Quem somos - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Dalvino Munaretto

* 03.11.1932   † 19.09.2023

Faleceu na noite da terça-feira, dia 19 de setembro, na Fraternidade São Francisco de Assis, em Bragança Paulista, Frei Dalvino Munaretto, aos 90 anos.

Ele estava vivendo nesta Fraternidade para tratamento de saúde desde fevereiro de 2020. Devido a uma queda, ele teve hemorragia cerebral e traumatismo craniano.

O seu sepultamento será nesta quinta-feira (21/9), às 15h, no Jazigo da Província da Imaculada Conceição, no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo, SP.

 DADOS PESSOAIS, FORMAÇÃO E ATIVIDADES

Nascimento: 03/11/1932 (90 anos)
Natural de Joaçaba, SC.
Vestição: 22/12/1956
Primeira Profissão: 23/12/1957 (65 anos)
Profissão Solene: 23/12/1960
Ordenação Presbiteral: 15/12/1962 (60 anos)
1957 – Fraternidade São Francisco de Assis (Rodeio, SC) – Noviciado.
1958-1959 – Fraternidade Bom Jesus dos Perdões (Curitiba, PR) – Estudante de Filosofia.
1960-1963 – Fraternidade Sagrado Coração de Jesus (Petrópolis, RJ) – Estudante de Teologia.
1964 – Fraternidade Santo Antônio (Rio de Janeiro, RJ) – Curso de Teologia Pastoral.
1965 – Fraternidade Santo Estêvão (Ituporanga, SC) – Primeira experiência na vida pastoral.
28/01/1968 – Fraternidade Santo Amaro (Santo Amaro da Imperatriz, SC) – Guardião.
28/01/1974 – Fraternidade Santa Teresinha (Joaçaba, SC) – Vigário Paroquial.
05/12/1978 – Fraternidade N. Senhora do Rosário (Porto União, SC) – Guardião e Vigário Paroquial.
07/03/1979 – Fraternidade N. Senhora do Rosário (Porto União, SC) – Guardião e Vigário Paroquial.
18/01/1986 – Fraternidade Santo Antônio (Blumenau, SC) – Guardião e Pároco.
18/01/1989 – Fraternidade Santo Antônio (Blumenau, SC) – Reeleito Guardião e Pároco.
18/01/1992 – Fraternidade Santo Antônio (Blumenau, SC) – Pároco.
10/01/1995 – Fraternidade Santo Antônio (Blumenau, SC) – Vigário Paroquial.
05/12/1996 – Fraternidade Santo Antônio (Florianópolis, SC) – Vigário Paroquial.
01/12/1997 –  Fraternidade Santo Antônio (Florianópolis, SC) – Guardião e Pároco.
22/11/2000 –  Fraternidade Santo Antônio (Florianópolis, SC) – Guardião e Pároco.
07/11/2003 – Fraternidade Patrocínio de São José (Lages, SC) – Atendente Conventual.
17/12/2009 – Fraternidade São Boaventura (Campo Largo, PR) – Tratamento de saúde.
12/12/2012 – Fraternidade Bom Jesus dos Perdões (Curitiba, PR) – Atendente Conventual.
13/02/2020 – Fraternidade São Francisco de Assis (Bragança Paulista, SP) – Tratamento de saúde.

O FRADE MENOR

Frei Dalvino nasceu em 3 de novembro de 1932, em Joaçaba (SC), mas viveu sua infância em Suruvi, na capela São Roque da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, distante 8 Kms da cidade de Concórdia (SC).

Seus pais, José e Magdalena Munaretto, eram imigrantes italianos, tiveram nove filhos (cinco homens e quatro mulheres), sendo Frei Dalvino o quarto deles. Dentre as lembranças mais marcantes de sua vida, recordava que os pais guardavam a religiosidade tradicional dos italianos. “O terço era sagrado todas as noites”, dizia.

Sem estudos, seus pais souberam educar com maestria os filhos. “Menos o irmão mais velho, todos fizeram estudos superiores”, contou o frade, detalhando sua vida na ficha autobiográfica.

Segundo Frei Dalvino, seu pai foi um desbravador no Oeste Catarinense, mais precisamente de Erechim até Concórdia: “Enfrentou os jagunços. Começou a vida com muita luta e coragem. Tive uma família agraciada por Deus, quer em saúde, quer na vida econômica. Sempre tivemos sorte nos empreendimentos. Meu pai foi colono, comerciante e industrial. Dos filhos, um é fazendeiro, outro jurista, outro padre, outro dentista e um morreu no Seminário”.

A vocação

Para o frade, o maior desejo de seus pais era que um filho se consagrasse a Deus. “Sempre se fez orações neste sentido”, observou. A influência também vinha de sua Comunidade profundamente religiosa. “Sem nenhuma mistura de outros credos ou religiões, uma vez que nossa comunidade era quase só de ita1ianos”, disse ele, embora lamentasse “um certo bairrismo”.

O despertar vocacional começou, segundo o frade, por “convites constantes dos padres franciscanos que nos visitavam e se hospedavam em nossa casa”. Além disso, havia o desejo dos pais e o exemplo de um colega que ingressou no seminário e o ajudou a tomar a decisão. “Nas férias, este colega me impressionou pelo comportamento e piedade. Senti vontade de ser igual a ele”, confessou. Em 1947, Frei Dalvino ingressou no Juvenato de Luzerna, onde não perdia uma partida de futebol, seu esporte favorito.

 Personalidade

Frei Dalvino se definia com “um tanto impositivo e, ao mesmo tempo, inseguro”, destacando sua espontaneidade e alegria. “É verdade que tenho medo de iniciar um projeto, mas uma vez começado, levo-o até o fim. Sou um tipo disposto e sem preguiça”, avalia, contando que gostava de se vestir bem, como era próprio na família, “sem quebrar o espírito de pobreza. Sou econômico e seguro como todo italiano”.

Essa insegurança começa a mudar no tempo da Filosofia, onde considera que amadureceu. “Recebi encargos entre os frades e, com isso, pude despertar a minha personalidade e comecei a assumir uma vida religiosa pessoal”, explicou.

“Comecei a ser gente, religioso e sacerdote quando passei a fazer pastoral”, acrescentou. “Aprendi a rezar sem muitas fórmulas, na espontaneidade. Quando comecei a viver o cristianismo, deixando de lado um pouco do moralismo, onde tudo se apresentava como pecado moral, aos poucos fui me definindo, acentuando minha identidade religiosa. Hoje, vivo a liberdade sadia do ser cristão, religioso e presbítero”, considerou.

Ele ressalta que no tempo de formação, falava-se muito do sacerdócio e menos da vida religiosa. “Hoje, penso antes em ser franciscano, viver a vida franciscana, baseada na vida de oração e na convivência com os confrades. Se não fosse para ser franciscano não seria sacerdote”, explicou.

Frei Dalvino gostava da pastoral do povo simples e se dedicava às comunidades rurais. “Gosto da pregação, de falar ao povo. Gosto de uma liturgia bem vivida. Gosto de administração, dirigir e encaminhar as comunidades, lidero sem absorver as lideranças”, avaliava.

Vivia sua vida religiosa, sustentada segundo ele, em oração íntima com Deus e uma constante “caridade generosa para com meu povo”. Para ele, a vida religiosa franciscana está em viver a alegria da graça diariamente.

R.I.P

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