de Filosofia e Teologia em Salvador da Bahia. Naquela época seu tio, Frei Martin Limper, era Ministro Provincial. O frade estudante de Filosofia, Frei Paulo, teve grandes dificuldades de se adaptar ao clima do Nordeste. Por isso, seu tio entrou em contato com o Ministro Provincial da Imaculada pedindo a possibilidade de Frei Paulo cursar os estudos na Província da Imaculada. Assim, Frei Paulo veio a Curitiba para o estudo da Filosofia. Provavelmente dado aos esquemas escolares da Europa e do Brasil, ele entrou imediatamente no segundo ano de Filosofia. Neste tempo nasceu uma amizade entre ele e Frei Estêvão Ottenbreit, estudante do primeiro ano de Filosofia. Amizade alimentada pela paixão comum pelo presépio. Começaram neste período as exposições de presépios que hoje felizmente são realizados em muitos lugares da Província.

Frei Paulo seguiu, então, para Petrópolis, RJ, para o curso de Teologia. Desde 1966, os frades alemães, ao término do terceiro ano de Teologia, podiam retornar à Alemanha para a Ordenação sacerdotal. Foi o que Brasil para absolver o quarto ano de teologia. Sua Província lhe proporcionou na Alemanha um ano de ciências religiosas. Em seguida trabalhou na Fraternidade de Mettingen (Província Santo Antônio) como professor de religião nas escolas do município. Foi neste momento que se manifestou a doença da dependência do álcool que o levou a viver momentos muito difíceis e deprimentes. É digno de ser mencionado porque Frei Paulo é um exemplo de superação. Por muitos anos esta doença o afligiu até, enfim, vencê-la totalmente. Durante os últimos quase 20 anos de sua vida celebrava a Eucaristia com suco de uva porque qualquer gota de álcool podia ser fatal.

Sentindo-se, ainda que subjetivamente, abandonado pela sua Província, trabalhou em diversas paróquias de várias dioceses. Frei Estêvão, dado o interesse comum, mantinha continuamente contato com ele. Quando Frei Estêvão foi eleito Ministro Provincial e quando a então Província de Fulda ofereceu um convento perto do aeroporto de Frankfurt, Frei Paulo manifestou o desejo de ser acolhido na Província da Imaculada. Como a Província precisava de um guardião e um pároco para a nova casa em Kelkheim (em substituição gradativa do nosso convento longínquo em Xanten/Moermter), seu pedido foi acolhido pelo Definitório Provincial e ele foi nomeado guardião e pároco.

Infelizmente, este plano não deu certo. Depois de alguns anos, Kelkheim foi devolvido à Diocese de Limburg. Por dois motivos: os confrades de Xanten resistiram e Frei Paulo não se sentia bem no papel de administrador. Seguiu-se outra crise “braba’” na vida do Frei Paulo. Dado o bom relacionamento com o bispo diocesano, recebeu a moradia em Johannisberg com a possibilidade de ajudar pastoralmente nas paróquias vizinhas. Depois de quase dois anos de grave crise em todos os sentidos, se reprendeu e viveu provavelmente os anos mais felizes de sua vida e de seu sacerdócio. Livre de qualquer afazer administrativo, ele foi verdadeiramente um pastor de mão cheia. Era muito estimado pelos fiéis pela sua capacidade de reservar tempo e de ouvir a cada um. Além disso, era muito acolhedor. Acolhimento que muitos dos nossos frades puderam experimentar.

Como Frei Estêvão assinava em nome da Província da Imaculada os contratos com a diocese de Limburg, ele em fim de 2017 foi avisado que o confrade sofria sintomas de Alzheimer. Em janeiro de 2018, Frei Estêvão foi falar com Frei Paulo sobre o seu futuro. Nunca mais se falava da possibilidade de voltar ao Brasil. Certamente se devia procurar uma solução na Alemanha. Solução que teria o seu alto preço. Conversa vai, conversa vem, numa certa altura Frei Estêvão perguntou: o que você imagina? Frei Paulo pensou e devolveu a pergunta: o que você pensa? Frei Estêvão replicou espontaneamente: voltar ao Brasil. Frei Paulo então imediatamente consentiu dizendo: então vamos fazer isso. E assim foi feito. A despedida de Frei Paulo foi emocionante.

Representantes da diocese e principalmente o povo fiel da região compareceram em massa. Os últimos anos viveu em nossa casa em Bragança Paulista, acompanhado e cuidado pelos confrades e enfermeiros, até o dia em que partiu para sempre para alegrar-se agora eternamente com o Salvador, nascido na manjedoura de Belém.

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